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Infância: desaparecimento ou metamorfose?
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Palavras-chave

Crianças. Adultos. Infância. Escola.

Como Citar

NOGARO, Arnaldo; JUNG, Hildegard Susana; CONTE, Elaine. Infância: desaparecimento ou metamorfose?. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, SP, v. 18, n. 3, p. 745–765, 2018. DOI: 10.20396/rho.v18i3.8652022. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8652022. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O presente artigo dedica-se ao tema da infância. Resulta de pesquisa teórica de natureza qualitativa com o objetivo de problematizar o surgimento do conceito de infância e seu possível desaparecimento ou metamorfose no cenário contemporâneo. Fala-se do aparecimento da infância como um conceito criado a partir da modernidade e que estaria desaparecendo diante das transformações pelas quais passa a sociedade contemporânea. Crianças sempre existiram ao longo da história, no entanto, foram tratadas segundo os modelos sociais e as características de cada sociedade e época. Decorre daí o conceito de infância, que passa a ser interpretado e visto segundo a forma como as crianças são culturalmente percebidas. Refletir sobre a infância torna-se um mecanismo de interação profícuo para discutir a realidade das crianças na atualidade e assim entender qual é o papel da escola em um mundo de significados produzidos nas mediações e articulações sociais. O texto dá visibilidade à discussão da relação tensa entre adulto e criança, autoridade e autonomia, participação e imitação das crianças, que implica experiências com as diferenças entre crianças e adultos na cultura da circularidade digital, retomando e estimulando a construção conjunta no cotidiano escolar.

https://doi.org/10.20396/rho.v18i3.8652022
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