Banner Portal
Será que ler um robô desrobotiza um leitor?
Remoto

Palavras-chave

Letramentos digitais. Transcodificação cultural. Agentes de conversação automatizados

Como Citar

BUZATO, Marcelo El Khouri. Será que ler um robô desrobotiza um leitor?. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 49, n. 2, p. 359–372, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645264. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Discute a relação entre letramentos digitais e letramentos críticos com base nos conceitos de transcodificação cultural e dialogismo, de forma contextualizada por exemplos de interações entre o pesquisador e um agente de conversação automatizado disponível na WWW. Demonstra que esse tipo de interação pode ser considerada dialógica no sentido de colocar em evidência o ‘povoamento’ dos textos digitais por dois tipos vozes ou intenções discursivas: uma voltada para racionalidade e outra para a racionalização. Conclui que esse hibridismo de vozes pode ser corretamente aproveitado para uma educação crítica no sentido de desmontar oposições binárias entre tecnologia e cultura.

ABSTRACT:

This paper describes, in a contextualized way, the relation between digital literacies and critical literacies based on the concepts of cultural transcodification and dialogism, by means of examples of interactions between the researcher and an automated conversational agent available on the WWW. It shows that this type of interaction can be considered dialogic in the sense of highlighting the ‘peopling’ of digital texts by two types of voices or discursive intentions: one related to rationality and the other to rationalization. The conclusion is that this hybridism of voices may be correctly used for a critical education in order to dismantle binary oppositions between technology and culture.

Keywords: digital literacies; cultural transcodification; automated conversational agents

Remoto

Referências

BARBOSA, P.A. et al. (1999). Aiuruetê: a high-quality concatenative text-to-speech system for Brazilian Portuguese with demisyllabic analysis-based units and a hierarchical model of rhythm production.

Proceedings of the Eurospeech’99. Budapest, v. 5, p. 2059-2062.

BUSH, N. (2001). Artificial Intelligence Markup Language (AIML) Version 1.0.1. Disponível em Acesso em: 29 jul. 2007.

BAKHTIN, M. M. (1982). Marxismo e Filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec.

_______. (2003). Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes.

BAUMAN, Z. (2000). What it means ‘To Be Excluded’: Living to Stay Apart – or Together? In: ASKONAS, P.; STEWART, A. (eds.) Social Inclusion: possibilities and tensions. London: Palgrave, p. 73-88.

BUZATO, M. E. K, (2007). Entre a Fronteira e a Periferia: linguagem e letramento na inclusão digital.

Tese de Doutorado em Lingüística Aplicada. Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas.

De SOUZA, C.S. (2006). Da(s) subjetividade(s) na produção de tecnologia. In: Nicolaci-da-Costa, A. M.

(org.) Cabeças Digitais: o cotidiano na era da informação. Rio de Janeiro: Editora da PUC-Rio / Edições Loyola, p. 81-106.

GEE, J. P. (2000). The New Literacy Studies: from ‘socially situated’ to the work of the social In: Barton, D.,Hamilton, M. and Ivanic, R. (eds), Situated Literacies: reading and writing in context. London: Routledge, p. 180-196.

LATOUR, B. (2005). Reassembling the Social: an introduction to actor-network-theory. New York: Oxford University Press.

MANOVICH, L. (2001). The Language of New Media. Cambridge, MA: MIT Press.

MAZZARELLA, W. (2004). Culture, Globalization, Mediation. Annual Review of Anthropology, v. 3, p.

-367.

MORIN, E. (1999). Seven complex lessons in education for the future. Paris: UNESCO. Disponível em < http://unesdoc.unesco.org/images/0011/001177/117740eo.pdf> Acesso em: 12 Ago. 2007.

PETERSEN, S. M. (2008). Loser Generated Content: From Participation to Exploitation. First Monday, v. 13, n. 3, (n.p.). Disponível em <http://www.uic.edu/ htbin/cgiwrap/bin/ojs/index.php/fm/article/ viewArticle/2141/1948> Acesso em 24 Jul. 2009.

TURING, A. M. (1950). Computing machinery and intelligence. Mind, v.59, p. 433-560.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.