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Cinema, estigmatização territorial e história urbana: "O bandido da luz vermelha" e a boca do lixo em São Paulo
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Palavras-chave

Cinema. Estigmatização territorial. Bandido da luz vermelha.

Como Citar

FRANCO, Herta. Cinema, estigmatização territorial e história urbana: "O bandido da luz vermelha" e a boca do lixo em São Paulo. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 9, n. 2, p. 297–317, 2017. DOI: 10.20396/urbana.v9i2.8648430. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8648430. Acesso em: 27 jul. 2024.

Resumo

Neste artigo propõe-se uma análise do filme “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), do diretor Rogério Sganzerla. Considerado como um dos precursores do “Cinema Marginal”, o filme é abordado sob a perspectiva da História Urbana, de modo a   compreender como se deu o processo de estigmatização da região central da cidade de São Paulo, particularmente da área denominada “Boca do Lixo”, apontada como o lócus da criminalidade e da violência. Partindo do pressuposto de que o imaginário do “submundo” é uma construção social, pretende-se perscrutar qual o papel dos meios de comunicação de massa e da indústria cultural, particularmente do cinema, neste processo. 

https://doi.org/10.20396/urbana.v9i2.8648430
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Filme: O BANDIDO DA LUZ VERMELHA São Paulo, 1968, 35 mm, PB, 92 min Direção e roteiro: Rogério Sganzerla Montagem: Sílvio Renoldi Fotografia: Peter Overbeck Câmera: Carlos Alberto Ebert Elenco: Paulo Villaça, Helena Ignez, Pagano Sobrinho, Luiz Linhares, Roberto Luna.

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