Banner Portal
A linguagem de sala de aula na formação do professor de língua estrangeira
Remoto

Palavras-chave

Formação de professores. Fala do professor. Discurso de sala de aula

Como Citar

ORTALE, Fernanda Landucci. A linguagem de sala de aula na formação do professor de língua estrangeira. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 48, n. 1, p. 87–98, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645257. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

A análise das gravações de miniaulas ministradas por professores de língua estrangeira em formação permitiu verificar a carência de um léxico específico para a situação de sala de aula. Essa evidência revela que o desenvolvimento de uma proficiência linguística geral não é suficiente na formação inicial de professores de línguas estrangeiras: é necessário que se realize também um trabalho sistemático sobre a linguagem específica de sala de aula. Com o objetivo de contribuir para a formação desses professores, este artigo apresenta um inventário de falas típicas de sala de aula elaborado a partir das dificuldades observadas no corpus de estudo. Propõe-se utilizar esse inventário como base para atividades que proporcionem ao professor em formação a oportunidade de adquirir proficiência lexical específica para sua prática profissional em língua estrangeira.

ABSTRACT:

The analysis of minilessons given by future language teachers revealed their lack of lexical proficiency in foreign language for classroom situation. Such evidence shows it is not sufficient to develop general linguistic competence in foreign language teacher education. It’s necessary systematically introduce practices focusing the acquisition of the language for the specific purpose of classroom interaction. Aiming at the improvement of teacher education, this paper presents a list of typical classroom talk based on difficulties observed in the corpus of this research. It is proposed to apply such list as a starting point for activities that enable teachers to acquire specific lexical proficiency for their professional practice in foreign language.

Keywords: teacher education; teacher talk; classroom discourse

Remoto

Referências

ALMEIDA FILHO, J. C. P. (1992) O professor de língua estrangeira sabe a língua que ensina? A questão da instrumentalização lingüística. Contexturas, n. 1, p. 77-85.

BIBER, D.; BARBIERI, F. (2007) Lexical bundles in university spoken and written registers. English for Specific Purposes, v. 26, n. 3, p. 263-286.

BIGELOW, M. H.; WALKER, C. L. (2004) Creating teacher community: research and practice in language teacher education. In: Bigelow, M. H.; Walker, C. L. (org.) Selected papers from the 3rd International Conference on Language Teacher Education. CARLA Working Paper Series, n. 24, dez. Disponível em: <http://www.carla.umn.edu/resources/working-papers/index.html>. Acesso em: 2/6/2007.

BLEY-VROMAN, R. (2002) Frequency in production, comprehension, and acquisition. Studies in Second Language Acquisition, Cambridge University Press, n. 24, p. 209-213.

CAZDEN, C. B. (2001) Classroom discourse: the language of teaching and learning. Portsmouth: Heinemann.

CICUREL, F. (1985) Parole sur parole ou le métalangage dans la classe de langue. Paris: Cle International.

CULLEN, R. (1998) Teacher talk and the classroom context. ELT Journal, 52, p. 179-187.

ELDER, C. (1994) Are raters’judgements of language teacher effectiveness wholly language based?.

Melbourne Papers in Language Testing, v. 3, n. 2, p. 41-61.

______.(2001) Assessing the language proficiency of teachers: Are there any border controls?. Language Testing, v. 18 (2), p. 149-169.

GASS, S. M.; MACKEY, A. (2002) Frequency effects and second language acquisition: A complex picture?. Studies in Second Language Acquisition, Cambridge University Press, n. 24, p. 249- 260.

HOWARTH, P. (1998) Phraseology and second language proficiency. Applied Linguistics, Oxford University Press, n. 10, v. 1, p. 24-44.

LAUFER, B. (1998) The development of passive and active vocabulary in a second language: Same or different?. Applied Linguistics, Oxford University Press, n. 19, v. 2, p. 255-271.

LAUFER, B.; HULSTIJN, J. (2001) Incidental vocabulary acquisition in a second language: the construct of task-induced involvement. Applied Linguistics, Oxford University Press, n. 22, v. 1, p. 1-26.

MATÊNCIO, M. L. M. (2001) Estudo da língua falada e aula de língua materna: uma abordagem processual da interação professor-alunos. Campinas: Mercado de Letras.

OLIVEIRA, L. P. (2000) Escolhas pedagógicas do educador e identidade cultural dos aprendizes.

Linguagem & Ensino, v. 3, n. 2, p. 49-59.

ORTALE, F. L.; MARTINS, R. A. (2007) As miniaulas como instrumento na formação de professores de língua estrangeira. Estudos Lingüísticos, v. XXXVI (2), maio-ago. p. 77-84.

SANTANA-WILLIAMSON, E. (2005) Are non-native speakers able to converse?. In: Proceedings of the CATESOL State Conference.

SCHMITT, N. (2000) Vocabulary in language teaching. Cambridge: Cambridge University Press.

SINCLAIR, J.; BRAZIL, D. (1982) Teacher talk. Oxford: Oxford University Press.

SINCLAIR, J.; COUTHARD, M. (1975) Towards an analysis of discourse: the English used by teachers and pupils. Oxford: Oxford University Press.

SPEZZINI, S.; OXFORD, R. (1998) Perspectives of preservice foreign language teachers. System, 26, p. 65-76.

WIDDOWSON, H. G. (1978) O ensino de línguas para a comunicação. Trad. José Carlos Paes de Amleida Filho. Campinas: Pontes, 1991.

WRAY, A.; PERKINS, M. R. (2000) The functions of formulaic language: an integrated model.

Language & Communication, n. 20, p. 1-28.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.