Resumo
Primeiro o onde, depois o quem. Na epígrafe acima, o espaço se sobrepõe à pessoa. Ele é prioritário para o personagem pensar a si mesmo. O onde é a pergunta primária. E ela restará sem resposta. O onde é uma das preocupações geográficas quando se pensa o espaço. Seguindo o pensamento de Doreen Massey, espaço é lugar, é lugar do outro, das trajetórias distintas de nós próprios, com as quais negociamos cotidianamente a existência dos territórios que criamos e onde agimos. A convergência de múltiplas trajetórias configura-se em lugar singular, sempre aberto, em constante devir. Cada encontro de trajetórias se faz em acontecimento. Cada acontecimento é pleno de potencialidades para proliferar. Cada proliferação pode ser traduzida como vida, vida sendo entendida como aquilo que se transforma a si mesma, sempre outra, sempre em devir, em constante perguntar-se “onde estou”? Vida inominável por nunca se saber o quê, pois configurada de conexões com o que está fora de si, no espaço... ao redor... o ao redor sendo cada dia mais amplo.
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