Banner Portal
Ensino de Tradução: Culturas Pedagógicas
PDF

Palavras-chave

Ensino de tradução. Culturas Pedagógicas nos Estudos da Tradução. Professor de Tradução.

Como Citar

ESQUEDA, Marileide Dias. Ensino de Tradução: Culturas Pedagógicas. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 57, n. 2, p. 1244–1273, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8651880. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho busca mostrar os resultados de uma investigação realizada com professores de prática de tradução. Utilizando uma metodologia qualitativo-exploratória e de caráter descritivo, a pesquisa, dividida em duas fases, envolveu 12 cursos de graduação em Tradução. Iniciada em 2012, e utilizando questionários não estruturados, a proposta identificou o perfil acadêmico de professores de prática de tradução e suas rotinas pedagógicas. Em 2017, como forma de dar continuidade à investigação, e levando em consideração que os professores modificam ou estabilizam suas práticas com o passar dos anos (TARDIF, 2002; CHARLOT, 2009), a segunda fase deste estudo adotou uma proposta de investigação qualitativo-longitudinal (FLORES, 2003), com o objetivo de identificar, junto ao mesmo grupo de respondentes, as modificações que eles possam ter incorporado em suas salas de aula após cinco anos. Com base nos dados coletados, confirma-se a hipótese de que os estudos que buscam abdicar da abordagem centrada no professor, ou que são contra a pedagogia subjetiva e intuitiva de ensino (ARROJO, 1993; DARIN, 2001; COLINA, 2003 [2015]; KELLY, 2005; ECHEVERRI, 2008, 2015; KIRALY, 2016) não têm sido totalmente incorporados na sala de aula de formação de tradutores.

PDF

Referências

ALVES, F. (1997). A formação de tradutores a partir de uma abordagem cognitiva: reflexões de um projeto de ensino. TradTerm, v. 4, nº 2, pp. 19-40.

ALVES, F. (2003). Tradução, cognição e contextualização: triangulando a interface processo-produto no desempenho de tradutores novatos. DELTA. Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, v. 19, pp. 71-108.

ARROJO, R. (1993). Tradução, desconstrução e psicanálise. Rio de Janeiro: Imago Editora.

ARROJO, R. (1998). The revision of the traditional gap between theory & practice and the empowerment of translation in postmodern times. The Translator – Studies in Intercultural Communication, v. 4, nº 1, pp. 25-49.

ASSUNÇÃO, M. M. (1996). Magistério primário e cotidiano escolar. Campinas: Autores Associados.

BOWKER, L. (2015). Computer-aided translation: translator training. In: SIN-WAI, C. (org.). The Routledge encyclopedia of translation technology. Londres e Nova York: Routledge, 2015. pp.88-104.

BOWKER, L. (2005). Productivity vs quality: a pilot study on the impact of translation memory systems. Localisation Focus, v. 4, nº 1, pp. 13-20.

CARVALHO, M. P. (1999). No coração da sala de aula: gênero e trabalho docente nas séries iniciais. São Paulo: Xamã.

COLINA, S. (2003). Teaching translation: from research to the classroom. Boston: McGraw Hill, 2003.

COLINA, S. (2015). Ensino de tradução: da pesquisa à sala de aula. Diretrizes para professores, trad. Marileide Dias Esqueda, Paula Godoi Arbex, Sandra Aparecida Faria de Almeida, Silvana Maria de Jesus e Stéfano Paschoal. Uberlândia: EDUFU, 2015.

CHARLOT, B. (1997). Nouveaux publics, nouveaux rapports au savoir: nouvelles fonctions de l’université? Actes du colloque de l’Association des conseillers d’orientation psychologues de France. Le défi de la réussite. Paris: Sorbonne, pp. 41-50.

CHARLOT, B. (1999). Rapport au savoir en milieu populaire: une recherche dans les lycées professionnels de banlieue. Paris: Anthropos.

CHARLOT, B. (2000) Da relação com o saber: elementos para uma teoria, trad. Bruno Magne. Porto Alegre: Artes Médicas Sul.

CHARLOT, B. (org.). (2001). Os jovens e o saber: perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artes Médicas.

CHARLOT, B. (org.). (2005). Relação com o saber, formação dos professores e globalização: questões para a educação hoje. Porto Alegre: Artmed.

CHARLOT, B. (2009). A relação com o saber nos meios populares: uma investigação nos liceus profissionais de subúrbio. trad. Cataria Matos. Porto: Livpsic.

DARIN, L. C. M. (2001). Exame crítico do ensino da tradução em nível universitário. Contexturas, nº 5, pp. 59-78.

DELISLE, J. (1993). La traduction raisonnée: manuel d’initiation à la traduction professionnelle de l’anglais vers le français. Ottawa: Ottawa University Press.

ECHEVERRI, Á. (2015). El alumno de traducción centro de la formación: conócete a tí mismo y... Belas Infiéis, v. 4, nº 2, pp. 9-35.

ECHEVERRI, Á. (2008). Énième plaidoyer pour l’innovation dans les cours pratiques de traduction. Préalables à l’innovation? TTR. Montréal. 21 (1), pp. 65-98.

