Resumo
Por meio de relatos orais acerca de seus envolvimentos com o espanhol, professores universitários atribuem significados e materializam sentidos sobre a língua que ensinam. Verifica-se que o professor de espanhol constrói sua identidade enquanto tal, não só influenciado pelas circunstâncias sócio-históricas, como também por aspectos de seu inconsciente e por sua afetividade. Professores falantes nativos de espanhol exaltam o laço afetivo com a língua materna, enquanto os falantes de português explicitam o amor à língua materna na substituição pelo espanhol – a língua de genealogia comum. Com o advento do Mercosul, a língua espanhola ganha um novo status no Cone sul e promove novas representações para o idioma, silenciando alguns sentidos. Os sentidos que se mantém emergem na seqüencialidade da fala em forma de pré-construídos; são saberes cristalizados que fazem parte da memória histórica sobre a língua espanhola, também determinantes sobre o imaginário do idioma. Verifico, então, as representações da língua espanhola, tomando como aporte teórico/metodológico a Análise de Discurso (AD) e a Teoria da Enunciação na perspectiva de Authier-Revuz.O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:
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