Banner Portal
(Meta)pragmatics of linguistic violence: Pathologization of trans lives in comments online
PDF (Português (Brasil))

Keywords

pragmatic
linguistic violence
transphobia
entextualization
queer studies

How to Cite

SILVA, Danillo da Conceição Pereira. (Meta)pragmatics of linguistic violence: Pathologization of trans lives in comments online. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 2, p. 956–985, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8654118. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

This article aims to construct contingent intelligibilities about interactive events marked by linguistic violence practiced against trans people, from the pragmatic (meta) analysis of speech acts in circulation in online commentaries. In this sense, the results of a qualitative, ethnographic-inspired research conducted by the author between July 2015 and July 2016 are presented and discussed in the comments section of the Brazilian news site G1, in three journalistic articles related to the staging of a crucifixion performed by actress and transsexual model Viviany Beleboni during the 19th edition of the LGBT Pride Parade in São Paulo. From the theoretical point of view, knowledge about the notion of language as performance, discussions about linguistic violence and the process of pathologization of trans lives are mobilized. In the analytical work undertaken, we focused on the interpretation of linguistic contextualization clues, indexicality dynamics and the processes of entextualization triggered by the participants in their online commentaries. Thus, due to the adopted view of the data generated, what is observed is the production of a pragmatic (meta) pragmatics engaged in the reestablishment of violent contexts, related to pathological medical-scientific discourses, with a view to providing illocutionary force with the acts of speaks transphobic, capable of subalternizing and hurting trans people through language. In this way, our research allowed us to highlight the potential of an undisciplined and decentralized model of language research, committed to the understanding of semiotic practices in the elaboration of social reality, particularly in times of high reflexivity and intense textual transits.

PDF (Português (Brasil))

References

ALENCAR, C. N. Searle interpretando Austin: a retórica do “medo da morte” nos estudos da linguagem. 2005. 275f. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem. Unicamp, Campinas, 2005.

AUSTIN, John Langshaw. (1962). Quando dizer é fazer. Tradução de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

BAKHTIN, M. (1979). Os gêneros do discurso (1952-1953). In: Estética da criação verbal. Tradução de Maria Ermantina Galvão Gomes e Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 2002, pp. 277-326.

BAUMAN, R.; BRIGGS, C. (1990). Poetics and performance as critical perspectives on language and social life. In: COUPLAND, N.; JAWORSKI, A. (Orgs.). The new sociolinguistics reader. New York: Palgrave Macmillian, 2010, pp. 185-217.

BENTO, B. (2014). O que pode uma teoria? Estudos transviados e a despatologização das identidades trans. Florestan, ano 1, n. 2, pp. 46-66.

BENTO, B.; PELÚCIO, L. (2012). Despatologização do gênero: a politização das identidades abjetas. Rev. Estud. Fem., 20, 2, pp. 559-568.

BLOMMAERT, J. (2005). Discourse. A Critical Introduction. Cambridge: Cambridge University Press.

BLOMMAERT, J. (2010). The sociolinguistics of globalization. Cambridge: Cambridge University Press.

BORBA, R. (2016). O (des) aprendizado de si: transexualidades, interação e cuidado em saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

BRAGA, D. B. (2015). Tecnologias digitais da informação e da comunicação e participação social. São Paulo: Cortez, pp. 33-67.

BUTLER, J. (1990). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

BUTLER, J. (1996). Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. Tradução de Thomas Tadeu da Silva. In: LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.

BUTLER, J. (1997). Excitable speech: a politics of the performative. London: Routledge.

BUTLER, J. (2009). Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto. Tradução de Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.

CAMARGO JR., K. (2005). A biomedicina. Physis: Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 15 (Suplemento), pp. 177-201.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. (1996). Mil platôs: do capitalismo à esquizofrenia. v. 1. Tradução de Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Editora 34.

DERRIDA, J. (1988). Assinatura, acontecimento, contexto. In: DERRIDA, J. Margens da filosofia. Tradução de Joaquim Torres Costa, Antônio M. Magalhães. Campinas: Papirus, 1991b, pp. 349-373.

