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Saímos do cinema de alma lavada: multiletramentos e trabalho interdisciplinar na produção de curtas de acessibilidade midiática
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Palavras-chave

Acessibilidade midiática. Multiletramentos tecnologias

Como Citar

KERSCH, Dorotea Frank; MARQUES, Renata Garcia. Saímos do cinema de alma lavada: multiletramentos e trabalho interdisciplinar na produção de curtas de acessibilidade midiática. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 55, n. 1, p. 77–99, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8646036. Acesso em: 10 maio. 2024.

Resumo

Poucas têm sido as oportunidades que o professor de educação básica tem tido para trabalhar em conjunto com seus pares de forma interdisciplinar, produzir conhecimento (e não apenas reproduzi-lo) e usar tecnologias de informação e comunicação. Esse tipo de trabalho só é possível em comunidades de prática. O objetivo deste trabalho é discutir como um projeto coletivo, com um fim específico, pode mobilizar professores que precisam trabalhar em pares, desenvolver seus multiletramentos e construir identidades. Apresentamos, para a análise de dados deste artigo, resultados obtidos com o Projeto Curta Capilé, desenvolvido no ano de 2014 pela Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo – RS, que envolveu 24 professores de diferentes áreas de onze escolas da rede municipal. Esse projeto visava qualificar professores para o uso de tecnologias e para o trabalho interdisciplinar, de modo que produzissem curtas-metragens , usando tecnologias que promovem a acessibilidade midiática. Os resultados apontam para várias reflexões sobre o caráter social da aprendizagem e sobre o modo como ela pode ser significativa tanto para professores quanto para alunos. Com o engajamento mútuo de todos os participantes, os curtasmetragens, quando desenvolvidos no espaço escolar para um fim pedagógico, tornam-se uma ferramenta didática importante para desenvolver habilidades e competências, tanto de alunos quanto de docentes. Por meio dos multiletramentos, foi possível a abordagem sobre inclusão: todos os telespectadores do cinema foram convidados a conhecer a audiodescrição, a legenda e a língua de sinais como recursos de acessibilidade midiática que incluem pessoas com deficiência auditiva e visual. O trabalho permitiu, ainda, a aproximação dos professores envolvidos na proposta, os quais tiveram de se organizar e trabalhar em grupos. Além disso, promoveu a melhora da autoestima dos alunos, que também tiveram de vencer as barreiras com a tecnologia, usar diferentes linguagens e ferramentas tecnológicas, o que levou à constituição de novas identidades.

 

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