Banner Portal
Viagem virtual ao Aqüifero Guarani: Formações Pirambóia e Botucatu, Bacia do Paraná
PDF

Palavras-chave

Aqüífero Guarani.

Como Citar

CARNEIRO, Celso Dal Ré. Viagem virtual ao Aqüifero Guarani: Formações Pirambóia e Botucatu, Bacia do Paraná. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 3, n. 1, p. 50–73, 2015. DOI: 10.20396/td.v3i1.8637476. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8637476. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O presente roteiro consiste em uma breve viagem de reconhecimento a alguns locais de exposição de rochas dos arredores da cidade de Botucatu, Estado de São Paulo, nas quais se expõe o Aqüífero Guarani, um imenso manancial de água doce cujos limites ultrapassam as fronteiras brasileiras. Embora seja virtual, para ser feita pela Internet, a viagem pode ser realizada no campo, com as indicações fornecidas. Buscou-se oferecer conhecimentos e sugerir cuidados ambientais que devem ser tomados para preservar um aquífero. Em Botucatu afloram camadas de rochas sedimentares da Bacia do Paraná formadas durante uma época em que o território nacional esteve recoberto por vasto deserto climático interior cujas dimensões devem ter sido maiores que as do atual deserto do Sahara. A água do Aqüífero Guarani é utilizada no abastecimento público de centenas de cidades de médio e grande portes, por meio de poços de profundidade variada. A qualidade dos recursos corre o risco de ser prejudicada sobretudo por atividades inadequadas nos setores agrícola, industrial e de disposição de resíduos. Destacam-se características singulares do reservatório: (i) as condições formadoras das rochas decorrem de uma peculiar história geológica; (ii) as reservas são confinadas, fator que aumenta a fragilidade do sistema à poluição; (iii) ainda que sejam muito grandes, as reservas são finitas. O roteiro compreende três séries de pontos, cada qual envolvendo três paradas, que exibem aspectos notáveis da história geológica e da fragilidade desse sistema natural

https://doi.org/10.20396/td.v3i1.8637476
PDF

Referências

AGI. American Geological Institute. 2006. White Sands National Monument. Earth Science World Image Bank. http://www.earthscienceworld.org/ima-ges/search/results.html?Keyword=Dune#null. Acesso: 28/06/2006.

Almeida F.F.M.de, Carneiro C.D.R. 1998. Botucatu: o grande deserto brasileiro. Ciência Hoje, 24 (143):36-43.

Almeida F.F.M.de. 1954. Botucatu, um deserto triássico da América do Sul. Div. Geol. Miner./Depto. Nac. Prod. Miner. Notas Prel. Estud. n. 86, 21 p.

Almeida F.F.M.de.1953a. Botucatu, a triassic desert of South America. In: INT. GEOL. CONGR., 19, Argel, 1953. Comptes Rendus... , XIX Sessão, fasc. VII, p. 9-24. Argélia.

Almeida F.F.M.de.1953b. Ventifactos do deserto Botucatu no Estado de São Paulo. Rio de Janeiro: Div. Geol. Mineral. (Notas Preliminares e Estudos, n. 69)

Araújo L.M., França A.B., Potter P.E. 1995. Aquífero gigante do Mercosul no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai: mapas hidrogeológicos das formações Botucatu, Pirambóia, Rosário do Sul, Buena Vista, Misiones e Tacuarembó. Curitiba, Universidade Federal do Paraná, (Publicação especial PETROBRAS-UFPR), 16p.

Assine M.L., Piranha J.M., Carneiro, C.D.R. 2004. Os paleodesertos Pirambóia e Botucatu. In: Mantesso Neto V., Bartorelli A., Carneiro C.D.R., Brito-Neves B.B. orgs. 2004. Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Ed. Beca. p. 77-93. (Cap. 5).

Carneiro C.D.R. (Editor cient.). 2000. Geologia. São Paulo: Global/SBPC – Projeto Ciência Hoje na Escola. 80p. (Série Ciência Hoje na Escola, v. 10).

Carneiro C.D.R. 2006. Visita monitorada a afloramentos do Aqüífero Guarani, Bacia do Paraná: formações Pirambóia e Botucatu. Botucatu: Pref. Mun. Botucatu. 58p. (Roteiro de viagem de campo integrante da Jornada Estadual Aqüífero Guarani, Data: 17 de agosto de 2006, Botucatu, SP).

Carneiro C.D.R., Almeida F.F.M. de 1996. O sertão já virou mar. Ciência Hoje, 21(122):40-50.

