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Experimentação investigativa e ilustrativa: um estudo sobre a efetividade no ensino de Geociências
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Palavras-chave

Experimentação. Aulas práticas. Estratégias de ensino. Temas abstratos. Cotidiano

Como Citar

COSTA, Pedro Leverger; SANCHEZ, Evelyn Aparecida Mecenero. Experimentação investigativa e ilustrativa: um estudo sobre a efetividade no ensino de Geociências. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 12, n. 3, p. 220–230, 2016. DOI: 10.20396/td.v12i3.8647899. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8647899. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

A importância de aulas envolvendo diferentes atividades a fim de suprir as lacunas deixadas pelas aulas tradicionais é altamente reconhecida. Uma saída para o método tradicional de ensino é o uso de experimentações, as quais, dentre as várias classificações pragmáticas, podem ser divididas em experimentações investigativas, nas quais o experimento é realizado anteriormente ao conteúdo teórico, e experimentações ilustrativas, tendo os experimentos realizados após o conteúdo teórico, objetivando provar algum fenômeno estudado. No âmbito das Geociências, são trabalhados desde tópicos relacionados a temas comuns ao cotidiano, mas nem sempre fáceis de serem percebidos, bem como temas abstratos por sua escala espacial e/ou temporal e, neste sentido, as experimentações tornam-se excelentes ferramentas de ensino. No presente trabalho analisou-se a efetividade dos experimentos ilustrativos e investigativos frente a um tema cotidiano (erosão) e outro abstrato (formação de relevo). O estudo demonstrou que a experimentação ilustrativa, trabalhada após a teoria, teve maior efetividade tanto quando o assunto era abstrato, como quando o tema era cotidiano, ao passo que a experimentação investigativa foi mais eficaz em manter a atenção dos alunos e discussões sobre teorias, independente se o assunto fosse mais familiar, quanto abstrato.

https://doi.org/10.20396/td.v12i3.8647899
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