Palavras-chave
Artes indígenas
Plumária
Exposições.
Como Citar
Resumo
O artigo se debruça sobre exposições temporárias que focalizaram as artes indígenas no Brasil, evidenciando-se os seus objetivos e implicações conceituais. O fio condutor que permite desvendar os propósitos das exposições “Arte Plumária do Brasil” e “Artes Indígenas” se conecta aos povos indígenas e às suas artes, em especial as que estão inseridas em uma categoria artesanal icônica – a plumária - que revela singulares procedimentos técnicos e estéticos e que também permitem reformular questões éticas e identitárias.
Referências
ALMEIDA, M. R. C. Os índios aldeados no Rio de Janeiro colonial. Novos súditos cristãos do Império português. Tese (doutorado em Antropologia)-Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, UNICAMP, Campinas, 2000.
AGUILAR, N. (org) Artes Indígenas. Mostra do Redescobrimento. In: AGUILAR, N. (org.). Mostra do Redescobrimento: artes indígenas. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000.
ANTENORE, A. Somos tupinambás, queremos o manto de volta. Folha de São Paulo, São Paulo, Ilustrada, 01 de junho de 2000. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0106200006.htm. Acesso em: abr. 2024.
BELLUZZO, A. M. A lógica das imagens e os habitantes do Novo Mundo. In: GRUPIONI, L.D.B. (org.). Índios no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1992, p. 47-58.
CAPUCHINHO, C. A volta do manto tupinambá: como indígenas da Bahia retomaram peça sagrada que só era vista na Europa 2021. Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/10/15/. Acesso em: abr. 2024.
CARDOSO DE OLIVEIRA, L. R.; GROSSI, M. A ABA e as pesquisas sobre o patrimônio cultural. In: LIMA FILHO, M. F.; ECKERT, C.; BELTRÃO, J. F. (orgs.). Antropologia e patrimônio cultural: diálogos e desafios contemporâneos. Blumenau: Nova Letra, 2007, p. 7-10.
CAVERSAN, L. Arte e história atraíram visitante da mostra. Folha de São Paulo, São Paulo, Ilustrada, 11 maio de 2000.
CAVERSAN, L. Carta de Caminha e manto são preferidos no Redescobrimento. Folha de São Paulo, São Paulo, Ilustrada, 11 maio 2000a.
COLI, J. Arte indígena é ponto alto de bienal morna e sem coerência. Folha de São Paulo, São Paulo, 2 dez. 2021.
CURY, M. X.; VASCONCELOS, C. de M. Introdução – Questões indígenas e museus. In: CURY, M. X.; VASCONCELLOS, C. M. ORTIZ, J., MONTERO, J. (coords.). Questões indígenas e museus: debates e possibilidades. Brodowski: ACAM Portinari/MAE-USP/SEC, 2012, p. 17-19.
DAVALLON, J. L´exposition à l´oeuvre. Paris: L´Harmattan, 1999.
DORTA, S. F. Coleções Etnográficas: 1650-1955. In: CUNHA, M.M.C. (coord.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras/ Secr. Mun. de Cultura/FAPESP, 1992, p.381-396.
DORTA, S. F., CURY, M. X. A plumária indígena brasileira no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. São Paulo: EDUSP-MAE/ Imp. Ofic. Do estado de São Paulo, 2000.
DORTA, S. F.; VELTHEM, L. H. van. Introdução Brasil. Fundação Nacional Pró-Memória Arte Plumária. Catálogo. Brasília, 1980.
DUE, B. Artefatos brasileiros no Kunstkammer Real. In: BERLOWICZ, B.; DUE, B.; PENTZ, P.; WAEHLE, E. (eds.). Albert Eckhout volta ao Brasil 1644-2002. Copenhagen: Nationalmuseet. 2002, p. 186-195.
FAUSTO, C. Fragmentos de história e cultura Tupinambá. Da etnologia como instrumento crítico de conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, M.M.C. (coord.). História dos índios no Brasil. São Paulo: Cia das Letras/ Secr. Mun. de Cultura/FAPESP, 1992, p. 381-396.
FAUSTO, C. Os índios antes do Brasil. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 2000.
FEREIRA, J. P.; KUKAWKA, K. Restituer le patrimoine. État des lieux et propositions pour une action concertée en Guyane. In: MAM LAM FOUCK, S.; HIDAIR, S. (eds.). La question du patrimoine en Guyane. Matoury: Ibis Rouge Editions, 2011, p. 123-136.
FERREIRA, E. C. Apresentação. In: Aguilar, N. (org.). Mostra do Redescobrimento: artes indígenas. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000, p. 28-31.
FERNANDES, F. A organização social dos Tupinambá. São Paulo: Hucitec/UNB, 1989.
FREIRE, J. R. B. A descoberta dos museus pelos índios. Cadernos de Etnomuseologia, Rio de Janeiro, n. 1, p 9-36,1998.
GALLOIS, D. T. Patrimoines indigènes: de la culture “autre” à la culture “pour soi”. In: THYS, M. (org.). Índios no Brasil. Bruxelas: Ludion/Europalia, 2011, p 29-46.
GOLDSTEIN, I. S. Arte indígena como conexão. In: TERENA, N. (org.). Véxoa: Nós sabemos. Catálogo de exposição. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2020.
GOLDSTEIN, I. S. Imagens, objetos e seus olhares: uma introdução às artes indígenas. In: MACHADO, A. R., MACEDO, V. (orgs.). Povos indígenas entre olhares. São Paulo: Edições SESC, Ed. UNIFESP, 2022, p. 129-188.
