A galeria 512 do MoMA
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Palavras-chave

Coleção
MoMA
Mal de arquivo
Neoconcretismo
Museu imaginário

Como Citar

GONÇALVES, Yacy-Ara Froner; GONTIJO, Bruno Henrique Fernandes. A galeria 512 do MoMA: deslocamentos artísticos e a perpetuação de uma narrativa. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 3, p. 709–737, 2023. DOI: 10.20396/modos.v7i3.8673200. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8673200. Acesso em: 11 maio. 2024.

Resumo

O presente artigo pretende discutir o processo de formação de discursos e construção de narrativas no âmbito de projetos expográficos museais voltados aos movimentos de arte latino-americanos. Essa análise será realizada à luz do que Jacques Derrida (1930-2004) denominou de “mal de arquivo” (1995), em diálogo com o conceito de imaginação curatorial, conforme pensado por André Malraux (1901-1976) em Le Musée Imaginaire, de 1947. O referencial teórico concernente às noções de coleções e colecionismo será obtido a partir do texto “O Colecionador”, de Walter Benjamin (2009). Por meio da interlocução com esses autores e através de uma reflexão autoral, o texto propõe uma análise da Galeria 512, atualmente em exposição no The Museum of Modern Art (MoMA), em Nova Iorque, questionando e revendo a narrativa reiterada que conecta os artistas concretos latino-americanos a Piet Mondrian (1872-1944), por meio do descolamento dos conceitos pré-concebidos.

https://doi.org/10.20396/modos.v7i3.8673200
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