Banner Portal
Pseudomorfismo
PDF

Palavras-chave

Crescimento mineral
Tipologia do pseudomorfismo
Minerais brasileiros

Como Citar

CHAVES, Mario Luiz Sá Carneiro; FAGUNDES, Mariana; BRANDÃO, Paulo. Pseudomorfismo: um importante processo mineralógico descrito com exemplos brasileiros. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 19, n. 00, p. e023006, 2023. DOI: 10.20396/td.v19i00.8672057. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8672057. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Introdução. O pseudomorfismo consiste na substituição de uma espécie mineral por outra, podendo ser essa substituição parcial ou total, ou somente o recobrimento de um mineral com posterior remoção do material original. O principal fator preponderante é a manutenção da forma do mineral original, não tendo o mineral “substituto” qualquer necessidade de possuir a mesma estruturação atômica do seu predecessor. Objetivo e Metodologia. Para bem explicar o fenômeno, foram estudados casos típicos, embora distintos, de ocorrências de pseudomorfismo em quatro diferentes localidades brasileiras: (1) micropertita-nefelina-analcima sobre leucita (pseudoleucita), (2) quartzo sobre anidrita, (3) minerais de terras raras sobre parisita-(La), e (4) rutilo sobre anatásio. Resultados. Todos os minerais foram analisados por difratômetro de raios-X (DRX); a parisita-(La) e minerais paragenéticos também com MEV/EDS e microssonda eletrônica. Conclusão. Acredita-se que a descrição pormenorizada de casos distintos de pseudomorfismo, com base em amostras típicas brasileiras, possa servir como material didático esclarecedor para o fenômeno retratado.

https://doi.org/10.20396/td.v19i00.8672057
PDF

Referências

Back, M. E., & Mandarino, J. A (2008). Fleischer’s Glossary of Minerals Species 2008. Tucson: Mineralogical Record Inc.

Barton, M., & Hamilton, D. L. (1978). Water-saturated melting relations to 5 kilobars of three Leucite Hills lavas. Contributions to Mineralogy and Petrolology, 66(1), 41-49.

Bowen, N. L., & Ellestad, R. B. (1937). Leucite and pseudoleucite. American Mineralogist, 22, 409-415.

Branco, P. M., & Gil, C. A. A. (2002). Mapa Gemológico do Estado do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CPRM-SGB. 43p. (Informe de Recursos Minerais, Série Pedras Preciosas nº5). URL: http://dspace.cprm.gov.br/xmlui/bitstream/handle/doc/1631/mapa_gemologico_rs.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso 20.01.2023.

Brotzu, P., Melluso, L., Bennio, L., Gomes, C. B., Lustrino, M., Morbidelli, L., Morra, V., Ruberti, E., Tassinari, C., & D’Antonio, M. (2007). Petrogenesis of the Early Cenozoic potassic alkaline complex of Morro de São João, southeastern Brazil. Journal of South American Earth Sciences, 24(1), 93-115. doi: 10.1016/j.jsames.2007.02.006.

Cassedanne, J. P., & Cassedanne, J. O. (1974). Les anatases de Diamantina (Minas Gerais): minéralogie et importance paléogéographique. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 46, 83-97.

Cassedanne, J. P., & Menezes, S. O. (1989). “Pseudoleucite” pseudomorphs from Rio das Ostras, Brazil. Mineralogical Record, 20(6), 439-440.

Chaves, M. L. S. C. (1997). Geologia e Mineralogia do Diamante da Serra do Espinhaço em Minas Gerais. (Tese Doutorado). São Paulo: Departamento de Mineralogia e Petrologia, Inst. Geoc., USP. doi: 10.11606/T.44.1997.tde-18112015-110030.

Chaves, M. L. S. C., Brandão, P. R. G., & Buhn, B. (2010). Monazita em veios de quartzo da Serra do Espinhaço Meridional (MG): mineralogia, idades LA-ICP-MS e implicações geológicas. Revista Brasileira de Geociências, 40(4), 506-515. doi: 10.25249/0375-7536.2010404506515.

Chaves, M. L. S. C., Romano, A. W., & Menezes Filho, L. A. D. (2017). Minerais recentemente descritos no Brasil: a participação do Centro de Pesquisa Prof. Manoel Teixeira da Costa – CPMTC. Instituto de Geociências (UFMG). Geonomos, 25(2), 31-43. DOI: 10.18285/geonomos.v25i2.1079.

Chaves, M. L. S. C., Buhn, B., Dias, C. H., & Menezes Filho, L. A. D. (2018a). Idades U-Pb em xenotímio-(Y) de um veio de quartzo com almeidaíta e parisita-(La), novos minerais encontrados na Serra do Espinhaço (Novo Horizonte, Bahia). Geociências, 37(2), 225-236. doi: 10.5016/geociencias.v37i2.12182.

