Resumo
Quando se coloca a conservação do Patrimônio Histórico como problema a ser estudado e discutido, faz-se necessário avaliar o sentimento de perda de um cotidiano que ficou para trás e foi substituído, embora não sem traumas para a continuidade histórica e social da cidade. A cidade é objeto de percepção de seus habitantes. Objetivamos abordar o desejo como indutor das práticas urbanas, tendo a imagem como indutora do desejo. Portanto, para realizar um estudo sobre a cidade é necessário entender a sociedade que a compõe e suas práticas, que são tão importantes quanto o ambiente construído. Então, a imagem do bairro da Ribeira está repleta de memórias e significações. Nesta relação multifacetada entre a imagem que se tem de um determinado espaço e sua elaboração por parte da sociedade se dá, sobretudo, através do discurso. Este pode auferir diversas imagens, sejam elas positivas ou negativas, da cidade em suas várias nuances.
Referências
ARAÚJO, Carlos Magno (2014). Ribeira, o clichê! Novo Jornal, 03 de agosto.
ARGAN, Giulio Carlo (2005). História da Arte como História da Cidade. São Paulo: Martins Editora.
ARRAIS, Raimundo; ANDRADE, Alenuska; MARINHO, Márcia (2008). O corpo e a alma da cidade: Natal entre 1900 e 1930. Natal: EDUFRN.
BARTHES, Roland (1985). A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70.
BOURDIEU, Pierre (1982). Ce qui parler veut dire. Paris: Fayard.
CALVINO, Ítalo (2009). As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras.
CASCUDO, Luís da Câmara (1949). Natal, cidade sempre nova. Diário de Natal, 10 de junho.
CERTEAU, Michel de (2003). A invenção do cotidiano I. Artes de fazer. Petrópolis: Ed. Vozes.
CHARTIER, Roger (2002). História Cultural – Entre práticas e representações. Lisboa: Difel.
CORDEIRO, Anna Gabriella de S (2012). O BAIRRO DA RIBEIRA COMO UM PALIMPSESTO: dinâmicas urbanas na Cidade de Natal (1920-1960). Sob a orientação do Prof. Dr. Haroldo Loguercio Carvalho. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Programa de Pós-graduação em História e Espaços – PPGH. Natal.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix (2004). O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia 1. Lisboa: Assírio e Alvin.
GARCIA, José Alexandre (1989). Acontecências e tipos da Confeitaria Delícia. Natal: Clima,.
LEFEBVRE, Henry (2001). O direito à cidade. São Paulo: Centauro.
LYNCH, Kevin (1997). A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes.
MENEGUELLO, Cristina (2000). Da ruína ao edifício: Neogótico, reinterpretação e preservação do passado na Inglaterra vitoriana. Tese de Doutorado sob a orientação do Prof. Dr. Edgar Salvadori De Decca. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Campinas.
PESAVENTO, Sandra Jatahy (1999). Lugares Malditos: a cidade do “outro” no sul brasileiro (Porto Alegre, passagem do século XIX ao século XX). Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH/Humanitas Publicações, v. 19, n. 37.
PROJETO REHABITAR (2007). Natal: SEMURB - Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo.
SANTOS, Anderson (2014). Prédios em ruínas e lixo nas ruas. Tribuna do Norte, 04 de dezembro.
SANTOS, Sérgio Henrique (2011). A velha Ribeira ao Deus dará. Diário de Natal, 14 de outubro.
TINOCO, Marcelo B. M.; BENTES SOBRINHA, Maria Dulce P.; TRIGUEIRO, Edja B. F. (Organizadores) (2008) Ribeira: Plano de Reabilitação de Áreas Urbanas Centrais. Natal: EDUFRN.
VILAR, Sérgio (2011). Ribeira retoma caminho da ascensão. Diário de Natal, 20 de março.
A URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.