Resumen
Considerado uno de los principales artistas naíf del país, Chico da Silva ha cobrado especial interés en el sistema y el mercado de las artes (nacional e internacional) en los últimos años. A partir de 2021, se realizaron más de seis exposiciones en las ciudades de São Paulo, Fortaleza y Nueva York, entre individuales y colectivas. En este contexto, llama la atención un nuevo aspecto, el reconocimiento de Chico da Silva como artista indígena. Afincado en Fortaleza en la década de 1920, el pintor de Acre, hijo de un cearense y de una india kampa peruana, ve su obra revisitada desde una perspectiva diferente de crítica, mercado y comisariado. Hay, por así decirlo, una especie de rehabilitación no necesariamente del pintor, sino de su condición de artista indígena, colocándolo como hito inaugural de esta posición en el campo de las artes. Interesa, por tanto, en esta reflexión entender cómo, sobre todo, en las recientes exposiciones celebradas en torno al pintor se produjo ese paso de la poética naif a la indigenista y qué criterios se tuvieron en cuenta para tal conversión.
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