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A perspectiva paleontológica no ensino da História Natural e em áreas afins
Reconstrução de uma manada de Aelosaurus maximus com indivíduos de idades variadas (Pintura de Ariel Milani Martine).
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Palavras-chave

Transversalidade. História natural. Diagrama de Lipps. Ensino científico.

Como Citar

BERGUE, Cristianini Trescastro. A perspectiva paleontológica no ensino da História Natural e em áreas afins. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 13, n. 2, p. 93–100, 2017. DOI: 10.20396/td.v13i2.8650085. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8650085. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

A Paleontologia possui abordagens significativamente diferentes nas Geociências e nas Biociências e seu ensino assume, geralmente, uma perspectiva instrumental. Na proposta de ensino aqui discutida, a qual baseia-se na transversalidade e no chamado Diagrama de Lipps, a Paleontologia é assumida como um tema e não uma disciplina. Além disso sustenta-se que a perspectiva paleontológica pode transcender a História Natural e abranger um espectro mais amplo de conhecimentos.  Esta proposta de ensino baseia-se na análise dos principais atributos adotados classicamente para a definição dos fósseis, ou seja, a idade e o tamanho. Suas influências na Paleontologia são discutidas principalmente em relação à criação de disciplinas como a micropaleontologia, paleontologia de vertebrados, paleobotânica e paleontologia de invertebrados. A proposta apresentada neste trabalho sustenta que a ampliação da perspectiva paleontológica na educação superior, não apenas na História Natural mas em áreas onde não é usualmente abordada atualmente, como a Astronomia e a Ecologia, pode promover reflexões úteis ao aperfeiçoamento do ensino de ciências.
https://doi.org/10.20396/td.v13i2.8650085
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