Banner Portal
Ciência, Poesia e Literatura: a Geologia Estética na Obra do Escritor Romântico José de Alencar
Reconstituição artística de uma paisagem do Pleistoceno sul-americano, com o notoungulado Toxodon, herbívoro de tamanho avantajado. (Desenho de Jorge Blanco). Ref. Braunn & Ribeiro 2017, Terræ Didatica, 13(2):131. DOI: https://doi.org/10.20396/td.v13i2.8650100
PDF

Palavras-chave

José de Alencar. Geologia estética. História da geologia. Literatura brasileira.

Como Citar

ALMEIDA, Soraya. Ciência, Poesia e Literatura: a Geologia Estética na Obra do Escritor Romântico José de Alencar. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 13, n. 3, p. 219–234, 2018. DOI: 10.20396/td.v13i3.8650961. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8650961. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

José de Alencar, principal nome do movimento literário romântico no Brasil, viveu entre 1829 e 1877, período em que a Geologia se consagrou como ciência e se tornou assunto de interesse também fora da comunidade cientifica. O escritor brasileiro não ficou insensível às questões geológicas e ao longo de sua obra são encontrados vários exemplos de Geologia Estética, que se torna mais relevante a partir de seu casamento com Georgina Cochrane, pertencente a uma família escocesa admiradora das montanhas e de sólida formação literária e científica. A personificação de rochas e montanhas e a utilização de vulcões como metáforas de sentimentos ocultos são as expressões mais contundentes nos romances de Alencar; suas visões estão em acordo com a percepção sombria manifestada por Thomas Burnet e pelos poetas britânicos em relação às rochas. Para Alencar, o granito é a “rocha” por excelência e, assim como Goethe, o escritor demonstra desconforto diante do modelo plutonista defendido por Hutton e Lyell.

https://doi.org/10.20396/td.v13i3.8650961
PDF

Referências

Alencar J. 1970a. A Viuvinha. Cinco Minutos. A Pata da Gazela. São Paulo: Edigraf. 217p.

Alencar J. 1970b. O Gaúcho. Romance Brasileiro. São Paulo: Edigraf. 254p

Alencar J. 1970c. O Tronco do Ipê. São Paulo: Edigraf. 234p.

Alencar J. 1970d. Sonhos D’Our. São Paulo: Edigraf. 226p.

Alencar J. 1970e. Iracema. Ubirajara. São Paulo: Edigraf. 193p.

Alencar J. 1970f. O Sertanejo. São Paulo: Edigraf. 303p.

Alencar J. 1970g. O Guarani. São Paulo: Edigraf. 370p

Alencar J. 1970h. As Minas de Prata. Tomo I. São Paulo: Edigraf. 267p.

Alencar J. 1970i. As Minas de Prata. Tomo II. São Paulo: Edigraf. 270p.

Alencar J. 1970j. As Minas de Prata. Tomo II. São Paulo: Edigraf. 279p.

Alencar J. 1970l. Til. São Paulo: Edigraf. 251p.

Alencar J. 1970m. Lucíola. Diva. Encarnação. São Paulo: Edigraf. 334p

Alencar J. 2005. Como e porque sou romancista. Campinas: Pontes Ed. 76p.

Almeida S. & Porto Jr. R. 2011. O reconhecimento de cantarias e pedreiras históricas do Rio de Janeiro como elementos estimulantes ao estudo e divulgação das ciências geológicas. Revista Terrae Didatica. 8(1):3-23.

Araripe Júnior T.A. 1989. Luizinha / Perfil Literário de José de Alencar. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Ed. 238p.

Azevedo A. 1965. Cochrane do Brasil. São Paulo. Companhia Ed. Nacional. 339p

Bacon F. 1999. Novum Organum ou Verdadeiras Indicações Acerca da Interpretação da Natureza. Nova Atlântida. José Trad. Aluysio Reis de Andrade. São Paulo: Ed. Nova Cultural. 255p.

Biblioteca Fluminense. 1866. Catálogo de Livros. Rio de Janeiro: Typographia Thevenet & C. 312p.