Chaves, M. L. S. C., Karfunkel, J., Bermanec, V., Zebec, V., Scholz, R., & Menezes Filho, L. A. D. (2018b). Anatase crystals with unusual habit in quartz veins from the Diamantina region (Espinhaço Range, Minas Gerais). REM: International Engineering Journal, 71(1), 37-43. doi: 10.1590/0370-44672017710069.

Dodd, S. C., MacNiocaill, C., & Muxworthy, A.R. (2015). Long duration (>4 Ma) and steady-state volcanic activity in the early Cretaceous Paraná-Etendeka large igneous province: new paleomagnetic data from Namibia. Earth and Planetary Science Letters, 414(1), 16-29. doi: 10.1016/epsl.2015.01.009.

Fagundes, M. B. (2020). Caracterização petrológica e geoquímica do Complexo Alcalino do Morro de São João, Casimiro de Abreu, RJ. Rio de Janeiro: Fac. de Geologia, UERJ. (Dissertação Mestrado). URL: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16859. Acesso 23.01.2023.

Frank, H. T., Gomes, M. E. B., & Formoso, M. L. L. (2009). Review of the areal extent and the volume of the Serra Geral Formation, Paraná Basin, South America. Pesquisas em Geociências, 36, 49-57. URL: https://www.seer.ufrgs.br/PesquisasemGeociencias/article/view/17874. Acesso 23.01.2023.

Fudali, R. F. (1963). Experimental studies bearing on the origin of pseudoleucite and associated problems of alkalic rocks systems. Geological Society of America Bulletin, 74, 1101-1126.

Gilg, H. A., Morteani, G., Kostitsin, Y., Preinfalk, C., Gatter, I., & Strieder, A. J. (2003). Genesis of amethyst geodes in basaltic rocks of the Serra Geral Formation (Ametista do Sul, Rio Grande do Sul, Brazil): a fluid inclusion, REE, oxygen, carbon and Sr isotope study on basalt, quartz, and calcite. Mineralium Deposita, 38, 1009-1025.

Gilg, H. A., Kruger, Y., Taubald, H., Kerkhof, A. M., Frenz, M., & Morteani, G. (2014). Mineralisation of amethyst-bearing geodes in Ametista do Sul (Brazil) from low-temperature sedimentary brines: evidence from monophase liquid inclusions and stable isotopes. Mineralium Deposita, 49, 861-877. doi: https://doi.org/10.1007/s00126-014-0522-7.

Gordon Jr., M. (1947). Classificação das formações gondwânicas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. DNPM/DGM Notas Preliminares e Estudos, 38, 1-20.

Guimarães, D., & Ilchenko, K. (1954). Rochas com pseudoleucita ou epi-leucita de Poços de Caldas. Boletim Agricultura Belo Horizonte, 3, 11-13.

Heilbron, M. (2016). Associações do Embasamento pré- 1,8 Ga. In: Heilbron, M., Eirado, L. G., & Almeida, J. (Orgs.). Geologia e Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro. Belo Horizonte: CPRM-SGB. p. 33-44. URL: http://rigeo.cprm.gov.br/xmlui/handle/doc/18458?show=full. Acesso 16.02.2023.

Hussak, E. (1887). Ueber Leucit-Pseudokrystalle in Phonolith (Tinguait) der Serra de Tingua, Estado do Rio de Janeiro, Brazil. Neues Jahrb. Mineral., 1, 166-169.

Hussak, E. (1917). Os Satélites do Diamante. Rio de Janeiro: Serviço Geológico e Mineralógico do Brazil. 58p.

Juchem, P. L. (1999). Mineralogia, geologia e gênese dos depósitos de ametista da região do Alto Uruguai, Rio Grande do Sul. São Paulo: Instituto de Geociências, USP. (Tese Dout.). URL: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44135/tde-28052015-095948/pt-br.php. Acesso 16.02.2023.

Klein, C., & Dutrow, B. (2012). Manual de Ciência dos Minerais. Trad. Rualdo Menegat. 23 ed. Porto Alegre: Bookman. 724p.

Knight, C. W. (1906). A new occurrence of pseudo-leucite. American Journal of Science, 21, 286-293.

Larsen, E. S., & Buie, B. F. (1938). Potash analcite and pseudoleucite from the Highwood Mountains of Montana. American Mineralogist, 23, 837-849.

Lieber, W. (1985). Pseudomorphose von Quarz nach Anhydrit. Aufschluss, 36, 143-144.

Menezes, S. O., & Tubbs, D. (1986). Sobre a pseudoleucita alterada em rochas alcalinas de Rio das Ostras, Estado do Rio de Janeiro. Arquivos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 9(1-2), 87-89.

Menezes Filho, L. A., & Chaves, M. L. S. C. (2007). Minerais de coleção: ciência, estética e mercado. Geonomos, 15(1), 65-73.

