A graciosa inconstância das formas (da arte) nos quipos de Cecilia Vicuña
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Palavras-chave

Quipo
Vínculo
Têxtil
Instalação
Precariedade

Como Citar

OLIVEIRA, Natália Rezende. A graciosa inconstância das formas (da arte) nos quipos de Cecilia Vicuña. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 8, n. 1, p. 27–52, 2024. DOI: 10.20396/modos.v8i1.8674326. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8674326. Acesso em: 28 abr. 2024.

Resumo

A partir de uma análise do contexto de produção da instalação Sonoran Quipu (2023), da artista chilena Cecilia Vicuña, estuda-se o quipo (quipu, na grafia em espanhol, ou khipu, em aimará-quéchua), dispositivo mnemônico utilizado por civilizações pré-colombianas, como um modelo plástico e conceitual de vínculo. A argumentação entretece a categoria de Arte Precario, cunhada pela artista em meados dos anos 1970, com a concepção do quipo como expressão de espaço-tempo, defendida por Carolina Díaz (2018), e os escritos do antropólogo britânico Tim Ingold (2012; 2015) acerca da malha (meshwork). Em sua irregularidade e inconstância formal, o vínculo do quipo evoca os temas da arte processual e colaborativa, servindo como uma proposição conceitual às perspectivas futuras da arte contemporânea.

https://doi.org/10.20396/modos.v8i1.8674326
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