Banner Portal
Sobre o uso dos termos geocronológicos e cronoestratigráficos
Cordões arenosos fluviais em vista aérea do Rio Tocantins, região entre Estreito e Carolina, Maranhão.
PDF

Palavras-chave

Nomenclatura estratigráfica. Literatura geocientífica. Padronização redacional.

Como Citar

ARAI, Mitsuru; BRANCO, Pércio de Moraes. Sobre o uso dos termos geocronológicos e cronoestratigráficos. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 14, n. 3, p. 217–224, 2018. DOI: 10.20396/td.v14i3.8651816. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8651816. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Este artigo pretende estabelecer padrões, visando o uso correto de termos cronoestratigráficos e geocronológicos na literatura geocientífica. A distinção entre os dois tipos de termos foi claramente apontada pelo Guia de Nomenclatura Estratigráfica Brasileira de 1986. No entanto, o que vem se observando frequentemente é o uso equivocado desses termos, ou seja, o uso de termos cronoestratigráficos no lugar dos geocronológicos, e vice-versa. No início da década de 1990, o primeiro autor começou uma campanha contra esse mau uso por meio de contatos pessoais e da publicação de pequenas notas sobre a problemática. A decisão de escrever um artigo mais extenso e abrangente decorreu do fato do primeiro autor ter passado a fazer parte dos comitês editoriais dos periódicos Boletim de Geociências da Petrobras (2006–2013) e Revista Brasileira de Paleontologia (desde 2016), o que lhe permitiu ter a noção da gravidade da questão.

https://doi.org/10.20396/td.v14i3.8651816
PDF

Referências

ABL - Academia Brasileira de Letras 2009. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras. 877 p. (5ª edição).

Arai M. 1991. Teste [sobre termos geocronológicos e cronoestratigráficos]. Boletim da Sociedade Brasileira de Paleontologia - Núcleo RJ/ES, 4 (abril/1991): 9.

Arai M. 1993a. Nomenclatura dos termos geocronológicos informais (Parte 1). Boletim da Sociedade Brasileira de Paleontologia - Núcleo RJ/ES, 23 (agosto/1993): 5.

Arai M. 1993b. Nomenclatura dos termos geocronológicos informais (Parte 2). Boletim da Sociedade Brasileira de Paleontologia - Núcleo RJ/ES, 24 (setembro-novembro/1993): 4.

Arai M. 1994. Nomenclatura dos termos geocronológicos informais (Parte 3). Boletim da Sociedade Brasileira de Paleontologia - Núcleo RJ/ES, 29 (julho-setembro/1994): 4.

Barreda V., Palamarczuk S. 2000. Estudio palinoestratigráfico del Oligoceno tardío-Mioceno em secciones de la costa patagónica y plataforma continental argentina. In: Aceñolaza F.G., Herbst R. eds. El Neógeno de Argentina. Tucumán: INSUGEO. p. 103-138.

Beurlen G., Richter A.J., Cunha A.S., Silva-Telles Jr. A., Martinis E., Pedrão E., Moura J.A., Gomide J., Viviers M.C., Arai M., Uesugui N., Nascimento N.L., Azevedo R.L., Dino R., Antunes R., Shimabukuro S., Abreu W.S. 1992. Bioestratigrafia das bacias mesozóicas-cenozóicas brasileiras: texto explicativo das cartas bioestratigráficas - Versão 01.88. Rio de Janeiro: PETROBRÁS/ CENPES/ DIVEX/ SEBIPE. 616 p. (Relatório interno).

Branco P.M. 1993. Guia de redação para a área de Geociências. Porto Alegre, CPRM/ Sagra-DC Luzzatto. 176 p.

Busca Escolar. 2015. A Pré-História. URL: http://www.buscaescolar.com/historia-geral/a-pre-historia/. Acesso: 12.12.2017.

Di Pasquo M. 2003. Avances sobre palinología, bioestratigrafía y correlación de los Grupos Macharetí y Mandiyutí, Neopaleozoico de la Cuenca Tarija, província de Salta, Argentina. Ameghiniana, 40(1): 3-32.

Elsevier. 2017. Cretaceous Research - Author information pack. URL: https://www.elsevier.com/journals/cretaceous-research/0195-6671/guide-for-authors. Acesso: 05.12.2017.

