Incertezas emergentes
PDF

Palavras-chave

Arte
Antropoceno
Ecologia
Mudanças climáticas

Como Citar

MELO FILHO, Cláudio de. Incertezas emergentes: arte, ecologia e mudanças climáticas no tempo do antropoceno. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 141–166, 2023. DOI: 10.20396/modos.v7i1.8670574. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8670574. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

As mudanças climáticas são um dos principais desafios de nosso tempo, responsáveis por trazer à tona inúmeras relações desestabilizadoras com o mundo. Tendo como ponto de partida este campo problemático, este artigo estabelece uma dinâmica de pensamento que entrelaça conceitos de áreas como as artes e a ecologia com o objetivo de criar uma força potencial de ação em conjunto para enfrentar os desafios do regime climático no qual estamos. O jogo de palavras “incerteza e emergência” é o eixo norteador das reflexões no qual se discute as relações possíveis em arte e ecologia de engajamento ambiental sob uma perspectiva histórica. Dois movimentos metodológicos foram necessários: um recuo na história do movimento ecológico e sua relação com as práticas artísticas da década de 1970, e as possibilidades contemporâneas de colaboração entre arte, tecnologia e ecologia.

https://doi.org/10.20396/modos.v7i1.8670574
PDF

Referências

ALBERT, S. et al. Interactions between sea-level rise and wave exposure on reef island dynamics in the Solomon Islands. Environmental Research Letters, Londres, v.11, p.02-10, 2016.

ASCOTT, R. Quando a onça se deita com a ovelha: a arte com mídias úmidas e a cultura pós-biológica. In: DOMINGUES, D. (Org.). Arte e vida no século XXI: tecnologia, ciência e criatividade. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

BRAIDOTTI, R. Posthuman knowledge. Cambridge: Polity Press, 2019.

BAIO, C. Imaginários pós-antropocêntricos: reconfigurações das relações entre arte, natureza e tecnologia. In: ENCONTRO DA ANPAP. Dispersões. 29., 2020, Goiânia. Anais eletrônicos... Goiânia: ANPAP/UFG, 2020.

BAIO, C. Da ilusão especular à performatividade das imagens. Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 49(57), 80-102. https://doi.org/10.11606/issn.2316- 7114.sig.2022.183203, 2022.

BAIO, C.; SOLOMON, L. H. G. An Argument for an Ecosystemic AI: Articulating Connections across Prehuman and Posthuman Intelligences. Journal of Community Well-Being, n.3, p. 559–584, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s42413-020- 00092-5. Acesso em: 27 jul. 2022

BECK, U. Risk Society. Towards a New Modernity. London: Sage Publications, 1998.

BIJOVOET, M. Helen Mayer Harrison and Newton Harrison: the Ecological Argument. In: Art as Inquiry: Toward New Collaborations Between Art, Science and Technology. New York: Peter Lang Publishing, 1997.

CASTRO, B. II. Mulheres fazem arte (com dados): Mesa redonda com Doris Kosminsky e Bárbara Castro. Rio de Janeiro: Data + Women Latam, 2021. Vídeo. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=8j6nGmCvhgs&t=2733s>. Acesso em: 27 jun. 2022.

COSTA, A. Por uma verdade capaz de imprever o fim do mundo. Revista COLETIVA, Dossiê Emergência climática, n.27, p.01-10, 2020.

CLIMATE change: Ade on the frontline. Direção: Bootle & McFarland. Produção de Oliver Bootle et.al. Inglaterra: BBC, 2021. Vídeo (59 min)

DUNLAP, R.; BRULLE, R. Climate change and Society. Sociological Perspectives. New York: Oxford University Press, 2015.

DOOREN, T. van; KIRKSEY, E.; MÜNSTER, U. Estudos multiespécies: cultivando artes de atentividade. Trad. Susana Oliveira Dias. ClimaCom – Incertezas [online], Campinas, ano. 3, n. 7, p.39-66, 2016.

FERREIRA, L. C. O desafio das mudanças climáticas. Os casos Brasil e China. São Paulo: Ed. Paco/FAPESP. 2017

FERREIRA, L. C. The Sociology of Environmental Issues: theoretical and empirical investigations. Curitiba: Editora CRV, 2018.

GORZ, A. Ecológica. São Paulo: Ed. Annablume, 2010.

HARAWAY, D. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. Trad. Susana Dias, Mara Verônica e Ana Godoy. ClimaCom – Vulnerabilidade [online], Campinas, ano 3, n. 5, n.p., 2016. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/antropoceno-capitaloceno-plantationoceno-chthuluceno-fazendo-parentes/ . Acesso em 27 jul. 2022

IPCC. Climate Change 2022: Mitigation of Climate Change. Contribution of Working Group II to the sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change (P.R. Shukla, J. Skea, R. Slade, A. Al Khourdajie, R. van Diemen, D. McCollum, M. Pathak, S. Some, P.Vyas R.Fradera, M. Belkacemi, A.Hasjia, G. Lisboa, S. Luz, J.Malley (eds.)) – Cambridge University Press: Cambridge, U.K and New York, NY, USA, 2022.

LATOUR, B. Jamais fomos modernos. Trad. Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994.

LATOUR, B. Face à Gaïa: Huit conférences sur le nouveau régime climatique. Paris: La Découverte - Les Empêcheurs de Penser en Ronde, 2015.

LATOUR, B. Onde aterrar? Como se orientar politicamente no Antropoceno. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020.

MELO FILHO, C. Arte, ciência e tecnologia: modelos alternativos e especulativos para habitar a terra. In: SOLEDAR, J.; CONCEIÇÃO, R.; LUZ, M. (Orgs.). Quebraquina. Rio de Janeiro: Circuito: 2021, p.178-186.

MELO FILHO, C. Poéticas do excesso: por uma narrativa do limite, da tecnologia e do pensamento multiespécies. In: ZACARIAS et. al. (Orgs).História da arte em construção. Campinas, SP: Unicamp, IFCH, 2022, p.206-219..

MELO FILHO, C. ESPOROSlab: Human-Data-Environment. In: ARTECH 2021,10th International Conference on Digital and Interactive Arts. Association for Computing Machinery, New York, NY, USA, article 31, p.1–4. Disponível em: https://doi.org/10.1145/3483529.3483675. Acesso em: 26 jul. 2022

MOORE, J. W. The Value of Everything? Work, Capital, and Historical Nature in the Capitalist World-Ecology. Review, Journal of Fernand Braudel Center, Binghamton, v.37, n. 3-4, p.245-292, 2014. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/90011611. Acesso em: 26 jul. 2022

MOORE, J. W. Capitalism in the Web of Life: Ecology and the Accumulation of Capital. London: Verso, 2015.

OLIVEIRA, F. S.; MELO FILHO, C. de; BAIO SANTOS, C. A. Ruínas do visível: políticas implicadas na relação com as imagens na era dos big data. TECCOGS – Revista Digital de Tecnologias Cognitivas, n. 24, p. 59-73, jul./dez. 2021.

TSING, A. L. Viver em ruínas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Edição Thiago Mota Cardoso, Rafael Victorino Devos - Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.

SPAID, S. Ecoventions: current art to transform ecologies. Ohio: ECOARTSPACE, 2002.

SHAVIRO, S. Discognition. London: Repeater books, 2016. Ebook.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Cláudio de Melo Filho

Downloads

Não há dados estatísticos.