DERRIDA, J. (1988). Limited Inc. Tradução de Constança Marcondes Cesar. Campinas: Papirus, 1991a.

DURANTI, A.; GOODWIN, C. (Eds.) Rethinking context. Language as an interactive phenomenon. Studies in the social and cultural foundations of language, n. 11. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.

FABRÍCIO, B. F. (2014). Transcontextos educacionais: gêneros, sexualidades e trajetórias de socialização na escola. In: SILVA, D.; ALENCAR, C. N.; FERREIRA, D. M. M. (Orgs). Nova Pragmática – Modos de Fazer. São Paulo: Cortez, pp. 145-189.

FLIKE, U. (2008). Introdução à pesquisa qualitativa. Tradução de Joice Elias Costa. 3. ed. Porto Alegre: Artmed.

FOUCAULT, M. (1969). A Arqueologia do Saber. Tradução de Luís Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FOUCAULT, M. (1970). A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola.

FOUCAULT, M. (1976). História da sexualidade I: A vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

FOUCAULT, M. (1980). “Two lectures”. In: GORDON, Colin (Org.). Power/Knowledge: selected writings, interviews & other writings – 1972-1977. New York: Pantheon Books.

FOUCAULT, M. (1986). Microfísica do Poder. Org. e Tradução de Renato Machado. Rio de Janeiro: Ed. Graal.

GIDDENS, A. (1991). As consequências da modernidade. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Unesp.

GIDDENS, A. (2002). Modernidade e identidade. Tradução de Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar.

GOFFMAN, E. (1967). Rituais de interação. Ensaios sobre o comportamento face a face. Tradução de Fábio Ribeiro da Silva. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.

GONZALEZ, C.; MOITA LOPES, L. P. (2018). Reflexividade metapragmática sobre o cinema de Almodóvar numa interação online: indexicalidade, escalas e entextualização. Trab. Ling. Aplic., Campinas, n. (57.2). pp. 1102-1136.

GOODWIN, C.; GOODWIN, M. H. (1992). Assessments and the construction of context. In: DURANTI, A.; GOODWIN, C. (Eds.). Rethinking context. Language as an interactive phenomenon. Studies in the social and cultural foundations of language n. 11. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 147-219.

GUIMARÃES, T. F.; MOITA LOPES, L. P. (2016). Entextualizações estratégicas: performances sensualizadas de raça em práticas discursivas na Web. 2.0. Linguagem em Discurso - LemD, Tubarão, SC, v. 16, n. 2, pp. 289-307.

GUMPERZ, J. (1982). Convenções de contextualização. In: RIBEIRO, B. T; GARCEZ, P. M. (Orgs.). Sociolinguística Interacional. Porto Alegre: Age, 1998.

GUMPERZ, J. (2002). Entrevista com John Gumperz. In: PEREIRA, M. G. D.; GARCEZ, P. M. (Orgs. e Eds.). Palavra. v. 8. Rio de Janeiro: PUC-RJ.

HANKS, W. F. (2008). Língua como prática social: das relações entre língua, cultura e sociedade a partir de Bourdieu e Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2008.

HINE, C. (2002). Virtual Ethnography. London: Sage Publications.

JENKINS, E. (2008). Cultura de convergência. Tradução de Susana Alexandria. São Paulo: Editora Alexandria.

LANKSHEAR, C.; KNOBEL, M. (2007). Sampling the new in the new literacies. In: KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. (Orgs.). A new literacies sampler. Nova York: Peter Lang.

LAURETIS, T. (1987). Technologies of gender. Nova York: Routledge.

LÉVY, P. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.

LOURO, G. L. (2000). Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, G. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, pp. 7-34.

MBEMBE, A. (2018). Necropolítica. São Paulo, n-1 edições.