Ferreira A.B.H. 1986. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1838 p.

Folha de S. Paulo. 1992. Novo Manual da Redação. São Paulo: Folha de S. Paulo. 332 p.

Head M.J., Gibbard P., Salvador A. 2008. The Tertiary: a proposal for its formal definition. Episodes, 31(2): 248-250.

Head M.J., Aubry M.-P., Walker M., Miller K.G., Pratt B.R. 2017. A case for formalizing subseries (subepochs) of the Cenozoic Era. Episodes, 40(1): 22-27.

Hedberg H.D. 1979. Guide stratigraphique international: classification, terminologie et règles de procédures. Paris: Doin Éditeurs. 233 p. (edição francesa traduzida por Burollet P. et al.)

Hedberg H.D. 1980. Guía estratigráfica internacional. Guia para la clasificación, terminología y procedimentos estratigráficos. Barcelona: Editorial Reverté S/A. 205 p. (edição espanhola traduzida por Petzall C. et al.).

ICS - International Commission on Stratigraphy. 2017. International Chronostratigraphic Chart v. 2017/02. URL: http://www.stratigraphy.org/ICSchart/ChronostratChart2017-02.pdf. Acesso: 07/12/2017.

Knoploch F. 1987. Orientações ortográficas. PETROBRÁS/ CENPES. 2 p. (documento interno).

Kumpulainen R.A. 2017. Guide for geological nomenclature in Sweden. GFF, 139(1): 3-20. URL: http://resource.sgu.se/dokument/om-geologi/guide-for-geological-nomenclature-in-sweden.pdf. ou http://dx.doi.org/10.1080/11035897.2016.1178666. Acesso: 05.12.2017.

Loon A.J.(Tom) van. 2013. Stratigraphic Nomenclature. In: Smart P., Maisonneuve H., Polderman A. eds. Science Editors’ Handbook. European Association of Science Editors. URL: http://www.ease.org.uk/wp-content/uploads/2-11.pdf. Acesso: 08/12/2017.

Owen D.E. 1987. Commentary: usage of stratigraphic terminology in papers, illustrations, and talks. Journal of Sedimentary Petrology, 57(2): 363 - 372.

Owen D.E. 2009. How to use stratigraphic terminology in papers, illustrations, and talks. Stratigraphy, 6(2): 106 - 116.

Petri S., Coimbra A.M., Amaral G., Ponçano W.L. 1986. Guia de nomenclatura estratigráfica. Revista Brasileira de Geociências, 16(4): 376-415.

Quattrocchio M.E., Martínez M.A., García V.M., Zavala C.A. 2003. Palinoestratigrafía del Tithoniano-Hauteriviano del centro-oeste de la Cuenca Neuquina, Argentina. Revista Española de Micropaleontología, 35(1): 51-74.

Rios-Netto A.M., Koutsoukos E.A.M. 1994a. Usage of prefixes Eo, Meso and Neo in stratigraphic nomenclature. Anais Acad. Bras. Ciências, 66(2): 256.

Rios-Netto A.M., Koutsoukos E.A.M. 1994b. Utilização dos prefixos Eo, Meso e Neo, em nomenclatura estratigráfica. Anais Acad. Bras. Ciências (minuta com 3 páginas).

Silva J.P. 2017. Manual de Ortografia da Língua Portuguesa. URL: www.gpesd.com.br/baixar.php?file=4. Acesso: 05.12.2017.

Tufano D. 2008. Guia Prático da Nova Ortografia. São Paulo: Editora Melhoramentos Ltda. 32p. URL: https://www.escrevendoofuturo.org.br/EscrevendoFuturo/arquivos/188/Guia_Reforma_Ortografica_CP.pdf. Acesso: 07.12.2017.

Wikipedia. 2017. Paleolítico. URL: https://pt.wikipedia.org/wiki/Paleol%C3%ADtico. Acesso: 12.12.2017.

Zalasiewicz J., Cita M.B., Hilgen F., Pratt B.R., Strasser A., Thierry J., Weissert H. Chronostratigraphy and geochronology: a proposed realignment. GSA Today, 23(3): 4-8.

Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.