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Comprar, vender, comer: o consumo da carne e os circuitos mercantis e sociais em São Paulo; 1852-1927
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Palavras-chave

historia da cidade e do urbanismo. Intervenções urbanas.

Como Citar

LANNA, Ana Lucia Duarte. Comprar, vender, comer: o consumo da carne e os circuitos mercantis e sociais em São Paulo; 1852-1927. URBANA: Revista Eletrônica do Centro Interdisciplinar de Estudos sobre a Cidade, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 112–126, 2015. DOI: 10.20396/urbana.v7i1.8642550. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8642550. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

A cidade de São Paulo foi, pelo menos desde o século XVIII, importante núcleo urbano, articulador dos processos de interiorização e ocupação do território. A carne sempre integrou a dieta alimentar dos paulistas, de todos os grupos sociais, sendo um tema sensível como atividade econômica ou prática socia.A expansão da cidade não altera o regime alimentar que continuará definido pelo uso cotidiano do feijão, da carne e da farinha. As presenças estrangeiras ampliarão as possibilidades e demandas alimentares, como por exemplo a introdução e generalização do consumo de diversos tipos de pasta e verduras mas, os de fora, incorporarão as tradições alimentares paulistas.Desde inícios do século XIX a municipalidade procurava regrar o comércio de carne na cidade seja pelo controle daquilo que era comerciado seja pelo controle das reses destinadas ao abate e ainda pela construção de matadouros. Estes inseriam-se nas políticas públicas de ordenamento do espaço.Reformas, ampliações e deslocamentos marcam as trajetórias deste equipamento no espaço da cidade. Questões sanitárias e de controle alimentar incidiram sobre os matadouros analisados mas sobre eles sempre incidiram as noções de sujeira, doença e descarte. Melhoramento urbano necessário e indesejável foi sempre relegado para as franjas da cidade.
https://doi.org/10.20396/urbana.v7i1.8642550
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