Banner Portal
Desregulamentando dicotomias: transletramentos, sobrevivências, nascimentos
PDF (Português (Brasil))

Palabras clave

transletramentos
sobrevivência
etnografia linguística.

Cómo citar

LOPES, Adriana Carvalho; SILVA, Daniel Nascimento e; FACINA, Adriana; CALAZANS, Raphael; TAVARES, Janaína. Desregulamentando dicotomias: transletramentos, sobrevivências, nascimentos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 56, n. 3, p. 753–780, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8650275. Acesso em: 17 ago. 2024.

Resumen

Este artigo propõe a noção etnográfica e situada de transletramentos. Argumentamos que transletramentos são práticas de uso social da escrita que replicam e deslocam experiências de socialização mediadas por essa tecnologia e adquiridas em diversas agências de letramento – portos de passagem como a escola, a igreja, a família, o grupo musical, os coletivos políticos. Baseados em evidência empírica de nossa pesquisa sobre letramentos, produção cultural e regimes metapragmáticos no Complexo do Alemão/RJ e no diálogo com Autor 4 e Autora 5 , jovens que transitam por diferentes espaço-tempos sociais, propomos ainda que transletramentos são metáforas importantes para entender a questão da sobrevivência. Ao extrapolar circunscrições como vida e morte, escola e sociedade, estado democrático e estado penal, a sobrevivência nos permite trazer à tona reflexões sobre as estratégias que os sujeitos subalternizados encontram para escrever as suas próprias histórias.

PDF (Português (Brasil))

Citas

ALVES, Nilda. (2010). A compreensão de políticas nas pesquisas com os cotidianos: para além dos processos de regulação. Educação & Sociedade v.31, n.113, pp. 1195-1212.

ANZALDÚA, Gloria. (2000). Falando em línguas: uma carta para mulheres escritoras do terceiro mundo. Revista de Estudos Feministas. v. 8, n. 1, pp. 229-236.

ARIAS, Arturo. org. (2001). The Rigoberta Menchu controversy. Minneapolis: University of Minnesota Press.

BARTON, D. and UTA, P. (2010). The anthropology of writing. Understanding textualy-mediated worlds. London, Continuum.

BAKHTIN, Mikhail. (1981). Forms of Time and of the Chronotope in the Novel. In: Holquist, Michael (org.) The Dialogic Imagination, Four Essays by M. M. Bakhtin. Austin: University of Texas Press, pp.84-258.

BAUMAN, R.; BRIGGS, C. (1990). Poetics and performance as critical perspectives on language and social life. Annual Review of Anthropology, v. 19, pp. 59-88.

BAUMAN, R.; BRIGGS, C. (2003). Voices of modernity: Language ideologies and the politics of inequality. Cambridge: Cambridge University Press.

BEHAR, Ruth; GORDON, Deborah. orgs. (1995). Woman Writing Culture. Berkeley: University of California Press.

BLOMMAERT. (2010). The Sociolinguistics of Globalization. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.

BLOMMAERT, J. (2008). Grassroots literacies: Writing, identity and voice in Central Africa. London: Routledge.

BORBA, Rodrigo. (2016). O (des)aprendizado de si: transexualidades, interação e cuidado de si. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

BRIGGS, Charles. (2005). Communicability, Racial Discourse, and Disease. Annual Review of Anthropology, v. 34, pp. 269-291.

BRIGGS, Charles. (2007). Anthropology, Interviewing, and Communicability in Contemporary Society. Current Anthropology, vol. 48, n. 4, 2007c, pp. 551-580.

BURGOS, Elizabeth. (1993). Meu nome é Rigoberta Menchú e assim nasceu minha consciência. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

BUTLER, Judith. (1997). Excitable Speech: a Politics of the Performative. Londres e Nova York: Routledge.

BUTLER, Judith. (2005). Frames of war: When is life grievable? London: Verso Books.

CALDEIRA, Teresa. (2003). Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. Trad. Frank de Oliveira e Henrique Monteiro. 2.ed. São Paulo: Edusp/Editora 34.

CARR, E.; LEMPERT, M., orgs. (2016). Scale: Discourse and Dimensions of Social Life. Berkeley: University of California Press.

CASTILHO, Ataliba & Dino Pretti, orgs. (1987). A linguagem falada culta na cidade de S. Paulo: materiais para seu estudo. São Paulo: T. A. Queiroz/Fapesp, v. II.

CHEAH, Peng. (2003). Spectral Nationality: Passages of Freedom from Kant to Postcolonial Literatures of Liberation. Nova York: Columbia University Press, 2003.

CHEAH, Peng. (1999). Spectral Nationality: The Living On [sur-vie] of the Postcolonial Nation in Neocolonial Globalization. Boundary 2, v. 26, n. 3, pp. 225-252.

CLIFFORD, J. (1986). “On Ethnography Allegory.” In: Clifford, J.; Marcus, G. Writing Culture. The Poetics and Politics of Etnography. Los Angeles:University of California Press.

DERRIDA, Jacques. (1971). A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva.

DERRIDA, Jacques. (1977). Signature Event Context. Trad. Samuel Weber e Jeffrey Mehlam. Glyph, v. 1, pp. 172-197.

