Principio Potosí
PDF

Palavras-chave

Ecologia
História das exposições
Diabo
Filosofia da imagem
Mineração

Como Citar

PROENÇA, Luiza. Principio Potosí: advogando pelo diabo. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 168–191, 2023. DOI: 10.20396/modos.v7i1.8670528. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8670528. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

A produção e circulação de imagens foram cúmplices na imposição do capitalismo de modo a dificultar que a crise ecológica global atual seja visualizada. Este artigo investiga formas de contravisualidade e resistência no campo transcultural da arte. Está focado na exposição Principio Potosí: ¿Cómo podemos cantar el canto del Señor en tierra ajena? [Princípio Potosí: como podemos cantar a canção do Senhor em terra estranha?], realizada entre 2010-2011 em diferentes instituições de três países da Europa e América do Sul. Conduzido pela figura do diabo e suas diversas expressões, o texto aborda a exposição em termos da multiplicidade de perspectivas apresentadas e do exercício herético necessário para dissolver a violência potencial implícita nas manifestações e instituições artísticas. Nesses termos, a contravisualidade se desdobra em práticas de contrafeitiçaria anticapitalista.

https://doi.org/10.20396/modos.v7i1.8670528
PDF

Referências

ARÁOZ, H. M. Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade. São Paulo: Elefante, 2020.

ARNOLD, D. Y. Wa’kas, objetos poderosos y la personificación de lo material en los Andes meridionales: Pugnas de exégesis sobre la economía religiosa según las experiencias del género. In: BUGALLO, L.; VILCA, M. (Eds.). Wa’kas, diablos y muertos: Alteridades significantes en el mundo andino. San Salvador de Jujuy: Universidade de Jujuy, 2016.

ASBI, P. Los ministros del diablo: el trabajo y sus representaciones en las minas de Potosí. La Paz: Instituto de Investigación para el Desarrollo; Embajada de Francia en Bolivia; Instituto Francés de Estudios Andinos; Fundación PIEB, 2005.

CREISCHER, A.; HINDERER, M.J.; SIEKMANN, A. (Orgs.). Principio Potosí: ¿Cómo podemos cantar al canto del Señor en tierra ajena? La economía global y la producción colonial de imágenes (cat.). Madri: MNCARS, 2010.

CREISCHER, A.; SIEKMANN, A. (Eds.). Potosí Principle Archive. Volume 1-4. Colônia: Walther König, 2022.

CRIALES, J. V. El Museo Nacional de Etnografía y Folklore (MUSEF) da Bolívia: Historia, esfuerzos y desafios. In: NOACK, K. et al (Orgs.) Global Turns: descolonizacion y museos. La Paz: Plural Editores, 2020.

CUSICANQUI, S. R. Principio Potosí Reverso. Madri: MNCARS, 2010.

CUSICANQUI, S. R. Un mundo ch' ixi es posible. Ensayos desde un presente en crisis. Buenos Aires: Tinta Limón, 2018.

DE LA CADENA, M. Cosmopolítica indígena nos Andes: reflexões conceituais para além da política. Maloca, Revista de Estudos Indígenas, v. 2, p. 1-37, 2019.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia. São Paulo: Editora 34, 1992.

CIHABAPAI; ETCÉTERA.... Errar de Deus/Petição ao Papa Francisco pela abolição final do inferno. In: ENGUITA MAYO, N. e BELTRÁN, E. (Orgs.). Como (...) coisas que não existem. Catálogo da 31ª Bienal de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2014, p.179.

ESPEJO AYCA, E. Yanak Uywaña: la crianza mutua de las artes. La Paz: PCB, 2022.

ESPEJO, E; PROENÇA, L. Por una conversa mútua. Concreta, n. 16, p. 31-41, outono de 2020.

FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante: 2017.

GALEANO, E. As veias abertas da América Latina. Porto Alegre: L&PM, 1970.

GUIMARÃES ROSA, J. Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

GISBERT, T.; MESA, A.E. Los grabados, el “juicio final” y la idolatria andina en el mundo andino. In: Entre cielos e infiernos: memoria del V Encuentro Internacional sobre Barroco. La Paz: Fundación Visión Cultural, 2010, p.17-42.

GONZÁLEZ, R. Colonialismo, modernidad, arte… Princípio Potosí. Cambio, La Paz, ano 2, n.61, p.4-5, 2011.

HARAWAY. D. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom – Vulnerabilidade, Campinas, ano 3, n. 5, p.139-146, 2016.

KLEIN, N. A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo do desastre. Lisboa: SmartBook, 2009.

MARTINS, J. S. A aparição do demônio na fábrica, no meio da produção. Tempo Social, São Paulo, v. 5, n.1-2, p. 1-29, 1993.

MIRZOEFF, N. Visualizing the Anthropocene. Public Culture, Durham, v. 26, n.2, p. 213-232, 2014.

PIGNARRE, P.; STENGERS, I. Capitalist Sorcery: Breaking the Spell. London: Palgrave Macmillan, 2011.

PRECIADO, P. La izquierda bajo la piel: um prólogo para Suely Rolnik. In: ROLNIK, S. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 edições, 2018, p.11-21.

ROBINSON, D. Hungry Listening: Resonant Theory for Indigenous Sound Studies. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2020.

ROLNIK, S. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 edições, 2018.

STENGERS, I. Reativar o animismo. Belo Horizonte: Chão de Feira, 2017. [Caderno de Leituras 62].

TAUSSIG, M. O diabo e o fetichismo da mercadoria na América do Sul. São Paulo: Unesp, 2010.

TAUSSIG, M. Xamanismo, colonialismo, e o homem selvagem: um estudo sobre terror e da cura. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Luiza Proença

Downloads

Não há dados estatísticos.