Dança e ritmo em Oiticica
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Palavras-chave

Dança
Arte contemporânea brasileira
Cultura popular
Parangolés
Hélio oiticica

Como Citar

MARINO, Rafael. Dança e ritmo em Oiticica: sobre a ginga de Hélio. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 5, n. 2, p. 374–383, 2021. DOI: 10.20396/modos.v5i2.8664836. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8664836. Acesso em: 6 jul. 2024.

Resumo

Pretendemos, nesta resenha, analisar a exposição Hélio Oiticica: a dança na minha experiência, ocorrida no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP-SP) entre os dias 13 de outubro de 2020 e 22 de novembro de 2020. A exposição em questão, dando centralidade para os Parangolés de Oiticica, propõe uma leitura retrospectiva da obra heliana, cuja finalidade é buscar elementos coreográficos, performáticos e rítmicos, estruturantes dos Parangolés, já nas obras iniciais do artista carioca até as produções de 1979. À vista desta proposição e a partir de uma interpretação do que é exposto, sugerimos que o projeto curatorial: (a) propõe um ponto de vista instigante a respeito da obra do artista carioca, (b) enfrenta e indica respostas ao contraditório processo de consagração cultural e museológica do espólio de Oiticica e (c) constrói uma ligação articulada entre variados núcleos e projetos encontrados na trajetória do artista em questão. Por fim, defendemos que o recorte curatorial de Adriano Pedrosa e Tomás Toledo pode ser lido como uma resposta, intencional ou não, ao ensaio, de Michael Asbury, “O Hélio não tinha ginga”, e oferece uma abertura para pensarmos criticamente a relação do artista visual carioca com as culturas e artes populares e afro-brasileiras. 

https://doi.org/10.20396/modos.v5i2.8664836
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Referências

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