Banner Portal
Efeitos da repetição de tarefas na produção oral em L2
Remoto

Palavras-chave

Produção oral em L2. Ganhos em complexidade de fala. Repetição de tarefa

Como Citar

FINARDI, Kyria Rebeca. Efeitos da repetição de tarefas na produção oral em L2. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 47, n. 1, p. 31–43, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8645180. Acesso em: 5 jul. 2024.

Resumo

RESUMO: Este estudo parte do pressuposto de que falar um segundo idioma (L2) é uma habilidade cognitiva complexa (FORTKAMP, 2000) cuja execução parece envolver uma compensação entre os diferentes objetivos da fala, principalmente entre a fluência, a acurácia e a complexidade (BYGATE, 1996, 1999, 2001b; FOSTER e SKEHAN, 1996; SKEHAN e FOSTER, 1995, 2001; SKEHAN, 1998). Bygate (2001b) estudou os efeitos da familiaridade com a tarefa na produção oral em L2. Ele mostrou que na repetição de uma narrativa há ganhos, principalmente em termos de complexidade da fala, mas esse ganhos ocorrem em detrimento de outros aspectos, principalmente da perda na acurácia da fala. Este estudo investigou se os resultados reportados por Bygate (2001b) seriam similares no caso da repetição de uma tarefa de descrição. Segundo Robinson (2001), a descrição é uma tarefa menos complexa do que uma narrativa. Quatro medidas de produção oral foram calculadas seguindo Fortkamp (2000): fluência, acurácia, complexidade e densidade lexical. Os resultados deste estudo indicam ganhos em termos de complexidade de fala e esses ganhos parecem ter sido alcançados, principalmente, às custas da acurácia, portanto, corroborando resultados de Bygate (2001b) para essa condição de tarefa.

ABSTRACT:

This study departs from the assumption that speaking an L2 is a complex cognitive ability (FORTKAMP, 2000) whose execution seems to involve tradeoff effects among the different goals of speech production, mainly among fluency, accuracy and complexity (BYGATE, 1998, 1999, 2001b; FOSTER e SKEHAN, 1996; SKEHAN e FOSTER, 1995, 2001; SKEHAN, 1998). Bygate (2001b) studied the effects of task familiarity on L2 speech performance. He found that in repeating a narrative task there were gains in terms of complexity of speech and these gains were achieved at the cost of a loss especially in accuracy. The present study investigated whether the results reported in Bygate (2001b) would be similar in the case of a repetition of a picture description task. According to Robinson (2001), a description is less complex than a narrative task. Four measures of speech performance were calculated following Fortkamp (2000): fluency, accuracy, complexity and lexical density. Results indicate gains in complexity and these gains seem to have been paid, especially by gains in accuracy, thus corroborating Bygate´s (2001b) findings for this task condition.

Keywords: L2 speech production; gains in complexity of speech; task repetition

Remoto

Referências

ANDERSON, J. R. (1995). Learning and Memory. Singapore: Wiley. Capítulo 9.

ASHCRAFT, M. (1994). Human memory and Cognition. New York: Harper Collins. Capítulos 1 e 2.

BYGATE, M. (1998). Theoretical perspectives on speaking. Annual Review of Applied Linguistics, 18, 20-42.

_______. (1999). Task as context for the framing, reframing and unframing of language. System, 27, p.33-48.

_______. (2001b). Effects of task repetition on the structure and control of oral language. Em Bygate, M., Skehan, P. & Swain, M. (2001). (Eds). Researching pedagogic tasks – second language learning and testing. Longman.

D’ELY, R. (2004). A focus on learners’ metacognitive processes: strategic planning, repetition and planning for repetition as catalysts of interlanguage development. Trabalho de pesquisa não publicado. Universidade Federal de Santa Catarina.

_______. (2006). A focus on learners´ metacognitive processes: the impact of strategic planning, repetition, strategic planning plus repetition and strategic planning for repetition on L2 oral performance. Tese de doutorado. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

FORTKAMP, M. B. M. (2000). Working memory capacity and L2 speech production: an exploratory study. Tese de doutorado. Florianópolis: Pós-graduação em Inglês e Literatura Correspondente, UFSC.

FOSTER, P. e SKEHAN, P. (1996). The influence of planning and task type on second language performance. Studies in Second language acquisition, 18, p.299-323.

IWASHITA, N.; McNAMARA, T, e ELDER, C. (2002). Can we predict task difficulty in an oral proficiency test? Exploring the potential of an information processing approach to task design.

Language Learning, 51:3, p.401-436.

LEVELT, W. J. M. (1989). Speaking: From intention to articulation. Cambridge, M.A.: Bradford/MIT Press.

LOGAN, G. D. (1988). Toward an instance theory of automatization. Psychological Review, 95,492-527.

ROBINSON, P. (2001). Task complexity, cognitive resources, and syllabus design: a triadic framework for examining task influences on SLA. Em ROBINSON, P. (Ed.), Cognition and second language instruction, pp. 287-318. Cambridge: Cambridge University Press.

SHIFFRIN, R.M. e SCHNEIDER, W. (1977). Controlled and automatic human information processing.

II. Perceptual learning, automatic attending, and a general theory. Psychological Review, 84, p.127-190.

SKEHAN, P. (1996). A framework for the implementation of task-based instruction. Applied Linguistics, 17, p.38-6.

_______. (1998). A Cognitive Approach to Language Learning. Oxford: Oxford University Press.

SKEHAN, P. e FOSTER, P. (1995). Task type and task processing conditions as influences on foreign language performance. Thames Valley University Working Papers in English Language Teaching, 3, p.139-188.

_______. (2001). Cognition and tasks. Em ROBINSON, P. (Ed.), Cognition and second language instruction, p.183-205. Cambridge: Cambridge University Press.

O periódico Trabalhos em Linguística Aplicada utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto, em que:

  • A publicação se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores;
  • Os originais não serão devolvidos aos autores;
  • Os autores mantêm os direitos totais sobre seus trabalhos publicados na Trabalhos de Linguística Aplicada, ficando sua reimpressão total ou parcial, depósito ou republicação sujeita à indicação de primeira publicação na revista, por meio da licença CC-BY;
  • Deve ser consignada a fonte de publicação original;
  • As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.