Banner Portal
O espaço político da língua espanhola no mundo
Remoto

Palavras-chave

Política linguística. Hispanismo. Padronização

Como Citar

LAGARES, Xoán Carlos. O espaço político da língua espanhola no mundo. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 52, n. 2, p. 385–408, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645378. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este artigo aborda o processo histórico de construção do espaço político da língua espanhola no mundo. Diferentemente do acontecido com outras línguas europeias, esse espaço começou a se constituir já no século XVI, com a expansão política dos reinos ibéricos. As peculiares condições sócio-históricas nos diversos lugares da América Latina, assim como os desiguais processos de padronização, explicam a diversidade do espanhol falado no continente. Do ponto de vista normativo, o espaço da língua espanhola se caracteriza pela tensão entre um evidente pluricentrismo e a tentativa de constituição de um único centro na Espanha, representado nos instrumentos normativos elaborados pela Real Academia Española. Essa tentativa de controle deu origem a uma política pan-hispânica nos anos 90, caracterizada pela aceitação tutelada da diversidade e pela ênfase no valor econômico da língua. Atualmente, novas iniciativas padronizadoras e econômicas surgidas na América Latina começam a configurar uma nova realidade na gestão internacional do espanhol.

ABSTRACT

This article deals with the historical process of constructing the political domain of the Spanish language in the world. Unlike other European languages, this space had already begun to be established in the sixteenth century with the political expansion of the Iberian kingdoms. Both the particular sociohistorical conditions in the different regions of Latin America and the unequal standardisation processes account for the diversity of the Spanish varieties spoken in that continent. From a normative perspective, the domain of Spanish is defined by tension between a clear pluricentralism and an effort to constitute a sole centre in Spain, reflected in the normative instruments developed by the Real Academia Española. This attempt at control gave rise to a pan-Hispanic policy in the 1990s, featuring a tutelary acceptance of diversity and emphasis on the language’s economic value. At present, new initiatives, both standardising and economic, that have emerged in Latin America are beginning to shape a new phase in the international management of Spanish.

Keywords: language policy; hispanism; standardization.

Remoto

Referências

AGAMBEN, G. (2004). Estado de exceção. Homo sacer II. São Paulo: Boitempo Editorial.

ALFÓN, F. (2008). Los orígenes de las querellas sobre la lengua en Argentina. In: Horacio González (comp.). Beligerancia de los idiomas. Un siglo y medio de discusión sobre la lengua latinoamericana.

Buenos Aires: Colihue, p. 43-78.

ALONSO, A. (1979). Castellano, español, idioma nacional. Historia espiritual de tres nombres. Buenos Aires: Losada.

ANDERSON, B. (2008). Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo.

São Paulo: Companhia das Letras.

ARNOUX, E. N. de (2008). Los discursos sobre la nación y el lenguaje en la formación del Estado (Chile, 1842-1862). Estudio glotopolítico. Buenos Aires: Santiago Arcos Editor/SEMA.

ASALE (2004). La nueva política lingüística panhispánica. Madri: Real Academia Española.

BERDUGO, Ó. (2001). El español como recurso económico: anatomía de un nuevo sector.

Actas del II Congreso Internacional de la lengua española. Centro virtual Cervantes. Disponí- vel em http://cvc.cervantes.es/obref/congresos/valladolid/ponencias/activo_del_espanol/1_la_industria_del_espanol/berdugo_o.htm.

Acesso em 12 de novembro de 2013.

CALVET, L-J. (2004). Por unha ecoloxía das línguas no mundo. Santiago de Compostela: Laiovento.

_______. (2012). Nouvelles perspectives sur les politiques linguistiques: les poids des langues.

Gragoatá 32, Política e planificação linguística: 55-74.

CAMÕES, L. de (1988). Os Lusíadas. Lisboa: Biblioteca Ulisseia de autores portugueses.

CASANOVA, P. (2002). A República Mundial das Letras. São Paulo: Estação Liberdade.

COSERIU, E. (1979). “Sistema, norma e fala” [1952]. Teoria da Linguagem e Linguística Geral: cinco estudos. Rio de Janeiro/São Paulo: Presença/EDUSP, p. 13-85.

CRYSTAL, D. (2006). A revolução da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.

DE GRANDA, G. (1994). Español de América, español de África y hablas criollas hispánicas. Cambios, contactos y contextos. Madri: Gredos FANJUL, A. P. (2011). “Policêntrico” e “Pan-hispânico”. Deslocamentos na vida política da língua espanhola. In: Xoán Carlos Lagares e Marcos Bagno (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, p. 299-332.

FERNÁNDEZ, M. (2007). De la lengua del mestizaje al mestizaje de la lengua: reflexiones sobre los limites de una nueva estrategia discursiva. In: José del Valle (ed.). La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español. Madri/Frankfurt am Main: Iberoamericana/ Vervuert, p. 57-80.

