Resumo
Da adversidade vivemos! – assim finalizou o artista Hélio Oiticica, em tom de alerta e revolta, o manifesto de apresentação da exposição Nova Objetividade Brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em abril de 1967. Esta mostra marcou um momento decisivo para a arte brasileira na proposição de um comprometimento político dos artistas e críticos na época. Inserida num conjunto de exposições do período que promoviam um diálogo crítico com a realidade nacional, ela provocou uma reflexão sobre um conceito crítico e operacional de vanguarda. Celebrando seu cinquentenário, este dossiê visa reunir textos que analisem e discutam seu significado ou que tratem do campo da arte e da cultura no Brasil e na América do Sul na segunda metade dos anos 1960. Qual o papel da arte de vanguarda e da contracultura em países sob ditadura? Quais as brechas de uma experimentação artística e de costumes em regimes repressivos e violentos?
Referências
FREIRE, Cristina. Arte conceitual. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
NAVES, R. “Um azar histórico: desencontros entre moderno e contemporâneo”, Novos Estudos – Cebrap, São Paulo, nº 64, novembro de 2002, pp. 5-21.
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