Carneiro C.D.R., Mizusaki A.M.P., Almeida F.F.M. de. 2005. A determinação da idade das rochas. Terrae Didatica, 1(1):6-35. http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/v1n1/t_didatica_2005_v01n01_p006-035_carneiro.pdf/.

Cottrell R.D. 2006. Dinosaurs. Univ. Rochester EES 201 - Evolution of the Earth. http://www.earth.rochester.edu/ees201/labs/dinosaurs.pdf. Acesso: 28/06/2006.

Cottrell R.D. 2006. Paleogeography. Univ. Rochester EES 201 - Evolution of the Earth. http://www.earth.rochester.edu/ees201/labs/paleogeography.pdf. Acesso: 28/06/2006.

GOVERNO do Estado de São Paulo. Conselho Estadual de Recursos Hídricos. 2005. Mapa de águas subterrâneas do Estado de São Paulo: escala 1:1.000.000 : nota explicativa / [coord. geral Gerôncio Rocha]. São Paulo, Depto. Águas Energia Elétr. – Inst. Geol. – Inst. Pesq. Tecnol. Est. S. Paulo – Comp. Pesq. Rec. Min., 119P. (Publicação especial PETROBRAS-UFPR), 16p.

Machado J.L.F. 2006. A redescoberta do Aqüífero Guarani. Scientific American Brasil, (47) (abril de 2006). http://www2.uol.com.br/sciam/. Acesso: 22/02/2007.

NASA. 2002. NASA Space Shuttle image STS111367-29. http://eol.jsc.nasa.gov/. Acesso: 28/06/2006.

Orlandi Filho V., Krebs A.S.J., Giffoni L.E. 2002. Coluna White. Excursão virtual pela Serra do Rio do Rastro. Seção Padrão das Unidades do Gondwana no Sul do Brasil. In: CPRM. Serviço Geológico do Brasil. http://www.cprm.gov.br/coluna/index.html. Acesso: 07/03/2007.

Pereira S.Y. 2000. O caminho das águas. In: Carneiro C.D.R. (ed. cient.). Geologia. São Paulo: Global/SBPC, Vol. 10, pp. 6, pp. 50-55, 2000. (Série Ciência Hoje na Escola).

PROYECTO para la Protección Ambiental y Desarrollo Sostenible del Sistema Acuífero Guaraní. 2006. Servicios de Hidrogeología General, Termalismo y Modelo Regional del Acuífero Guaraní. Ref.: Licitación S CC/01/04 – 1/1018.1 http://www.sg-guarani.org/index/pdf/proyecto/licitaciones/hidro/infogeo/SegundoInformeGeo.pdf. Acesso: 22/02/2007.

Revista da Historia. 2006. A localização de Botucatu sobre a Serra. http://br.geocities.com/historiade-botucatu/rev-001.htm. Acesso: 28/06/2006.

Renne P.R., Ernesto M., Pacca I.G., Coe R.S., Glen J.M., Prévot M., Perrin M. 1992. The age of Paraná flood volcanism, rifting of Gondwanaland, and Jurassic-Cretaceous boundary. Science-, 258, 975-979.

Rocha, G. A. 1997. O grande manancial do Cone Sul. Estudos Avançados (IEA/USP), 11:191-212.

Teixeira W., Toledo M.C.M.de, Fairchild T.R., Taioli F. 2000. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos. 568p.

Turner S., Regelous M., Kelley S., Hawkesworth C., Mantovani M., 1994, Magmatism and continental break-up in the South Atlantic: High precision 40Ar-39Ar geochronology: Earth and Planetary Science Letters, 121:333–348.

Villar P.C., Ribeiro W.C. 2007. As áreas de recarga do Aqüífero Guarani e o planejamento urbano do município de Ribeirão Preto, São Paulo. In: Encontro Internacional sobre a Governança da Água na América Latina, 1, 29 de outubro a 01 de novembro 2007, São Paulo, USP. Resumos… São Paulo, USP. http://www.usp.br/procam/govagua/resumos/Pilar_Wagner.pdf. Acesso: 28/11/2007.

Zalán P.V. 2004. Evolução fanerozóica das bacias se dimentares brasileiras. In: Mantesso Neto V., Bartorelli A., Carneiro C.D.R., Brito-Neves B.B. orgs. 2004. Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. São Paulo: Beca. p. 595-612. (Cap. 33).

Washburne, C.W. 1930. Petroleum Geology of the State of São Paulo. Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, Boletim 22, 282p.

Wikipedia, the free encyclopedia. 2006. Guarani Aquifer. http://en.wikipedia.org/wiki/Guarani_aquifer#See_also. Acesso: 29/06/2006.

Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.