Menezes Filho, L. A., Chumakov, N. V., Rastsvetaeva, R. K., Aksenov, S. M., Pekov, I. V., Chaves, M. L. S. C., Richards, R. P., Atencio, D., Brandão, P. R., Scholz, R., Krambrock, K., Moreira, R. L., Romano, A. W., & Ardisson, J. D. (2015). Almeidaite, Pb(Mn,Y)Zn2(Ti,Fe3+)18O36(O,OH)2, a new crichtonite-group mineral from Novo Horizonte, Bahia, Brazil. Mineralogical Magazine, 79(2), 269-283. doi: 10.1180/minmag.2015.079.2.06.

Menezes Filho, L. A. D., Chaves, M. L. S. C., Chumakov, N. V., Atencio, D., Scholz, R., Pekov, I., Costa, G. M., Morrison, M., Andrade, M. B., Freitas, E. T. F., Downs, R. T., & Belakovskiy, L. (2018). Parisite-(La), ideally CaLa2(CO3)3F2, a new mineral from Novo Horizonte, Bahia, Brazil. Mineralogical Magazine, 82(1), 133-144. doi: 10.1180/minmag.2017.081.028.

Mota, C. E. M., Geraldes, M. C., Almeida, J. C. M., Vargas, T., Souza, D. M., Loureiro, R. O., & Silva A. P. (2009). Características isotópicas (Nd e Sr), geoquímicas e petrográficas da intrusão alcalina do Morro do São João: implicações geodinâmicas e sobre a composição do manto sublitosférico. Geologia USP, Série Científica, 9(1), 85-100.

Peate, D. W. (1997). The Paraná-Etendeka Province. In: Mahoney, J. J., & Coffin. M. F. (Eds.). Large igneous provinces: continental, oceanic, and planetary flood volcanism. Washington: American Geophysical Union, Geophysical Monograph, 100, 217-245.

Pedrosa-Soares, A. C., Campos, C. P., Noce, C. M., Silva, L. C., Roncato, J., & Alkmim, F. F. (2011). Late Neoproterozoic-Cambriam granitic magmatism in the Araçuaí Orogen (Brazil) the Eastern Brazilian Pegmatite Province and related mineral resources. In: Sial, A. N., Bettencourt, J. S., Campos, C. P., & Ferreira, V. P. (Eds.). 2011. Granite-Related Ore Deposits. London: Geological Society Special Publications. v. 350, 25-51. doi: 10.1144/SP350.3.

Riccomini, C., Velazquez, V. F., & Gomes, C. B. (2005). Tectonic controls of the Mesozoic and Cenozoic alkaline magmatism in central-southeastern Brazilian Platform. In: C.B. Gomes, C. B., & Comin-Chiaramonti, P. (Eds.), 2005, Mesozoic to Cenozoic alkaline magmatism in the Brazilian Platform. São Paulo: Edusp-FAPESP, p. 31-55.

Sonoki, I. K., & Garda, G. M. (1988). Idades K-Ar de rochas alcalinas do Brasil Meridional e Paraguai Oriental: compilação e adaptação às novas constantes de decaimento. Boletim IG-USP, Série Científica, 19, 63-85.

Stonehouse, H. B. (1981). Pseudomorphism. In: Mineralogy. Encyclopedia of Earth Science. Boston: Springer. https://doi.org/10.1007/0-387-30720-6-115.Acesso 28/11/2022

Strunz, H. (1982). Nach der Einteilung der Pseudomorphosen. Aufschluss, 33, 313-342.

Taylor, D., & Mackenzie, W. S. (1975). A contribution to the pseudoleucite problem. Contributions to Mineralogy and Petrology, 49, 321-333.

Thiede, D. S., & Vasconcelos, P. M. (2010). Paraná flood basalts: rapid extrusion hypothesis confirmed by new 40Ar/39Ar results. Geology, 38, 747-750. doi: 10.1130/G30919.1.

Valença, J. G., & Edgar, A. D. (1979). Pseudoleucites from Rio de Janeiro State, Brazil. American Mineralogist, 64, 733-735.

Vlach, S. R. F., Ulbrich, H. H. G. J., Ulbrich, M. N. C., & Vasconcelos, P. M. (2018). Melanite-bearing nepheline syenite fragments and 40Ar/39Ar age on phlogopite megacrysts in conduct breccia from the Poços de Caldas Alkaline Massif (MG/SP), and implications. Brazilian Journal of Geology, 48(2), 391-402. doi: 10.1590/2317-4889201820170095.

Whitten, D. G. A., & Brooks, J. R. V. (1972). A Dictionary of Geology. Middlesex (England): Penguin Books.

Yang, H., Hugues, J. M., & Mariano, A. N. (1993). The atomic arrangement of bastnäsite-(Ce), Ce(CO3)F, and structural elements of synchysite-(Ce), röntgenite-(Ce), and parisite-(Ce). American Mineralogist, 78, 415-418.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Terrae Didatica

Downloads

Não há dados estatísticos.