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O artigo de ciência como fato e artefato cultural
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Palavras-chave

Artefato cultural.

Como Citar

MOSTAFA, Solange Puntel. O artigo de ciência como fato e artefato cultural. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 6, n. 1, p. 68–79, 2009. DOI: 10.20396/etd.v6i1.1003. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/1003. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Para toda uma tradição de autores documentalistas, a história das revistas científicas começa como um prolongamento das cartas científicas do século 17; ambos os séculos, 17 e 18 são séculos de nascimento da ciência moderna, com o empirismo inglês e o racionalismo francês. As sociedades científicas também datam desta época em que os métodos indutivos ou experimentais estão se configurando como os métodos propriamente científicos. Especialmente o século 18 entrou para a história como um século de viagens, turismo, livrarias, cafés e muitas descobertas científicas. Enciclopedistas na França, empirismo e método indutivo na Inglaterra, nascia também o sonho de entender e dominar a natureza através do método criado por Bacon, a indução: partindo-se dos fatos concretos, tais como se dão na experiência, ascende-se até as formas gerais, que constituem suas leis e causas. Assim em meio a esta fermentação cultural do mundo moderno nascem as revistas cientificas como prolongamento das cartas iluministas; Cartas de Newton podem ser encontradas no relato de Ziman (1981, p.106). As Philosophical Transactions, revista da Royal Society of London, de 1665 consistiam nas cartas trocadas entre membros da comunidade e correspondentes.

https://doi.org/10.20396/etd.v6i1.1003
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