Resumo
Este texto examina as (im)possibilidades que a Política Educacional aponta para a (con)formação de professores que atuam no campo da Educação Especial/Inclusiva no Brasil. Para tanto, discute as implicações e recomendações que o contexto neoliberal delineia para o campo da produção do conhecimento, ressaltando que, ao ser orientado por uma pedagogia de base produtivista, as políticas de formação de professores apresentam ênfase em estratégias e metodologias esvaziadas de caráter formativo, utilizando-se de mecanismos e procedimentos utilitaristas que visam (con)formar os profissionais aos interesses capitalistas. Tal estratégia gera, além da precarização do trabalho docente, alienação, empobrecimento e esvaziamento de si e do educando. Consubstanciado nos pressupostos teóricos da pedagogia histórico-crítica e da psicologia histórico-cultural, concluímos que a formação profissional do ser humano deve ser fundamentada por um direcionamento teórico-prático que o permita perceber o processo e compreender-se como constituinte dele, de forma que, mesmo inserido em relações alienadas, consiga abolir os entraves que a forma de organização social capitalista vem impondo ao seu desenvolvimento e a sua formação plenamente livre e universal.
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