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A utilização de lavras desativadas como laboratórios naturais para ensino de Geociências: exemplos de Diamantina
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Palavras-chave

Potencial didático. Diamantina. Sedimentologia. Estratigrafia

Como Citar

KUCHENBECKER, Matheus; FRAGOSO, Daniel Galvão Carnier; SANGLARD, Júlio Carlos Destro; FANTINEL, Lúcia Maria. A utilização de lavras desativadas como laboratórios naturais para ensino de Geociências: exemplos de Diamantina. Terrae Didatica, Campinas, SP, v. 12, n. 1, p. 56–68, 2016. DOI: 10.20396/td.v12i1.8645965. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/td/article/view/8645965. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

O fechamento inconsequente de empreendimentos de mineração constitui um tema atual de preocupação ambiental e social, o que tem levado à crescente discussão a respeito dos "usos futuros de áreas mineradas". Neste trabalho, apresenta-se o grande potencial didático de algumas lavras desativadas, e propõe-se sua utilização enquanto labratórios naturais para o ensino de Geociências. Utiliza-se, para tanto, o exemplo de Diamantina (MG), onde abundam antigas lavras de diamante, há muito desativadas. No interior de lavras desativadas é frequente a instalação de sistemas sedimentares dinâmicos, onde vários processos diferentes atuam simultaneamente. Nestes sistemas, observam-se processos e produtos sedimentares em diferentes ambientes e contextos, o que configura a situação ideal para o ensino básico e avançado de temas relacionados à sedimentologia, estratigrafia e geomorfologia. Através das feições observadas, é possível a realização de uma profunda análise escalar, discutindo-se diferenças e similaridades com ambientes de sedimentação em tamanho real. Além disso, a existência simultânea nas lavras de processos, produtos recentes e estruturas sedimentares antigas oferece uma excelente oportunidade para a discussão dos princípios do atualismo.

https://doi.org/10.20396/td.v12i1.8645965
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