Banner Portal
A noção de verdade e a pesquisa em linguística aplicada: bakhtin como um possível interlocutor
Remoto

Palavras-chave

Produção do conhecimento. Noção de verdade. Linguística Aplicada. Círculo de Bakhtin

Como Citar

OLIVEIRA, Maria Bernadete Fernandes. A noção de verdade e a pesquisa em linguística aplicada: bakhtin como um possível interlocutor. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 52, n. 2, p. 203–216, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645371. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este artigo discute a noção de verdade subjacente à produção do conhecimento no campo das Ciências Humanas, traçando um paralelo entre o posicionamento assumido por Mikhail Bakhtin em seus escritos e aquele de outros pensadores, mais particularmente aqueles inseridos nas áreas da Metodologia da Pesquisa Qualitativa e dos Estudos Culturais, priorizando as dimensões axiológica e epistemológica da pesquisa, com vistas a contribuir para a investigação das práticas discursivas nas várias esferas das atividades humanas no campo da Linguística Aplicada

ABSTRACT

This paper discusses the notion of truth which underlies the production of knowledge in the Humanities. It focuses on a comparison of the perspective of Mikhail Bakhtin and that of other researchers oriented by the Methodology of Qualitative Research and Cultural Studies. The approach suggests the axiological and epistemological dimensions of the investigative process as a contribution to the study of discursive practices in Applied Linguistics.

Keywords: knowledge production; concept of truth; Applied Linguistics; Bakhtin Circle

Remoto

Referências

ADORNO, T.; HORKHEIMER, M. (1985). Dialética do Esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

AMORIM, M. (2007). Raconter, démontrer, ...survivre. Formes de savoirs et de discours dans la culture contemporaine. Paris: Éditions érés.

BAKHTIN, M. M. (1919/2010). Para uma filosofia do ato responsável. São Carlos: Pedro e João editores.

_______. (1923/2003). Autor e Herói. In: Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes.

_______. (1963/1981). Problemas da Poética de Dostoievsky. Rio de Janeiro: Forense.

_______. (1934/1990). O problema do conteúdo, do material e da forma. In: Questões de Estética e de Literatura. São Paulo: Martins Fontes.

_______. (1934/1990) O discurso no romance. Questões de Estética e de Literatura. São Paulo: Martins Fontes.

_______. (1952/2003). Os gêneros do discurso. In: Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes.

BAUMAN, Z. (1998). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

CANCLINI, N. (2005). Diferentes, desiguais e desconectados. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. (orgs.) (2006). O Planejamento da Pesquisa Qualitativa – teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed.

HALL, S. (1997). The centrality of culture: notes on the cultural revolutions of our time. In: Thompson, Kenneth (ed.) Media and cultural regulation. London, Thousand Oaks, New Delhi: The Open University; SAGE Publications.

_______. (2003). Para Allon White. In: Da diáspora: Identidades e Mediações Culturais. Belo Horizonte: Editora da UFMG.

KUMARAVADIVELU, B. (2006). A Lingüística Aplicada na era da globalização. In: L. P.

Moita Lopes (org.) Por uma Linguística Indisciplinar. São Paulo: Parábola.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. (1999). A construção do saber. Porto Alegre: Artes Médicas.

LINCOLN, Y.; GUBA, E. (2006). Controvérsias paradigmáticas, contradições e conflu- ências emergentes. In: Denzin, N. K.; Lincoln, Y. (orgs.) O Planejamento da Pesquisa Qualitativa – teorias e abordagens. Porto Alegre: Artmed.

MOITA LOPES L. P. da. (2006) Linguística Aplicada e vida contemporânea: problematiza- ção dos construtos que têm orientado a pesquisa. In: L. P. da Moita Lopes (org.) Por uma Linguística Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial.

_______. (2009). Linguística Aplicada como lugar de construir verdades contingentes: sexualidade, ética e política. Niterói. Revista Gragoatá, v. 27, p. 33-50.

OLIVEIRA, M. B. F. de (1999). Considerações em torno da Lingüística Aplicada e do Ensino da Língua Materna. Natal. Revista Odisséia. n.3, vol.1. p. 28-41.

PENNYCOOK, A. (2003). Linguística Aplicada pós-ocidental. In: M. J. Coracini e E. S.

Bertoldo (orgs.) O desejo da teoria e a contingência da prática. Campinas: Mercado de Letras.

PINTO, J. P. (2007). Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades.

D.E.L.T.A, vol.23,n.1, São Paulo, p.1-26.

RIBEIRO. R. J. (1999). Não há pior inimigo do conhecimento que a terra firme. Tempo Social (USP. Impresso), São Paulo, v. 11, n. 1, p. 189-195.

ROJO, R. H. (2006). Fazer linguística aplicada em perspectiva sócio-histórica: privação sofrida e leveza de pensamento. In: L. P. da Moita Lopes (org.) Por uma Lingüística Indisciplinar. São Paulo: Parábola.

SACRISTAN, J. G.(2002). Tendências investigativas na formação de professores. In: S. G.

Pimenta e E. Ghedin (orgs.) Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez Editora.

SANTOS, B. de S. (2007). Renovar a teoria crítica e reiventar a emancipação social. São Paulo: Boitempo.

_______. (2008). Do Pós-moderno ao pós-colonial. E para além de um e outro. Disponível em www.ces.uc.pt/misc. Acesso em fevereiro de 2010.

_______. (2011). Épistemologies du Sud. Révue des Études rurales. Paris. Ehess. n. 187. p. 21- 50.

SCHNITTMAN, D. (org.) (1996). Novos Paradigmas, cultura e Subjetividade. Porto Alegre: Artmed.

SIGNORINI, I. (1998). Do residual ao múltiplo e ao complexo: o objeto da pesquisa em Linguística Aplicada. In: Signorini, I. & Cavalcanti, M. (orgs.) Linguística Aplicada e transdisciplinaridade: questões e perspectivas. Campinas: Mercado de Letras.

VOLOSHINOV. V. (1926/1997). La palavra en la vida y la palavra en la poesia. In: Hacia una filosofía del acto ético: los borradores y otros escritos. Barcelona: Anthropos Editorial.

_______. (1929/1992) El marxismo y la filosofia del lenguaje. Madrid: Alianza Editorial.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.