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Os Congressos Agrícolas do Rio de Janeiro e de Pernambuco e a educação (1878)
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Palavras-chave

História da Educação. Congresso Agrícola do Rio de Janeiro. Congresso Agrícola de Recife

Como Citar

NASCIMENTO, Maria Isabel Moura; NASCIMENTO, Manoel Nelito Matheus. Os Congressos Agrícolas do Rio de Janeiro e de Pernambuco e a educação (1878). Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 13, n. 52, p. 54–74, 2013. DOI: 10.20396/rho.v13i52.8640229. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8640229. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Este artigo apresenta um estudo sobre a educação nos Congressos Agrícolas do Rio de Janeiro e de Pernambuco (1878) realizado com o principal objetivo de examinar como se manifesta a proposta de constituição de escolas nos Congressos Agrícolas. Na segunda metade do século XIX, quando a sociedade brasileira intensificou o debate sobre o fim da escravidão e a iminente crise (falta) de mão-de-obra. A promulgação da Lei do Ventre Livre em 1871 acirrou o debate, levando a classe dominante, composta principalmente de grandes fazendeiros de café, a criar instituições para os primeiros (ingênuos) “libertos”, assim como propôs a criação de asilos e orfanatos de educação agrícola para receber e preparar as crianças para o trabalho.  Os discursos apresentados nos Anais dos dois Congressos Agrícolas revelam que a ensino primário e a instrução agrícola associado muitas vezes às leis coercitivas, eram compreendidos como essenciais para tornar possível a utilização do elemento nacional no serviço agrícola. Consideravam que os ingênuos e demais homens livres deveriam ser “recuperados” para uma vida digna, uma vida de trabalho, por meio da educação.

https://doi.org/10.20396/rho.v13i52.8640229
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