GRUPIONI, L. D. B. As sociedades indígenas no Brasil através de uma exposição integrada. In: GRUPIONI, L.D.B. (org.). Índios no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1992, p. 13-28.
GRUPIONI, L. D. B. Inventário dos artefatos e obras da exposição “Indios no Brasil: alteridade, diversidade e diálogo cultural”. In: GRUPIONI, L.D.B. (org.). Índios no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura, 1992a, p.233-273.
HAMÚ DE LA PENHA, D. O papel dos museus antropológicos no Brasil. Ciências em Museus, n.4, p.51-61, 1992.
KARP, I.; LAVINE, S. (eds.). Exhibiting cultures. The poetics and politics of museum display. Washington: Smithsonian Institution Press, 1991.
LAVINE, S. Museum practices. In: KARP, I.; LAVINE, S. (eds.). Exhibiting cultures. The poetics and politics of museum display. Smithsonian Institution Press, Washington, 1991.
LIMA, E. C.; COELHO DE SOUZA, M. Apresentação. In: LIMA, E. C.; COELHO DE SOUZA, M. (orgs.). Conhecimento e cultura: práticas de transformação no mundo indígena. Brasília: Athalaia, 2010, p. 7-13.
LOPEZ GARCÉS, C, FRANÇOSO, M.; BOREKHOVEN, L van; KAA´POR, V. Conversações desassossegadas: diálogos sobre coleções etnográficas com o povo indígena Kaa´por. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 12, n. 3, 2017, p. 51-66.
MAGALHÃES, A. Prefácio. Brasil. Fundação Nacional Pró-Memória Arte Plumária. Catálogo. Brasília, 1980.
MENESES, U. B. de. Introdução. Arte Plumária do Brasil. Catálogo. 17ªBienal de São Paulo. São Paulo, 1983, p.7-8.
MÉTRAUX, A. A propos de deux objets tupinambá du musèe d’ethnographie du Trocadéro. Bull. Mus. D’ethnographie du Trocadéro, n.2, 1932, p. 3-18.
MULLER, R.P. As artes indígenas na Mostra do Redescobrimento: povos artistas e contemporaneidade. Rua, Campinas, n.7, 2001, p. 143-151.
NIMUENDAJÚ, C. Mapa etno-histórico. Rio de Janeiro: IBGE. 1981.
OLIVEIRA, J. P. A problemática dos “índios misturados” e os limites dos estudos americanistas: um encontro entre antropologia e história. In: Ensaios em antropologia histórica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1999, p. 99-123.
SHAPIRO, R.; HEINICH, N. Quando há artificação? Revista Sociedade e Estado, v.28, n. 1, p.14-28, jan./abr. 2013.
SOUZA, T. M. d. Arte Plumario de Brasil: Trayectorias de plumas y personas enmarañadas. Kaypunku Revista de Estudios Interdisciplinarios de Arte y Cultura, v.4, n.1, 2019, p.311-364.
TERENA DE JESUS, N. Véxoa nós sabemos. São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2020.
VELTHEM, L. H. van. Os primeiros tempos e os tempos atuais: artes e estéticas indígenas. Artes Indígenas. São Paulo: Associação Brasil 500 Anos Artes Visuais, 2000, p. 58-91.
VELTHEM, L. H. van. “Objets de mémoire”: indiens, collections et musées au Brésil. In: Les arts premiers. Arquivos do Centro Cultural Calouste Gulbenkian, Lisboa- Paris, V. XLV, 2003, p. 133-147.
VELTHEM, L. H. van. O objeto etnográfico é irredutível? Pistas sobre novos sentidos e análises. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 7, n. 1, 2012, p. 51-66.
VELTHEM, L. H. van. Patrimônios culturais indígenas. In: SCHLEE, A. R. (org.). Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 35, 2017, p.227-243.
VELTHEM, L. H. van; KUKAWKA, K.; JOANNY, L. Museus, coleções etnográficas e a busca do diálogo intercultural. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, v. 12, n. 3, 2017, p.735-748.
VELTHEM, L. H. van. Museus, coleções e “objetos raros e singulares. In: VIEIRA, A.C. D.; CURY, M. (orgs.). Culturas indígenas no Brasil e a Coleção Harald Schultz. São Paulo: Edições SESC São Paulo, 2021.
VELTHEM, L. H. van; CANDOTTI, E. Marcas na Amazônia. Coleções, exposições e museus. In: GALÚCIO, A.V.; PRUDENTE, A.L. (orgs.). Museu Goeldi. 150 Anos de Ciência na Amazônia. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 2019, p. 299-314.
VÉXOA: Nós Sabemos. Catálogo São Paulo: Pinacoteca do Estado, 2020.
VIEGAS, S. de M. Tupinambá de Olivença. A luta pela terra. In: Povos Indígenas no Brasil 2001-2005. São Paulo: Instituto Socioambiental, 2006, p. 764-766.
VIEIRA, M. A. do N. Dja Guata Porã: o rio indígena que desaguou no MAR. Horizonte Antropologico, Porto Alegre, ano 25, n. 53, 2019, p. 227-256.
VIVEIROS DE CASTRO, E. O mármore e a murta: sobre a inconstância da alma selvagem. In:____. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia. São Paulo: Cosac Naif, 2002, p. 181-264.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Lucia Hussak van Velthem
Downloads