FONTANELLA DE WEINBERG, M. B. (1992). El español de América. Madri: Mapfre.

FRAGO GARCÍA, J. A. (1999). Historia del español de América. Madri: Gredos.

GUISAN, P. (2011). A criação de uma norma padrão em francês: entre planejamento político e mito. In: Xoán Carlos Lagares e Marcos Bagno (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, p. 129-152.

HAMEL, R. E. (2004). Las cuatro fronteras de la identidad lingüística del español: lengua dominante y dominada, lengua fronteriza y lengua internacional. Actas del III Congreso Internacional de la lengua española. Centro Virtual Cervantes Disponível em http://cvc.

cervantes.es/obref/congresos/rosario/mesas/hamel_r.htm. Acesso em 12 de novembro de 2013.

LAGARES, X. C. (2011). Minorias linguísticas, políticas normativas e mercados. Uma reflexão a partir do galego. In: Xoán Carlos Lagares e Marcos Bagno (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. São Paulo: Parábola, p. 169-192.

LARA, L. F. (2012). Resenha de Diccionario de Americanismos. Panace @, vol. XIII, nº 36, segundo semestre de 2012: 352-355.

LE BRETON, J-M. (2005). Reflexões anglófilas sobre a geopolítica do inglês. In: Yves Lacoste (org) e Kanavillil Rajagopalan. A geopolítica do inglês. São Paulo: Parábola, p.12- 26.

MALMBERG, B. (1970). La América hispanohablante. Unidad y diferenciación del castellano. Madri: Ediciones Istmo.

MONTEAGUDO, H. (2013). A invenção do monolinguismo e da língua nacional. Gragoatá 32, Política e planificação linguística: 43-54.

MORENO CABRERA, J. C. (2011). “Unifica, limpia y fija”. La RAE y los mitos del nacionalismo linguístico español. In: Silvia Senz e Montserrat Alberte (orgs.). El dardo en la palabra. Esencia y vigência de las academias de la lengua española. Vol. 1. Barcelona: Melusina, p. 157-314.

NIEDEREHE, H-J. (1985). Alfonso el Sabio y la fisionomía lingüística de la Península Ibérica de su época. La Lengua y la Literatura en tiempos de Alfonso X. Actas del congreso internacional.

Murcia, 5-10 de marzo de 1984. Murcia: Universidad de Murcia, p. 415-431.

OLIVEIRA, G. M. de (2013). Um Atlântico ampliado: o português nas políticas linguísticas do século XXI. In: Luiz Paulo da Moita Lopes (org.). O português no século XXI. Cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola, p. 53-73.

POCHE, B. (1989). A construção social da língua. In: G. Vermes e J. Boutet (orgs.). Multilinguismo.

Campinas: Editora da Unicamp, p. 57-88.

REY, A. (2001). Usos, julgamentos e prescrições linguísticas. In: Marcos Bagno (org.). Norma linguística. São Paulo: Edições Loyola.

SENZ, S. (2011). Una, grande y (esencialmente) uniforme. La RAE en la conformación y expansión de la “lengua común”. In: Silvia Senz e Montserrat Alberte (orgs.). El dardo en la palabra. Esencia y vigência de las academias de la lengua española. Vol. 1. Barcelona: Melusina, p. 9-302.

SUBIRATS, E. (2006). Siete tesis contra el Hispanismo. In: Alai Garcia Diniz (org.). Hispanismo 2004. Literatura Espanhola. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, p. 15-36.

VALLE, J. del. (2007). La lengua, patria común: la hispanofonía y el nacionalismo panhispá- nico. In: José del Valle (ed.). La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español. Madri/ Frankfurt am Main: Iberoamericana/Vervuert, p. 31-56.

_______. (2013). A Political History of Spanish. The Making of a Language. Cambridge: Cambridge University Press.

WOOLARD, K. A. (2007). La autoridad linguística del español y las ideologias de la autenticidad y del anonimato. In: José del Valle (ed.). La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español. Madri/Frankfurt am Main: Iberoamericana/Vervuert, p. 129-142.

Documentos FUNDACIÓN PRO RAE (1993). Estatutos. Disponível em http://fprorae.es/sites/default/ files/Estatutos_fprorae21red1.pdf. Acesso em 12 de novembro de 2013.

INSTITUTO CARO Y CUERVO. http://www.caroycuervo.gov.co/press-release/para- -aprender-el-mejor-espa%C3%B1ol-del-mundo-%C2%A1la-respuesta-es-colombia.

Acesso em 12 de novembro de 2013.

MANIFIESTO: “Por una soberanía idiomática”. http://soberaniaidiomatica.blogspot.com.

br/2013/09/por-una-soberania-idiomatica.html. Acesso em 12 de novembro de 2013.

RAE: Real Academia Española. www.rae.es. Acesso em 12 de novembro de 2013.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.