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A “Speleologia” de Antonio Olyntho dos Santos Pires e o Centenário da Independência do Brasil (1922)
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Palavras-chave

Espeleologia
Nação
República
Cavernas
Centenário da independência

Como Citar

MARTINS, Carlos Eduardo; DAL RÉ CARNEIRO, Celso; ABREU, Ana Elisa Silva de. A “Speleologia” de Antonio Olyntho dos Santos Pires e o Centenário da Independência do Brasil (1922). Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 18, n. 00, p. e022020, 2022. DOI: 10.20396/td.v18i00.8669082. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8669082. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

“O texto “Speleologia”, foi publicado por Antonio Olyntho dos Santos Pires, na obra Geographia do Brasil Commemorativa do Primeiro Centenario da Independencia (1822-1922). Num contexto de grandes transformações, a proposta era a de tratar cientificamente as cavernas à luz de “Speleologia”, a exemplo da Europa e dos EUA, suplantando as visões teológicas e supersticiosas do passado colonial sobre as cavernas. Pires citou os trabalhos de Peter Lund e Ricardo Krone, em cavernas mineiras e paulistas, respectivamente, como exemplos de racionalidade e objetividade que ele desejava para o país. Assim, “Speleologia” era uma contribuição para conduzir do Brasil à condição de país moderno e civilizado. Considerando o contexto da publicação e o ponto de vista de Pires, deduz-se que “Speleologia” seria uma espécie de “lugar de memória” (Nora, 2008), isto é, um objeto material e/ou imaterial, considerado peça-chave na constituição da memória nacional republicana.

https://doi.org/10.20396/td.v18i00.8669082
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