DERRIDA, Jacques. (1979). Living on/Border Lines. Trad. James Hulbert. In: Bloom et al. (orgs.) Deconstruction and criticism. London: Continuum, pp. 62-142

FACINA, A. (2014). Sobreviver e sonhar: reflexões sobre cultura e “pacificação” no Complexo do Alemão. In: Pedrinha, R. D.; Fernandes, M. A. (orgs.). Escritos transdisciplinares de criminologia, direito e processo penal: homenagem aos mestres Vera Malaguti e Nilo Batista. Rio de Janeiro: Revan, pp. 39-48.

GARCEZ, Pedro. (2017). Conceitos de letramentos e a formação de professores de línguas. Texto inédito preparado para o II Seminário Letramento e Transdisciplinaridade, IEL/Unicamp, 29 e 30 de agosto de 2017.

IRVINE, Judith; GAL, Susan. (2000). Language ideology and linguistic differentiation. In: Kroskrity, Paul V., ed. Regimes of language: Ideologies, polities, and identities. James Currey Publishers, 2000, pp.35-84.

JACQUEMET, Marco. (2016). Transidioma. Revista da Anpoll v.1, n.40, pp. 19-32.

KLEIMAN, Angela B., Org. (1995). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras.

KROSKRITY, Paul V., org. (2000). Regimes of language: Ideologies, polities, and identities. James Currey Publishers.

LATOUR, Bruno. (1994). Jamais fomos modernos: ensaios de antropologia simétrica. São Paulo: Ed. 34.

LEVI, Primo. (1988). É isto um homem? Rio de Janeiro: Rocco.

LOPES, Adriana. (2011). Funk-se quem quiser no batidão negro da cidade carioca. Rio de Janeiro: Bom Texto.

LOPES, Adriana, SILVA, Daniel & FACINA, Adriana. (2014). Letramentos de ruptura: as escritas do funk carioca. Anais do V Colóquio Letramento e Cultura Escrita. Belo Horizonte: CEALE/UFMG, v. 1. p.1-9

MAHIRI, J. (2008) What they don’t learn in school. Literacy in the lives of urban youth. Whashington: Peter Lang.

MAIA, Junot. (2017). Fogos digitais: Letramentos de sobrevivência no Complexo do Alemão/RJ. Tese de doutorado em Linguística Aplicada, Campinas, IEL/Unicamp.

MOITA LOPES, L. P., org. (2013). Português no século XXI: Cenário geopolítico e sociolinguístico São Paulo: Parábola.

MORAGA, Cherríe & ANZALDÚA, Gloria. (Orgs.). This bridge called my back: writings by radical women of color. New York: Kitchen Table.

PINTO, Joana Plaza. (2013). Prefigurações identitárias e hierarquias linguísticas na invenção do português. In: Moita Lopes, L. P. (org.) Português no século XXI: ideologias linguísticas. São Paulo: Parábola Editorial, pp. 120-143.

ROCHA, Glauber. (1965). Deus e o Diabo na Terra do Sol. Vol. 1. São Paulo: Editora Civilização Brasileira.

ROJO, Roxane. (2009). Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola.

SIGNORINI, Inês. (2002). Por uma teoria da desregulamentação lingüística. In: Bagno, Marcos (org.). A linguística da norma. São Paulo: Edições Loyola, pp. 93-125.

SIGNORINI, Inês. (2004). Invertendo a lógica do projeto escolar de esclarecer o ignorante em matéria de língua. Scripta v.7, n. 14, pp. 90-99.

SILVERSTEIN, M; URBAN, G. (1996). Natural histories of discourse. Chicago: University of Chicago Press.

SILVERSTEIN, Michael. (1979). Language structure and linguistic ideology. In: Clyne, P.; Hanks, W. & Hofbauer, C. (orgs.) The elements: a parasession on linguistic units and levels. Chicago: Chicago Linguistic Society, pp.193-247.

SILVERSTEIN, Michael. (2003). Indexical Order and the Dialectics of the Sociolinguistic Life. Language and Communication, v. 23, pp. 193-229.

SOUZA, Ana Lúcia Silva. (2011). Letramentos de reexistência: poesia, grafite, música, dança: hip-hop. São Paulo: Parábola.

STREET, Brian. (2009). Ethnography of writing and reading. In: Olson, D. R. & Torrance, N. (orgs.) The Cambridge handbook of literacy. Cambridge: Cambridge University Press, pp.329-345.

STREET, Brian. (2014). Letramentos sociais. São Paulo: Parábola.

THOMAS, Sue et al. (2007). Transliteracy: Crossing divides. First Monday. Disponível em: <http://journals.uic.edu/ojs/index.php/fm/article/view/2060/1908>. Último acesso: 30 out. 2017.

VENTURA, Zuenir. (1994). Cidade Partida. São Paulo: Cia. das Letras.

WOOLF, Virginia. (2014 [1928]). Uma quarto só para si. Trad. Bia Nunes de Souza. São Paulo: Tordesilhas.

WORTHAM, Stanton; REYES, Angela. (2015). Discourse Analysis Beyond the Speech Event. Londres: Routledge.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.

Derechos de autor 2019 Trabalhos em Linguística Aplicada

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.