Banner Portal
Práticas de linguagem no contexto de internacionalização em um instituto federal
PDF

Palavras-chave

Sociologia do discurso do Círculo de Bakhtin
Abordagem glotopolítica
Placas de sinalização escolar.

Como Citar

SOUZA, Carlos Fabiano de. Práticas de linguagem no contexto de internacionalização em um instituto federal: placas de sinalização e seus efeitos glotopolíticos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 3, p. 1353–1374, 2019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8658109. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

A partir do suporte teórico-metodológico da sociologia do discurso do Círculo de Bakhtin (BAKHTIN, 2016; VOLÓCHINOV, 2017), no que toca especialmente à questão da expressividade, em diálogo com a abordagem glotopolítica (GUESPIN, MARCELLESI, 1986), este texto busca tecer algumas reflexões em torno do objeto de estudo práticas de linguagem em placas de sinalização em espaços físicos escolar. Toma-se por base o contexto de internacionalização em um instituto federal tecnológico, com o intuito de compreender, por meio de uma lente discursivo-dialógica, quais os efeitos glotopolíticos implicados em práticas dessa natureza. Assume-se que essas práticas atuam como uma forma de intervenção política na paisagem linguística escolar (SPOLSKY, 2004), sendo fruto, portanto, de escolhas nada aleatórias, decisões tomadas aprioristicamente que, no caso do material analisado, dá a ver a opção por quais línguas privilegiar nas placas de sinalização nos ambientes dessa instituição, bem como a ordem de prioridade em que elas tendem a se inscrever nas placas em análise.

PDF

Referências

BENJAMIN, W. (2005). Sobre o conceito de história. Trad. J. M. Gagnebin e M. L. Müller. In: LOWY, M. (org.) Walter Benjamin – aviso de incêndio: uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. Trad. Wanda N. C. Brant; Tradução das teses Jeanne M. Gagnebin e Marcos Lutz Müller. São Paulo: Boitempo, 1940.

BOURDIEU, P. (1996). Cultural Reproduction and Social Reproduction. In: BROWN R. (Org). Education and Cultural Change. Londres: Routledge, pp. 63-92.

BUTLER R. N. Ageism: a foreword (1980). Journal of Social Issues. v. 36, n.2, pp. 8-11.

CAMPBELL. F. K. (2009). Contours of Ableism: The Production of Disability and Abledness. Londres: Palgrave Mac Millan.

DELGADO, R.; STEFANCIC, J. (2001). Critical race theory: An introduction. New York : New York University Press.

DUBOC, A. P.. (2012). Atitude Curricular: letramentos críticos nas brechas da formação de professores de inglês. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês. Universidade de São Paulo, São Paulo.

FERREIRA, A. J. (2006). Formação de professores de língua inglesa e o preparo para o exercício do letramento crítico em sala de aula em prol das práticas sociais: um olhar acerca de raça/etnia. Línguas & Letras, v.7, n.12, pp.171-187.

FERREIRA, A. J. (2008). Limites, desafios e possibilidades para aplicação de estratégias anti-racistas e da Lei Federal nº 10.639/2003. In: FERREIRA, Aparecida de Jesus (org). PEAB – Projeto de Estudos Afro-Brasileiros: Contexto, Pesquisas e Relatos de Experiências. Cascavel, Pr: Unioeste, pp. 47-60.

FERREIRA, A. J. (2011). Addressing Race/Ethnicity in Brazilian Schools: A Critical Race Theory Perspective. Seattle, WA, USA: CreateSpace.

FERREIRA, A. J. (2014). Teoria Racial Crítica e Letramento Racial Crítico: Narrativas e Contranarrativas de Identidade Racial de Professores de Línguas. Revista ABPN, v. 6. pp. 236-263.

FREIRE, P. (1967). Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

FREITAS, L. C. (2014) Os Reformadores Empresariais da Educação e a Disputa pelo Controle do Processo Pedagógico na Escola. Educação e Sociedade. Campinas, v. 35, nº. 129, pp. 1085-1114, out.-dez., pp. 1085-114.

FURTER, P. Paulo Freire ou o poder da palavra – Apresentação. In: FREIRE, P. (1967). Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

GOMES, W. S. (2008) Da discussão à visibilidade. In: GOMES, W.; MAIA, R.C.M.. (Org.). Comunicação e Democracia: Problemas & Perspectivas. São Paulo: Paulus, v. 1, pp. 117-162.

HABERMAS, J. (2008). Comunicação política na sociedade mediática: o impacto da teoria normativa na pesquisa empírica. Líbero, São Paulo, ano XI, n. 21, pp. 9-20.