ESQUEDA, M. D.; DE OLIVEIRA, K. I. (2013) Crenças e concepções do tradutor em formação. Tradução em Revista, v. 14, nº 1, pp. 138-166.

FEIMAN-NEMSER, S. (2001) From preparation to practice: Designing a continuum to strengthen and sustain teaching. Teachers College Record, 103 (6), pp. 1013-1055.

FLORES, M. A. (2003). Investigar (com) os professores: reflexões sobre uma pesquisa longitudinal. Perspectiva, Florianópolis, v. 21, nº 2, pp. 391-412.

GIORGI, C. A. G. et al. (2010). Necessidades formativas de professores de redes municipais: contribuição para a formação de professores crítico/reflexivos. 1ª Ed. São Paulo: Cultura Acadêmica/Editora UNESP.

GONÇALVES, J. L.V. R. (2015). Repensando o desenvolvimento da competência tradutória e suas implicações para a formação do tradutor. Revista Graphos, vol. 17, pp. 114-130.

GONÇALVES, J. L. V. R.; MACHADO, I. (2006). Um panorama do ensino de tradução e a busca da competência do tradutor. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 1, nº 17, pp. 45-69.

GUERINI, A.; TORRES, M-H.; COSTA, W. C. (org.). (2013). Os Estudos da Tradução no Brasil nos séculos XX e XXI. Tubarão: Copiart.

HUBERMAN, M. (1995). O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A (org.). Vidas de professores. 2 ª Ed. Porto: LDA, pp. 31-59.

HURTADO ALBIR, A. (1999). Enseñar a traducir: metodología en la formación de traductores e intérpretes. Madrid: Edelsa.

KELLY, D. (1995) A handbook for translator trainers: a guide to reflective practice. Manchester, UK: St. Jerome.

KIRALY, D. (2016). De pressupostos sobre o conhecimento e a aprendizagem à práxis na formação do tradutor, trad. Patrícia Rodrigues Costa. Belas Infiéis, v. 5, nº 1, pp. 227-249.

KIRALY, D. (2000). A social constructivist approach to translator education: empowerment from theory to practice. Manchester: St. Jerome.

KIRALY, D. (1995). Pathways to translation: Pedagogy and process. Kent, Ohio: Kent State University Press.

LADMIRAL, J-R. (1979) Traduire: Théorèmes pour la traduction. Paris: Petite Bibliothèque Payot.

LORTIE, D. C. (1975). Schoolteacher: A sociological study. Chicago: University of Chicago Press.

NORD, C. (1991). Text analysis in translation: theory, methodology, and didactic application of a model for translation-oriented text analysis. Amsterdã: Rodopi.

PAGANO, A.; VASCONCELLOS, M. L. (2006) Apresentação. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 1, nº 17, pp. 9-17.

PAGANO, A.; VASCONCELLOS, M. L. (2003). Estudos da tradução no Brasil: reflexões sobre teses e dissertações elaboradas por pesquisadores brasileiros nas décadas de 1980 e 1990. Delta, v. 19, pp. 1-25.

PIMENTA, S. G. (2016). Saberes Pedagógicos e atividade docente. 8ª Ed. São Paulo: Cortez Editora.

PIMENTA, S. G. (1996). Formação de professores: saberes da docência e identidade do professor. Revista da Faculdade de Educação, v. 22, nº 2, pp. 72-89.

PYM, A. (2003). Redefining translation competence in an electronic age in defense of a minimalist approach. Meta: Translators’ Journal, Montreal, v. 48, nº 4, pp. 481-49.

ROBINSON, D. (1997). Becoming a translator: an accelerated course. 1ª Ed. Nova York: Routledge, 1997.

ROBINSON, D. (2002). Construindo o tradutor, trad. Jussara Simões. Bauru: EDUSC.

RODRIGUES, C. C. (2013). Os Estudos da Tradução no Brasil nos programas brasileiros de pós-graduação. In: GUERINI, A.; TORRES, M-H.; COSTA, W. C. (org.). Os Estudos da Tradução no Brasil nos séculos XX e XXI. Tubarão: Copiart.

SIN-WAI, C. (org.). (2015). The Routledge encyclopedia of translation technology. Londres e Nova York: Routledge.

TANURI, L. M. (2000). História da Formação de professores. Revista Brasileira de Educação: 500 anos de educação escolar, nº 14, pp. 61-88.

TARDIF, M. (2002). Saberes docentes e formação profissional. 3ª Ed. Petrópolis: Vozes.

TIRKKONEN-CONDIT, S. (1989). Professional versus non-professional translation: a think-aloud protocol study. In: SÉGUINOT, C. (ed.). The translation process. Toronto: HG Publications, 1989.

TIRKKONEN-CONDIT, S. (ed.). Empirical research in translation and intercultural studies. Tü bingen: Gü nther Narr, 1991.

VENUTI, L. (ed.). (2017). Translation Teaching: programs, courses, pedagogies. New York, NY: Routledge.

VYGOTSKY, L. S. (1998). A formação social da mente, trad. José Cipolla Neto, Luis Silveira Menna Barreto e Solange Castro Afeche. São Paulo: Martins Fontes.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.