Resumo
Desde a metade do século XIX, paleontólogos usam desenhos e pinturas para reconstruir organismos extintos. Essas formas de reconstrução são chamadas hoje informalmente de reconstituições paleoartísticas. O espécime reconstruído por meio da ilustração científica transcende a literatura especializada, chegando ao conhecimento popular. Constitui, desse modo, importante ferramenta para a divulgação científica. Com base em anatomia comparada, o presente trabalho descreve, de forma pioneira, no Brasil, os conceitos e etapas dos processos de reconstituição paleoartística, usando como modelos três organismos fósseis brasileiros: um dinosauro saurópode (Aeolosaurus maximus), um molusco bivalve (Itaimbea priscus) e uma gimnosperma (Brachyphyllum obesum). A metodologia aplicada na reconstrução desses organismos pode ser também empregada para reconstrução de qualquer animal ou vegetal fóssil.
Referências
Anderson P., Bright J., Gill P., Palmer C., Rayfield E. 2012. Models in palaeontological func tional analysis. Biology Letters, 8:119-122.
Bakker R. 1988. The Dinosaur heresies. England, Penguin Books. 481 pp.
Bonaparte J.F. & Powell J.E. 1980. A Continental assemblage of tetrapods from the Upper Cretaceous beds of El Brete, northwestern Argentina (Sauropoda-Coelurosauria-Carnosauria-Aves). Mém. Soc. Géol. France, n.s., 139:1928.
Borsuk-Bialynicka M. 1977. A new camarasaurid sauropod Opisthocoelicaudia skarzynkyi, gen n. sp. Nov. from the Upper Cretaceous of MonNov. from the Upper Cretaceous of Mongolia. Palaeontologia Polonica 37:5-64.
Carvalho I.S Ed. 2000. Paleontologia. Rio de Janeiro: Editora Interciência. 628 p. Chiasson R.B. 1962. Laboratory anatomy of the Alligator.WM. Dubuque: C. Brown Co. Publ., 56 pp.
Duarte L. 1985. Vegetais fósseis da Chapada do Araripe, Brasil. DNPM, Brasília, Coletân. Trab. Paleont., 27:585-617.
Heer O. 1881. Contributions à la flora fossile du Portugal. Communicações Trabalhos Servicio Geologia Portugal. 4:1-51.
Ihering H. 1913. Pleiodon priscus. In: Comissão Geográfica e Geológica. Exploração do Rio Grande e seus afluentes: São José dos Dourados, São Paulo. São Paulo: CGG/SP. 39p.
Kellner A.A.W.A., Azevedo S.A.K. 1999. A new sauropod dinosaur (titanosauria) from the late Cretaceous of Brazil. In: Tomida Y., Rich T.H. & Vickers-Rich P. eds. 1999. Proceedings of the Second Gondwana Dinosaur Symposium. Tokyo: National Science Museum Monographs, p. 111-142.
Kunzmann L., Mohr B.A.R., Bernardes-de Oliveira M.E.C. 2004. Gymnosperms from the Lower Cretaceous Formation (Brazil). I. Araucariaceae and Lindleycladus (incertae sedis). Mitt. Mus. Nat. kd. berl., Geowiss. Reihe 7:155-174.
Lima F.J., Saraiva A.A.F., Sayão J.M. 2012. Revisão da paleoflora das Formações Missão Velha, Crato e Romualdo, Bacia do Araripe, nordeste do Brasil. Estudos Geológicos, 22(1):99-115.
Marinho T.S., Iori F.V. 2011. A large titanosaur (Dinosauria, sauropoda) osteoderm with possible bite marks from Ibirá, São Paulo State, Brazil. In: Carvalho I. S. Paleontologia: Cenários da vida. Vol 4. Rio de Janeiro, Editora Interciência. p. 367-377.
Mezzalira S. 1974. Contribuição ao conhecimento da Estratigrafia e paleontologia do arenito Baurú. São Paulo: Inst. Geoc. USP., 163 pp. (Tese Dout.).
Norman D. 1996. A Era dos Dinossauros Graficas Almudena, Madrid, 183 pp. Novas F.E. 2009. The Age of Dinosaurs in South America. Bloomington, Indiana Univ. Press. 452p.
Paul G.S. Ed. 2000. The Scientific American Book of the best minds in paleontology creat a portrait of the prehistoric Era. New York: A Byron Preiss Book, 424 pp.
Paul G.S. 2010. The Princeton Field guide to Dinosaurs. New Jersey: Princeton Univ. Press. 320p.
Philippe M. 2009. Silhouette and palaeoecology of Mesozoic trees in Thailand. In: Buffetaut E., Cuny G., Le Loeuff J. & Suteethorn V. eds. 2009. Late Paleozoic and Mesozoic Ecosystems in SE Asia. The Geological Society, Special Publications, 315:85-96.
Powell J.E. 1987. The Late Cretaceous fauna of Los Alamitos, Patagonia, Argentina. Part VI. The titanosaurids. Rev. Mus. Argent. Cienc. Nat. Paleontol. 3:147-153.
Rudwick M.J.S. 1992. Scenes from Deep Time. Chicago: The Univ. of Chicago Press. 280p.
Santucci R.M., Arruda-Campos A.C.. 2011. A new sauropod (Macronaria, Titanosauria) from the Adamantina Formation, Bauru group, Upper Cretaceous of Brazil and phylogenetic relationship af Aeolosaurini. Zootaxa, 3085:1-33.
Sucerquia P.A., Bernardes-de-Oliveira M.E.C. 2009. Significado paleoclimático e paleoam biental de coníferas da família cheirolepidiaceae na flora da Formação Crato, Bacia do Araripe, Brasil. Paleontologia em Destaque, (63):25.
Upchurch P., Barret P.M., Dodson P. . 2004. Sauropoda. In: Weishampel D. B.,Dodson P. & Osmólka H. eds. 2004. The Dinosauria. Los Angeles: Univ. California Press. p.259-322.
Wedel M.J. 2005. Postcranial in pneumaticity in sauropods and its implications for mass estimates. In: Rogers K.A.C. & Wilson J.A. eds. 2005. The Sauropods Evolution and Paleobiology. London: Univ. California Press. p. 201-228.
Went F.W. 1983. As plantas. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Ed. 224p.
Xu X., Zhao Q., Norell M., Sullivan C., Hone D., Erickson G., Wang X., Han F., Guo Y.. 2009. A new feathered maniraptoran dinosaur fossil that fills a morphological gap in avian origin. Chinese Science bulletin, 52:430-435.
A Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:
- A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
- Os originais não serão devolvidos aos autores;
- Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
- Deve ser consignada a fonte de publicação original;
- As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.