HUME, D. (1888). A Treatise of Human Nature. L.A. Selby-Bigge, ed. Oxford.

LUKE, A. (2009). Race and Language as Capital in School: A Sociological template form language-education reform. In: Kubota. R.; Lin A. (Org.). Race, culture and identities in second language education: exploring critically engaged practice. London: Routledge, pp.286-308

MENEZES DE SOUZA, L. M. T. (2011). Para um redefinição de letramento crítico: conflito e produção de significação. In: Maciel, R.F & Araújo, V.A.. (Org.). Formação de Professores de Línguas: ampliando perspectivas. Jundiai: Paço Editorial, v. 1, pp. 128-140.

MOITA LOPES, L. P. (2002). Identidades Fragmentadas: A construção discursiva de raça, gênero e sexualidade em sala de aula. Campinas: SP: Mercado de Letras.

MOORE, G. E. (1903). Principia Ethica. Cambridge: Cambridge University Press.

MONTE MÓR, W. M. (2011) Multimodalidades e comunicação: antigas novas questões no ensino de línguas estrangeiras. Letras & Letras, [S.l.], v. 26, n. 2, mar. Disponível em: http://www.seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/25637. Acesso em: 28 jan. 2019.

PENNYCOOK, A. (2001). Critical applied linguistics: a critical introduction. Londres: Routledge.

PRICE, J. M. (2004). Critical Race Theory’s Dream Narratives – A Method for an AntiRacist Social Science? In: Studies in Law, Politics, and Society 32. Edited by Austin Sarat and Patricia Ewick. London: Elsevier Publishers. pp. 39-77.

RAJAGOPALAN, K. (1996). On the ideological underpinnings of the theory of speech acts. Revista de Estudos da Linguagem, [S.l.], v. 4, n. 2, p. 105-132. Disponível em: http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/1040. Acesso em: 28 jan. 2019.

SAVIANI, D. (1999). Escola e Democracia – polêmicas do nosso tempo. Campinas, São Paulo: Autores Associados.

SANTOS, M. S. (2013). A construção de identidades no livro didático de língua estrangeira: uma perspectiva crítica. Dissertação de Mestrado em Linguística Aplicada – Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada. Universidade de Brasília, Brasília.

SHEAR, M. D. e HABERMAN, M. (2017) Trump Defends Initial Remarks on Charlottesville; Again Blames ‘Both Sides”. The New York Times. Nova Iorque, 15 de Agosto. Politics. Disponível em: https://www.nytimes.com/2017/08/15/us/politics/trump-pressconference-charlottesville.html?mcubz=1. Acesso em: 28 jan. 2019.

SILVA SANTOS, (2011). Raça/Etnia, Cultura, Identidade e o Professor na aplicação da Lei n° 10639/03 em aulas de língua inglesa: como? Dissertação de Mestrado em Letras. Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagens. Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Salvador. Disponível em: http://www.ppgel.uneb.br/wp/wp-content/uploads/2011/09/santos_joelma.pdf. Acesso em: 28 jan. 2019.

SOARES, Magda. (2002). Novas práticas de leitura e escrita: letramento na cibercultura. In: Educação e. Sociedade. Campinas, v.23, n.81, p.143-160, Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v23n81/13935.pdf. Acesso em: 28 jan. 2019.

SÜSSEKIND, M. L. (2014) As (Im)Possibilidades de uma Base Comum Nacional. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03 p.1512-1529 out./dez. 2014 Programa de Pósgraduação Educação: Currículo – PUC/SP. pp. 1512-29.

WILLIAMS, P. (1989). Response to Mari Matsuda, Women’s Rights. Law Reporter, Vol 11, n.1, 14. Rutgers – The State University, pp. 11-4.

WILLIAMS, P. (1991). The Alchemy of Race and Rights. Harvard University Press: Cambridge, Massachusetts.

WINDLE, J. A. (2014). Digital Literacy, Cosmopolitism and the Subaltern. In: Polifonia, Cuiabá, MT, v. 21, n. 29, pp. 198-214.

ZAIDAN, Junia. C. S. M. (2013) Por um Inglês Menor: a desterritorialização da grande língua. Tese de doutorado. Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. Campinas.

ZAIDAN, Junia C. S. Mattos e JUSTINIANO, Ana Carolina. (2017) Tradução como Vetor para uma Pedagogia Menor no Ensino de Línguas Estrangeiras: cotidianos em uma escola pública. PERcursos Linguísticos. V7, n. 14, pp. 314-31.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.