MEY, J. (2014). Sequencialidade, contexto e forma linguística. Tradução de Ive Brunelli. In: SILVA, D. N.; FERREIRA, D. M. N.; ALENCAR, C. F. Nova Pragmática: modos de fazer. São Paulo: Cortez, 2014, pp. 129-144.

MISKOLCI, R. (2016). Teoria Queer: um aprendizado pela diferença. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

MOITA LOPES, L. P. (2010). Os novos letramentos digitais como lugares de construção de ativismo político sobre sexualidade e gênero. Trab. Linguist. Apl., v. 49, n. 2, pp. 393-417.

OTTONI, P. (2002). John Langshaw Austin e a visão performativa da linguagem. D.E.L.T.A., v. 18, n. 1, pp. 117-183.

PINTO, J. P. (2007). Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidade. D.E.L.T.A, 23:1, pp. 1-26.

RAJAGOPALAN, K. (2010). Nova pragmática: fases e feições de um fazer. São Paulo: Parábola Editorial.

RAJAGOPALAN, K. (1996). O Austin do qual a linguística não tomou conhecimento e a linguística com a qual Austin sonhou. D. E. L. T. A., v. 30, p. 105-115, jan./jun.

RAMPTON, B. (2006) Continuidade e mudança nas visões de sociedade em Linguística Aplicada. In: MOITA LOPES, Luiz Paulo da (Org.). Por uma Linguística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, pp. 108-128.

RECUERO, R. (2016). Discurso mediado por computador nas redes sociais. In: ARAÚJO, J.; LEFFA, W. (Orgs.) Redes sociais e ensino de línguas: o que temos de aprender. São Paulo: Parábola Editorial.

SILVA, D. (2014). O texto entre a entextualização e a etnografia: um programa jornalístico sobre belezas subalternas e suas múltiplas recontextualizações. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 14, n. 1, pp. 67-84.

SILVA, D. N. (2012). Pragmática da violência: o nordeste brasileiro na mídia. Rio de Janeiro: 7 Letras.

SILVA, D. N.; ALENCAR, C. N. (2013). A propósito da violência na linguagem. Cadernos de Estudos Linguísticos, v. 55, n. 2, pp. 129-146.

SILVA, D. N.; ALENCAR, C. N. (2014). Violência e significação. In: SILVA, D.; ALENCAR, C. N.; FERREIRA, D. M. M. (Orgs.). Nova Pragmática – Modos de Fazer. São Paulo: Cortez, pp. 259-886.

SILVA, D. N.; VERAS, V. (2016). Da teoria dos atos de fala à nova pragmática: os legados de John L. Austin e Kanavillil Rajagopalan. D. E. L. T. A, n. 32.3, pp. 5-19.

SILVA, D. C. P. (2017). Atos de fala transfóbicos no ciberespaço: uma análise pragmática da violência linguística. 2017. 200f. Dissertação (Mestrado em Letras) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2017.

SILVA, D. C. P. (2019). Emancipação das mulheres no discurso feminista online: dimensões textuais de uma luta hegemônica. Linguagem & Ensino, v. 22, n. 1, p. 239-262.

SILVESTREIN, M. (2003). Indexical order and dialetics of sociolinguistics life. Lenguage & Comunication, v. 23, n. 3-4, pp. 193-229.

LEITE, A.; SANTOS, C. (2016). Cartografias Trans: mapas sobre a apropriação médica das transexualidades. Clínica & Cultura, v. 5, n. 1, pp. 50-64, jan-jun.

SOUSA, G. M. (2011). Pistas de contextualização em negociações de contexto: uma análise linguística no contexto interacional fórum de discussão. Vertentes & Interfaces II: Estudos Linguísticos e Aplicados, v. 3 n. 2, jan./jun., 2011, pp. 199-209.

VERGUEIRO, V. S. (2015). Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. Dissertação de Mestrado em Cultura e Sociedade, Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, UFBA, Salvador.

ZACCHI, J. V. (2016). A enxada e a caneta: linguagem e cultura na construção da identidade do sem-terra. São Paulo: Humanitas: FAPESP.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Download data is not yet available.