Banner Portal
O livro didático na perspectiva da formação de professores
Remoto

Palavras-chave

Livro didático
formação de professores. Ensino de língua estrangeira

Como Citar

PESSOA, Rosane Rocha. O livro didático na perspectiva da formação de professores. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 48, n. 1, p. 53–69, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645255. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Há provavelmente tanto razões a favor quanto contra a utilização do livro didático no ensino de língua estrangeira, mas o fato é que, no Brasil, poucos são os contextos educacionais em que não se adota um livro didático. A relação entre essa ampla adoção do livro didático e os modelos tradicionais de formação profissional, nos quais os professores aprendem a aplicar em suas práticas pedagógicas teorias produzidas por agentes externos, parece bastante óbvia. No entanto, nos modelos atuais de formação, que objetivam principalmente que os professores construam conhecimento sobre ensino e aprendizagem, será que há espaço para o livro didático ou deveria o professor criar os seus próprios materiais? Neste texto, abordaremos esse tópico, levando em consideração a percepção de alunos do curso de graduação em Letras da UFG sobre a utilização do livro didático no ensino de inglês.

ABSTRACT:

There may be as many reasons in favour of the use of commercial textbooks in foreign language teaching as against it, but in Brazil there are few contexts in which a textbook is not used. The relationship between this broad adoption of textbooks and the traditional models of teacher education — in which teachers learn how to apply, in their teaching practice, theories developed by researchers — is rather obvious. However, in recent models of teacher education, which aim for teachers to build knowledge about teaching and learning, is there room for textbooks or should teachers develop their own material? In this text, this topic will be dealt with, taking into consideration the perception of undergraduate students of Letras (UFG) about the use of textbooks in English teaching.

Keywords: commercial textbook; teacher education; foreign language teaching

Remoto

Referências

ALLWRIGHT, R. L. (1990) What do we want teaching materials for?. In: Rossner, R.; Bolitho, R. (ed.) Currents in language teaching. Oxford: OUP, p. 131-147.

APPLE, M. (1995) Education and power. New York: Routledge.

ASSIS, S. N. L. de; ASSIS, R. E. de. (2003) Livro didático: Yes, Sir!. In: Anais do V Seminário de Línguas Estrangeiras: a formação do professor de línguas estrangeiras. Goiânia: Editora Vieira, p. 312-319.

CELANI, M. A. A. (2001) Ensino de línguas estrangeiras: ocupação ou profissão?. In: Leffa, V. J. (org.) O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, p. 21-40.

CONSOLO, D. A. (1990) O livro didático como insumo na aula de língua estrangeira (inglês) na escola pública. Dissertação de Mestrado. Departamento de Linguística Aplicada do Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade de Campinas. Campinas.

CONTRERAS, J. (2002) A autonomia de professores. São Paulo: Cortez.

DAMIANOVIC, M. C. et al. (2003) O instrumento descrição de aula visto sob três olhares. In: Barbara, L; Ramos, R. C. G. (orgs.) Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado de Letras, p. 109-130.

FARIA, A. L. G. de. (2000) Ideologia no livro didático. São Paulo: Atlas.

GERALDI, J. W. (1991) Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes.

GIMENEZ, T. (1999) Reflective teaching and teacher education: contributions from teacher thinking.

Linguagem e Ensino, v. 2, n. 2, p. 129-143.

HERNÁNDEZ, F. (1998) Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed.

HORIKAWA, A. Y. (2004) Interação pesquisador-professor: por uma relação colaborativa. In: Magalhães, M. C. C. (org.) A formação do professor como um profissional crítico. São Paulo: Mercado de Letras, p. 121-143.

LAJOLO, M. P. (1996) Livro didático: um (quase) manual didático. Em aberto. Brasília, p. 3-7.

Disponível em: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/arquivos/%7B5F8D6FDF-2BF0-476F-9271- 88ADE36BAD1A%7D_Em_Aberto_69.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2009.

LEFFA, V. J. (2001) Aspectos políticos da formação do professor de línguas estrangeiras. In: Leffa, V.

J. (org.). O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: Educat, p. 333- 355.

LIBERALI, F. C. (2004) As linguagens das reflexões. In: Magalhães, M. C. C. (org.). A formação do professor como um profissional crítico. São Paulo: Mercado de Letras, p. 87-117.

MAGALHÃES, M. C. C. (2004) A linguagem na formação de professores como profissionais reflexivos e críticos. In: Magalhães, M. C. C. (org.) A formação do professor como um profissional crítico.

São Paulo: Mercado de Letras, p. 59-85.

MAGNOLI, D. (1993) O novo mapa do mundo. São Paulo: Moderna.

MATEUS, E. F. (2002) Educação contemporânea e o desafio da formação continuada. In: Gimenez, T.

(org.) Trajetórias na formação de professores de línguas. Londrina: UEL, p. 3-14.

MOITA LOPES, L. P. (2003) A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: Barbara, L.; Ramos, R. C. G.

(orgs.) Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado de Letras, p. 29-57.

PESSOA, R. R.; SEBBA, M. A. Y. (2006) Mudança nas teorias pessoais e na prática pedagógica de uma professora de inglês. In: Barcelos, A. M.; Vieira Abrahão, M. H. (orgs.) Crenças e ensino de línguas: foco no professor, no aluno e na formação de professores. Campinas: Pontes, p. 43-64.

PIMENTA, S. G. (2002) Professor reflexivo: construindo uma crítica. In: Pimenta, S. G.; Ghedin, E.

(orgs.) Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, p. 17- 52.

RICHARDS, J. C. (1998) Beyond training. Cambridge: CUP.

SCHÖN, D. A. (1983) The reflective practitioner: how professionals think in action. USA: Basic Books.

SILVA, E. T. da. (1996) Livros didáticos: do ritual de passagem a ultrapassagem. Em aberto. Brasília, p. 8-11. Disponível em: <http://www.publicacoes.inep.gov.br/arquivos/ %7B5F8D6FDF-2BF0- 476F-9271-88ADE36BAD1A%7D_Em_Aberto_69.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2009.

VIEIRA-ABRAHÃO, M. H. (1996) Conflitos e incertezas do professor de língua estrangeira na renovação de sua prática de sala de aula. Tese de Doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade de Campinas. Campinas.

XAVIER, R. P.; URIO, E. D. W. (2006) O professor e o livro didático: Que relação é essa?. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 45, n. 1, p. 29-54.

ZEICHNER, K. M.; LISTON, D. P. (1996) Reflective teaching: an introduction. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.