Resumo
Neste artigo, exploramos como a linguagem e a comunicação têm sido uma das estratégias para combater a pandemia e assegurar a atenção à saúde nas áreas carentes das cidades. Para investigar tal aspecto, baseamo-nos nas concepções de enregistramento, des-escalação e ordens de indexicalidade. Focalizamos as práticas de sobrevivência pragmática implementadas pela Frente de Mobilização Maré que envolvem a produção e divulgação de material informativo sobre o Coronavírus em linguagem acessível.
Referências
AGHA, A. (2004). Registers of language. In Alessandro Duranti (ed.) A companion to Linguistic Anthropology. London: Blackwell, p. 23-45.
AGHA, A. (2007). Language and social relations. Cambridge: Cambridge University Press.
BLOMMAERT, J. (2005) Discourse: key topics in sociolinguistics. Cambridge: Cambridge University Press.
BORBA, R.; LOPES, A, (2018) Imundicie verbal e letramentos de intervenção. Linguagem e ensino 21, p. 241-285.
BORBA, R.; MILANI, T. (2019) Colonial intertexts: Discourses, bodies and stranger fetishism in the Brazilian media. Discourse, Context & media 30, p. 10-29.
BRIGGS, C. (2007) Anthropology, interviewing and communicability in contemporary society. Current Anthropology 48 (40), p. 551-580.
BUTLER. J. (1997). Excitable Speech. A politics of the performative. Nova York: Routledge.
CAMERON, D. (2012) Verbal hygiene. London: Routledge.
CARR, E. S.; FISHER, B. (2016). Interscaling awe, de-escalating disaster. In Carr, Summerson; Lempert, Michael. Scale: discourse and dimensions of social life. Oakland: University of California Press, p.133-156.
CARR, S.; LEMPERT, M. (2016). Scale: discourse and dimensions of social life. Oakland: University of California Press.
CAVALCANTI, M.; MAHER, T. (2017). Multilingual Brazil: language, resources, identities and ideologies in a globalized world. London: Routledge.
CARVALHO, P. (2020). “Você sabe que no morro não vai água na tornera” – COVID-19 nas favelas e o desafio de fazer chover. Maré de Notícias online. Available at <https://mareonline.com.br/artigos/voce-sabe-que-no-morro-nao-vai-agua-na-tornera-covid-19-nas-favelas-e-o-desafio-de-fazer-chover/ >. Access: 01/09/20
CUNHA, M. B. et al. (2015).O desastre no cotidiano da favela: reflexões a partir de três casos no Rio de Janeiro. O Social em Questão - Ano XVIII 33, p. 95-122.
DANGAREMBGA, T. (1988) Nervous conditions. London: The Women’s Press Ltd.
FABRÍCIO, B.F. (2014). The empire blogs back: Gendered and sexualized cultural “others” in superdiversified digital trajectories. Discourse, Context & Media 4(5), p. 7-18.
FERNANDES, T. M.; COSTA, R. G.-R. (2013). As comunidades de Manguinhos na história das favelas no Rio de Janeiro. Revista Tempo 19(34), p.117-133.
GOMES, L. (2017). Favelas e periferias do Rio de Janeiro sofrem com a tuberculose. Portal Fiocruz. Available at<https://portal.fiocruz.br/noticia/favelas-e-periferias-do-rio-de-janeiro-sofrem-com-tuberculose>. Access: 07/09/2020.
GOMES, N. L. (2019). A compreensão da tensão regulação/emancipação do corpo e da corporeidade negra na reinvenção da resistência democrática. Perseu: História, Memória e Política, v. 1, p. 123-142.
GONZALEZ, L. (1984). Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira. In: Revista Ciências Sociais Hoje, Anpocs, 1984, p. 223-244.
HALL, M. et al. (2012) On-line constructions of metrosexuality and masculinities: a membership categorization analysis. Gender and Language 6(2), p. 379-403.
KASMIR, S. (2018) Precarity. In S. F. Stein et al. (eds.) The Cambridge Encyclopedia of Anthropology. Available at < https://www.anthroencyclopedia.com/entry/precarity> Accsess: 24/09/2020.
IBGE-IPEA. (2020). Atlas da violência. Availabe at <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020>. Access: 28/08/2020.
MBEMBE, A. (2003). Necropolitics, Public Culture, 15 (1):11-40.
MELO, G. V. (2019). Slave trade ads in the 19th century: textual trajectory, entextualization and indexical orders mobilized on contemporary ads. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 19, p. 871-900.
MOITA-LOPES, L. P. (2015). Introduction: Linguistic ideology – How Portuguese is being discursively constructed in late modernity. In Luiz Paulo Moita-Lopes (Ed.) Global Portuguese: linguistic ideologies in late modernity. London: Routledge, p. 9-26.
MUSSA, A.; SIMAS, L. A. (2010). Samba de enredo: história e arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
OLIVEIRA, B. C. de S. (2019). Sobrevivência pragmática da moradia favelada: a história de Dandara. In Adriana C. Lopes; Adriana Facina; Daniel N. Silva (Orgs.) Nó em pingo d’água: sobrevivência, cultura e linguagem. Rio de Janeiro: Mórula.; Florianópolis: Insular.
PINTO, J. P. (2015). From prefigured speaker identities to the disinvention of Portuguese. In Luiz Paulo Moita-Lopes (Ed.) Global Portuguese: linguistic ideologies in late modernity. London: Routledge, p. 105-123.
PORTO, M. F. de S. et al. 2015. Saúde e ambiente na favela: reflexões para uma promoção emancipatória da saúde. Serviço Social & Sociedade 123, p. 523-543.
RODRIGUES, R. I.; ARMSTRONG, K. (2019). A intervenção federal no Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil – Relatório de Pesquisa. IPEA. Available at <https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/arquivos/artigos/8695-182358intervencaofederalrio.pdf > Access: 28/08/20.
ROSE, D. (2000) Analysis of moving images. In: Bauer, M. W; Gaskell, G. Qualitative researching with text, image and sound: A Practical Handbook for Social Research. London: Sage, p.
SANTOS, B. S. (2020). A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina.
SCHEGLOFF, E. A. (2007) A tutorial on membership categorization. Journal of Pragmatics 39, p. 462-482.
WOOLARD, K. A. (1998). Language ideology as a field of inquiry. In: SCHIEFFELIN, B. B., WOOLARD, K. A. ; KROSKRITy, P. V (Eds.) Language Ideologies: Practice and Theory. Oxford: Oxford University Press, p. 3-47.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2021 Trabalhos em Linguística Aplicada