Lygia Pape, professora
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Palavras-chave

Lygia Pape
Arte brasileira
Feminismos
Práticas pedagógicas
Práticas artísticas

Como Citar

SOMMER, Michelle Farias. Lygia Pape, professora: práticas pedagógicas como práticas artísticas. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 2, p. 468–489, 2023. DOI: 10.20396/modos.v7i2.8671367. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8671367. Acesso em: 3 maio. 2024.

Resumo

O texto traça anotações sobre as realizações docentes da artista Lygia Pape (1927-2004) ocorridas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM Rio (1969-1971); Faculdade de Arquitetura Santa Úrsula (1972-1985); Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV (1976-1977) e Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ (1981-1999). Definindo-se como “intrinsecamente anarquista”, suas práticas pedagógicas “anti-aulas” seguem a mesma direção: reivindicavam liberdade irrestrita para a criação e pautavam-se no descondicionamento do ensino em direção às entradas em estados de invenção. Nesse contexto, o projeto “TEIA” - desenvolvido com alunos, na floresta da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no final da década de 1970 - é trazido para o debate a fim de explorar experimentos sobre formas não lineares de participação, colaboração e ação coletiva.  No fundamento de ‘TEIAR’ e ‘o novo princípio de deslocar-se para cima, para baixo, para um lado ou para o outro: sem prejuízo de um só ponto de vista’ está um ponto de partida para modos de criação conjunta no radical experimental convergente entre prática artística e prática pedagógica em Lygia Pape.  O texto explora, à luz dos levantes contemporâneos, a hipótese de um viés feminista presente nas diretrizes educacionais da artista que contribui para a reconfiguração das fontes e conceitos do que hoje debatemos como perspectivas feministas latino-americanas.

https://doi.org/10.20396/modos.v7i2.8671367
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