Banner Portal
Educação anarquista: contribuições para a escola e uma educação autêntica
PDF

Palavras-chave

Anarquismo. Educação anarquista. Experiências libertárias.

Como Citar

MORAES, Luana Aparecida; NADAL, Beatriz Gomes. Educação anarquista: contribuições para a escola e uma educação autêntica. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 17, n. 4, p. 1078–1095, 2017. DOI: 10.20396/rho.v17i4.8651241. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8651241. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O trabalho apresenta pesquisa que tematizou a educação anarquista diante das contribuições que esta filosofia política pode trazer à educação e à escola, já que a educação em nossa sociedade é, em grande parte, institucionalizada. Utilizando-se de pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, a pesquisa teve como objetivos: conhecer os princípios da filosofia anarquista relacionando-os à educação libertária; estudar duas experiências libertárias em educação desenvolvidas no século XX: a Escola Moderna de Barcelona (Espanha,1901-1906) e a Comunidade-Escola La Ruche (França, 1904-1917); e identificar as contribuições do ideário anarquista para os processos educacionais, colocando em evidência o debate sobre o tema comumente marginalizado no campo educacional e das organizações escolares. Por meio da investigação foi possível depreender que o anarquismo pode ser considerado uma filosofia política de atualidade na medida em que serve como alternativa contra a escola conservadora, cujas práticas ainda não se efetivaram na perspectiva da participação, formação crítica e emancipação do sujeito.

https://doi.org/10.20396/rho.v17i4.8651241
PDF

Referências

ANTONY, Michel. Os microcosmos: experiências utópicas libertárias, sobretudo pedagógicas: utopedagogias. São Paulo: Imaginário, 2011.

BAKUNIN, Mikhail. O Estado: alienação e natureza. In: MALATESTA, E. et al. O anarquismo e a democracia burguesa. 2. ed. São Paulo: Global, 1980. p. 35-44. (Coleção Bases, n. 18).

BELTRÃO, Ierecê Rego. Corpos dóceis, mentes vazias, corações frios: didática - o discurso científico do disciplinamento. São Paulo: Imaginário, 2000.

CALSAVARA, Tatiana Silva da. A militância anarquista através das relações mantidas por João Penteado – Estratégias de sobrevivência pós anos 20. 2012. 279 f. Tese (Doutorado em História da Educação e Historiografia) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012.

CARVALHO, Nanci Valadares de. Autogestão: o governo pela autonomia. São Paulo: Brasiliense, 1983.

CONFEDERACIÓN NACIONAL DEL TRABAJO. CNT. Anarquismo básico. 2. ed. Madrid: Fundación de Estudios Libertarios Anselmo Lorenzo (FAL), 2010.

DOLGOFF, Sam. A relevância do anarquismo para a sociedade moderna. São Paulo: Faísca, 2005.

FARIA, José Henrique de. Relações de poder e formas de gestão. Criar Edições/FAE, Curitiba, 1985.

FERRER; GUARDIA, Francisco. La escuela moderna. [s.l]. 1907. Disponível em: < http://sagunto.cnt.es/wp-content/uploads/2011/02/FerrerGuardiaF1.-LaEscuelaModerna.pdf >. Acesso em: 25 ago. 2013.

FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 1999.

GALLO, Silvio. Anarquismo: uma introdução filosófica e política. 2. ed. Rio de Janeiro: Achiamé, 2006.

GALLO, Silvio. Educação anarquista: por uma pedagogia do risco. 1990. 312 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia e História da Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 1990.

GALLO, Silvio. Francisco Ferrer Guardia: o mártir da Escola Moderna. Pro-posições, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 241-251, maio/ago. 2013.

GALLO, Silvio. O paradigma anarquista em educação. Nuances. v. 2, set. 1996.

GONÇALVES, Aracely Mehl. Francisco Ferrer y Guardia: educação e a imprensa anarco-sindicalista – “A PLEBE” (1917-1919). 2007. 132 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, 2007.

GUÉRIN, Daniel. As idéias força do anarquismo. In: MALATESTA, E. et al. O anarquismo e a democracia burguesa. 2. ed. São Paulo: Global, 1980. p. 7-34. (Coleção Bases, n. 18).

LIPIANSKY, Marc. A pedagogia libertária. Tradução de Plínio Augusto Coêlho. São Paulo: Imaginário; Ed. da UFAM, 2007.

LUENGO, Josefa. Escola da anarquia. Rio de Janeiro: Achiamé, 1993.

MACHADO, Wilton Rodrigues. Pedagogia libertária: projeto e utopia educacional na sociedade capitalista. Revista Urutágua, Maringá, PR, n. 10, ago./nov. 2004. Disponível em: < http://www.urutagua.uem.br/010/10machado.htm >. Acesso em: 10 out. 2012.

NOVAES, Henrique Tahan. Autogestão como magnífica escola: notas sobre a educação no trabalho associado. Revista e-Curriculum, v. 5, n. 1, p. 1-37, dez. 2009. Disponível em: < http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/download/3250/2168 >. Acesso em: 10 out. 2012.

QUEIROZ, Cristina S. A educação como estética da existência: uma crítica anarquista ao construtivismo. 2002. 156 f. Dissertação (Mestrado em História e Filosofia da Educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2002.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política. 41. ed. São Paulo: Autores Associados, 2009.

UEHARA, Luiza. A presença de La Ruche: experiências anarquistas. Rev. Verve, São Paulo, n. 18, p. 93-107, out. 2010.

VIANA, Nildo. Educação, sociedade e autogestão pedagógica. Rev. Urutágua, Maringá, n. 16, p. 1-9, ago./nov. 2008. Disponível em: < http://www.urutagua.uem.br/016/16viana.htm >. Acesso em: 15 fev. 2013.

WOODCOCK, George. Os grandes escritos anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 1981.

Revista HISTEDBR On-line utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.