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Manifesto dos pioneiros versus manual didático de literaturas estrangeiras: igreja católica frente à revolução escolanovista
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Palavras-chave

Escola Nova. Pensamento Católico. Manifesto dos Pioneiros. Literaturas Estrangeiras

Como Citar

SOARES, Maria Lucia de Amorim; NOGUEIRA, Eliete Jussara; GOMES, Luiz Fernando; PETARNELLA, Leandro. Manifesto dos pioneiros versus manual didático de literaturas estrangeiras: igreja católica frente à revolução escolanovista. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 11, n. 42, p. 133–142, 2012. DOI: 10.20396/rho.v11i42.8639870. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639870. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem como objetivo explicitar, através da análise do Manual Didático de Literaturas Estrangeiras, de autores anônimos, publicado em 1931 pela editora FTD, do Rio de Janeiro, a existência de convicções católicas exasperadas pelo clima espiritual e pelo contexto histórico da época. Essa publicação que atende às diretrizes emanadas do papado, responde às modificações estruturais da Igreja-Estado e reage às discussões dos escolanovistas que, inspirados pela pedagogia ativa da “educação pela ação” do americano John Dewe, lutavam em prol de uma escola publica, gratuita, obrigatória e laica. Por meio desse curioso manual, as escolas católicas do Rio de Janeiro recebiam avaliações polêmicas baseadas no pensamento de direita da Igreja, com advertências sobre a suposta perversidade existente em obras de romancistas, poetas, filósofos, historiadores alemães, ingleses, russos, franceses e portugueses. Os resultados da análise conduzem à afirmação de que o momento no qual estruturas tradicionais convivem e conflitam com novas forças emergentes, (Era Vargas 1930-1934), o acirramento ideológico leva a uma reação daqueles pertencentes à Igreja Católica no âmbito escolar.

https://doi.org/10.20396/rho.v11i42.8639870
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