O vitral como acervo a céu aberto ou incorporado aos espaços internos dos museus
PDF

Palavras-chave

Vitral
Museu
Arquitetura
Curadoria
Exposição

Como Citar

MELLO, Regina Lara Silveira; ALMEIDA, Teresa. O vitral como acervo a céu aberto ou incorporado aos espaços internos dos museus. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 8, n. 1, p. 371–394, 2024. DOI: 10.20396/modos.v8i1.8674702. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8674702. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

O artigo apresenta reflexões sobre o vitral exposto como objeto no interior de museus, distante de sua aplicação original na arquitetura. Em visitas a igrejas e edifícios civis, observações registradas em fichas técnicas e fotos, foram percebidas diferenças curatoriais geradas pelo deslocamento dos vitrais para o interior dos museus, expostos como coleções privadas, demonstrações técnicas de criação e restauro ou pensados como pinturas de luz, painéis de vidro retro iluminados criados especialmente para o espaço interno. Nas imensas catedrais europeias ou na igreja matriz de muitas cidades do interior de São Paulo, o conjunto de vitrais apresenta coerência temática configurada em simbologia tradicional, como alegorias contando a vida de santos ou milagres. Em locais civis como mercados, teatros e escolas, o vitral reafirma a função do edifício, o público percebe a temática exposta, numa curadoria que envolve vitral e arquitetura. Museus do vitral, criados a partir da década de 1970, ampliam as possibilidades criativas, resgatam e valorizam esta preciosa arte em vias de extinção.

https://doi.org/10.20396/modos.v8i1.8674702
PDF

Referências

ALMEIDA, T. A Study of the Contemporary Portuguese Stained Glass: Artists and Works. International Journal of Architecture, Arts and Applications, v.7, n.2, 2021, p.24-32.

ALMEIDA, T.; LOCHOREY, E. Stained Glass Workshop Heritage in Portugal with more than 100 Years. International Journal of Art and Art History, Madison, v. 9, n. 1, jun. 2021, p. 1-12.

ALMEIDA, T. A pintura transparente de João Aquino Antunes. Revista GAMA, Estudos Artísticos, Lisboa, v. 9, n.18, jul./dez. 2021, p.176-185.

ALMEIDA, T. O vidro como material Plástico: transparência, luz, cor e expressão. 2011.Tese (Doutorado em Estudos Artísticos) - Universidade de Aveiro, Aveiro, 2008.

ALMEIDA, T.; MELLO, R. The creative process of applying grisaille in stained glass. Anais do GLASSAC 2017 – Glass Science in Art and Conservation. Lisboa, Jun de 2017.

ALVES, O. L.T.; GIMENEZ, I. de F.; MAZALI, I. O. Vidros. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, São Paulo, n.2, edição especial, p.13-24, maio 2001. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/cadernos/02/vidros.pdf. Acesso em: 22 jul.2023.

BROWN, S.; O’ CONNOR, D. Glass-Painters. London: British Museum Press, 1991.

COSTA, L. T.; HIRAO, Y.V.; ZAHER, E. H. Ilustrações no vitral do Museu do Instituto de Botânica de São Paulo. Cadernos de História da Ciência, São Paulo, v. 12, n. 1, 2016, p. 186–208. DOI: 10.47692/cadhistcienc. 2016.v12.33862. Disponível em: https://periodicos.saude.sp.gov.br/cadernos/article/view/33862. Acesso em: 27 jul. 2023.

CRDP de l’academie de Versailles. Louvre-Lens. Coleção Point de Rencontre, 2013.

CUMMINGS, K. A history of glassforming. London: A&C Black Publishers, 2002.

ECO, U. Arte e beleza na estética medieval. São Paulo: Record, 2010.

HERO, A. Elaboracion y trabajo del vidrio. Barcelona: Editorial Osso, 1948.

JOPPIEN, R. Tiffany in Europe. The View from Abroad. In: JOHNSON, M. A. (ed.). Louis Comfort Tiffany. Artist for the ages. New York: Scala Publishers, 2005, p.9-25, 2005.

MALTA, M. Ora pois! Notícias da coleção Ferreira das Neves em Lisboa. In: SEMINÁRIO DO MUSEU D. JOÃO VI, 9., 2018. Anais eletrônicos... Rio de Janeiro: Nau, p. 70-84, 2019. Disponível em: https://entresseculos.files.wordpress.com/2019/06/anais-ix-seminario_eba_cap_5.pdf. Acesso em: 27 jul. 2023.

MACHADO, C.; MACHADO, A.; PALOMAR, T.; VILARIGUES, M. Grisaille in historical written sources. J Glass Stud, Lisboa, v.61, p. 71-86, 2019.

MELLO, R. L. S. Casa Conrado: cem anos do vitral brasileiro.1996. Dissertação (Mestrado em Artes) - Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas,1996.

MICHELOTTI, D. Arte em vitrais: a salvaguarda, a extroversão e a sociomuseologia. Dissertação (Mestrado em museologia) - Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2011.

NEW major acquisition by contemporary artist Kehinde Wiley. In: STAINED GLASS MUSEUM, 17 mai. 2021. Disponível em: https://stainedglassmuseum.com/news.php?id=23 . Acesso em: 15 jul. 2023.

PORCELLI, J. Stained Glass: jewels of light. New York: Friedman-Fairfax Publishers, 1998.

STOKSTAD, M. Art History. New York: Harry N. Abrams Publishers, 1995.

TREVISAN, A. O rosto de Cristo: a formação do imaginário e da arte cristã. Porto Alegre: Editora AGE, 2003.

VILARIGUES, M. Vitrais e Vidros, um gosto de D. Fernando II / Stained Glass and Glass Objects, Ferdinand II's passion. Edição bi-lingue. Sintra: Parque de Sintra Monte da Lua S.A., 2011.

VITORINO, M. A luz voltou a mais antiga oficina de vitrais. Jornal de Notícias, Porto, p.18, 19 out. 2008.

VITRAL nos Emirados Árabes. Arquipelagos. Disponível em: https://www.arquipelagos.pt/imagem/vitral-gotico-de-catedral-francesa-1250-c-louvre-abu-dhabi-emirados-arabes-unidos/. Acesso em: 15 jul, 2023.

WERTHEIMER, M. G. Estudo do patrimônio de vitrais em Porto Alegre: Casa Genta e Veit. Porto Alegre: Ed. da Autora, 2023.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Regina Lara Silveira Mello, Teresa Almeida

Downloads

Não há dados estatísticos.