British Subscription Library. 1864. A catalogue of books in the Rio de Janeiro Library. London: L. Smith, Elder & Co. 85 p.

Broca B. 1981. Alencar: Vida, Obra e Milagre. In Ensaio da Mão Canhestra. Obras reunidas. São Paulo: Ed. Camuru. 318p.

Buckland A. 2013. Novel Science. Fiction ans the invention of nineteenth-century geology. Chicago: The University of Chicago Press. 377 p.

Burnet T. 1961. The Sacred Theory of the Earth. Carbondale. Southern Illinois Univ. Press. 412p.

Cadbury D. 2000. The Dinosaur Hunters: A True Story of Scientific Rivalry and the Discovery of the Prehistoric World. London: Fourth Estate. 374p.

Candido A. (1969). Os Três Alencares. 221-235. In Formação da Literatura Brasileira (Momentos Decisivos). 2º volume (1836-1880). 3ª edição. São Paulo: Ed. Libraria Martins. 440 p.

Cochrane T. 1868a. Medicina Domestica Homoeopathica, ou, Guia pratica da arte de curar homoeopathicamente: contendo tudo quanto ha de mais util que se pode encontrar nos autores homoeopathas. Volume I. 5ª ed. Rio de Janeiro: (sem editor). 840p.

Cochrane T. 1868b. Medicina Domestica Homoeopathica, ou, Guia pratica da arte de curar homoeopathicamente: contendo tudo quanto ha de mais util que se pode encontrar nos autores homoeopathas. Volume II. 5ª ed. Rio de Janeiro: (sem editor). 780p.

Darwin E. 1825. The Botanic Garden, a poem, in two parts, containing the economy of vegetation, and the loves of the plants, with philosophical notes. London: Jones & Company.

p.

Dickens C. 1986. A Casa Soturna. Tradução de Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira. 822p.

Gadelha M. 2001. José de Alencar. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha. 101p.

Goethe J.W. 1956. Fausto. Tradução de Antônio Feliciano de Castilho. São Paulo. W. Jackon Inc. Ed. 319p.

Goethe J.W. 2011. Fausto II. Trad. Jenny Klabin Segall. São Paulo. Ed. 34. 671p.

Heringman N. 2004. Romantic Rocks, Aesthetic Geology. Ithaca: Cornell University Press. 304p.

Lyell C. 1997. Principles of Geology. 1830-1833. London: Penguin Books. 472p.

Melo G.C. 1972. Alencar e a Língua Brasileira. 3ª edição. Rio de Janeiro. Conselho Federal de Cultura. Depto. Imprensa Nacional. 143p.

Menezes R. 1965. Cartas e Documentos de José de Alencar. São Paulo. 2ª ed. Ed. Hucitec. 181p.

Nicolson M.J. 1997. Mountain Gloom and Mountain Glory. The development of the aesthetics of the infinite. Seatle: Univ. Washington Press. 403p.

O’Connor R. 2007. The Earth on Show. Fossils and the poetics of popular Science, 1802-1856. Chicago: The Univ. Chicago Press. 541p.

Proença M.C. 1966. José de Alencar na Literatura Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Civilização Brasileira. 147p.

Scott W. 1868. Guy Mannering. Two volumes in One. Boston: Ticknor and Field. Cambridge Univ. Press. Welch, Bigelow and Cia. 33 p.

Scott W. O 1920. Talisman ou Ricardo na Palestina. . Rio de Janeiro – Paris: Livraria Garnier. 444p.

Scott W. O. (sem dataa) Guy Mannering ou o Astrólogo. Tomo I. Rio de Janeiro: Ed. H. Garnier. Paris. 328p.

Scott W. O. (sem datab) Guy Mannering ou o Astrólogo. Tomo II. Rio de Janeiro: Ed. H. Garnier. Paris. 297p.

Távora F. 2011. Cartas a Cincinato. Estudos críticos por Semprônio. Org. Eduardo Vieira Martins. Campinas: Ed. Unicamp. 278p.

Viana Filho L. 1979. A Vida de José de Alencar. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Ed. 311p.

Terrae Didatica utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Terrae Didatica, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.