Resumo
Este artigo aborda a passagem de Pedro Escosteguy por Curitiba em 1972, quando o artista, participando do IV Encontro de Arte Moderna, apresentou obras de sua autoria realizadas entre 1967 e 1972. O objetivo central consiste em compreender algumas das alterações no imaginário da arte de vanguarda mobilizadas pela promulgação do AI-5, de dezembro de 1968, evento que institucionalizou a repressão autoritária durante o regime militar. Para tanto, serão analisadas as seguintes obras de Escosteguy apresentadas em Curitiba: o filme Arte pública, a performação da obra Juillet-14 (Liberté) e a instalação pública dos objetos participativos Ar (Arma) e Do amo ao amor.
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