Abstratos e realistas
PDF

Palavras-chave

Abstração. Realismo. América Latina. Fundação. Vazio.

Como Citar

GIORGI, Artur de Vargas. Abstratos e realistas: A América Latina e o vazio fundacional. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 4, n. 2, p. 208–230, 2020. DOI: 10.24978/mod.v4i2.4371. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8662848. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este ensaio retoma a diferenciação entre as colonizações espanhola e portuguesa, proposta por Sérgio Buarque de Holanda em Raízes do Brasil, para pensar as matrizes respectivamente abstratas e realistas que orientariam a produção de imagens de próceres da independência de nações latino-americanas. A leitura contrastiva de diferentes retratos permite uma análise nuançada desses véus, abstrações e representações, que afinal encobririam o vazio de nossas fundações sociais como um trompe l’oeil.

https://doi.org/10.24978/mod.v4i2.4371
PDF

Referências

AMARAL, A. Artes plásticas na semana de 22. 5 ed. São Paulo: Editora 34, 1998.

ANTELO, R. O objecto textual de Clarice. Revista Iberoamericana, vol. LXXX, n. 246, p. 255-279, enero-marzo 2014.

______. Algaravia: discursos de nação [1998]. 2 ed. Florianópolis: Edufsc, 2010.

______. Archifilologías latinoamericanas. Lecturas tras el agotamiento. Villa María: Eduvim, 2015.

CARVALHO, A. M. F. M. de. Mestre Valentim. São Paulo: Cosac & Naify, 1999.

CHIARELLI, T. A repetição diferente: aspectos da arte no Brasil entre os séculos XX e XIX. Crítica Cultural, vol. 4, n. 2, p. 125-161, 2009.

CHICANGANA-BAYONA, Y. A. Imagens, conceitos e cultura política: a pintura sobre a independência da Colômbia na primeira metade do século XIX. Tempo, vol. 17, n. 31, p.145-176, 2011.

COCCHIARALE, F.; GEIGER, A. B. (org.). Abstracionismo; geométrico e informal: a vanguarda brasileira nos anos cinquenta. Rio de Janeiro: FUNARTE, Instituto Nacional de Artes Plásticas, 1987 (Coleção Temas e Debates, 5).

COSTA, L. M. ¿Verdad o belleza? Pintura, fotografía, memoria, historia. Crítica Cultural, vol. 4, n. 2, p. 111-123, 2009.

DEBRET, J. Voyage pittoresque et historique au Brésil. Vol. III. Paris: Firmin Didot Frères, Imprimeurs de L’Institute de France, 1839.

DIAS, E. A representação da realeza no Brasil: uma análise dos retratos de D. João VI e D. Pedro I, de Jean-Baptiste Debret. Anais do Museu Paulista, vol.14, n.1, p. 243-261, 2006.

DIDI-HUBERMAN, G. Olhos livres da história. Ícone, Recife, v. 16, n. 2, p.161-172, 2018.

DYM, J. Actas de independencia: de la Capitanía General de Guatemala a la República Federal de Centroamérica. In: PALACIOS, M. Las independencias hispanoamericanas. Interpretaciones 200 años después. Bogotá: Norma, 2009, p. 339-366.

GARCÍA, M. A. El arte abstracto: intercambios culturales entre Argentina y Brasil. 1 ed. Buenos Aires: Siglo Veintiuno Editores, 2011 (Arte y pensamiento).

GIUNTA, A.; COSTA, L. M. (org.). Arte de posguerra: Jorge Romero Brest y la revista Ver y Estimar. Buenos Aires: Paidós, 2005.

GIUNTA, A. Vanguardia, internacionalismo y política: arte argentino en los años sesenta. Buenos Aires: Siglo XXI Edit. Argentina, 2008.

GUERRERO, L. J. Escenas de la vida estética [Mendoza, 1949]. Actas del Primer Congreso Nacional de Filosofía. Universidad Nacional de Cuyo, Buenos Aires, 1950, tomo I, p. 221-241.

HERRERA, M. J.; MARCHESI, M. Exposiciones de arte argentino 1956-2006: la confluencia de historiadores, curadores e instituciones en la escritura de la historia. Buenos Aires: Asociación Amigos del Museo Nacional de Bellas Artes, 2009.

HOLANDA, S. B. de. Raízes do Brasil [1936]. 26 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

KANDINSKY, W. Arte concreta. Dom Casmurro, Rio de Janeiro, ano 3, p. 02, 14 jan. 1939.

KNAUSS, P. (org.). O retrato do rei dom João VI: 200 anos da aclamação de dom João VI como rei de Portugal, Brasil e Algarves. Catálogo. Textos de António M. Trigueiros, Patricia D. Telles. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional; Artepadilla, 2019.

KOJÈVE, A. Las pinturas concretas de Kandinsky [1936]. In: Kandinsky. Traducción: Yago Barja de Quiroga. Madrid: Abada Editores, 2007, p. 09-61.

LACLAU, E. La razón populista. Traducción: Soledad Laclau. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2005.

LISPECTOR, C. Água viva [1973]. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

McFARLANE, A. La caída de la monarquía española y la independencia hispanoamericana. In: PALACIOS, Marco. Las independencias hispanoamericanas. Interpretaciones 200 años después. Bogotá: Norma, 2009, p. 31-59.

PEDROSA, M. Da missão francesa – seus obstáculos políticos. In: Acadêmicos e Modernos: textos escolhidos III. Otília Arantes (org.). São Paulo: Edusp, 1998, p. 41-114.

______. Rivalidade luso-francesa na iconografia imperial. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, caderno 3, p. 1-6, 15 dez. 1957.

PESSOA, A.; PEREIRA, M.; KOPPKE, K. (orgs.). Gosto neoclássico: atores e práticas artísticas no Brasil no século XIX. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018.

RODRÍGUEZ NÓBREGA, J. La pintura venezolana de finales del siglo XVIII y principios del XIX. Lenguajes en tránsito. Atrio. Revista de Historia del Arte, n. 25, p. 148-169, 2019.

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

TOSCANO, S. Juan Cordero y la pintura mexicana en el siglo XIX. Monterrey: Universidad de Nuevo León, 1946.

TOVAR, F. G. El arte colombiano. 3 ed. Bogotá: Plaza & Janes, 2002.

VIÑUALES, R. G. Construyendo las identidades nacionales. Próceres e imaginario histórico en Sudamérica (siglo XIX). In: CHUST, M.; MÍNGUEZ, V. (Eds.). La construcción del héroe en España y México (1789-1847). València: Universitat de València, 2003, p. 281-306.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 MODOS

Downloads

Não há dados estatísticos.