O espaço social da arte contemporânea e os trabalhos in situ nas exposições periódicas
PDF

Palavras-chave

Arte contemporânea
Espaço social da arte
Exposições periódicas
Trabalho in situ
Daniel Buren

Como Citar

MACHADO, Tiago. O espaço social da arte contemporânea e os trabalhos in situ nas exposições periódicas: as indicações de Daniel Buren. MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 5, n. 2, p. 307–318, 2021. DOI: 10.20396/modos.v5i2.8665258. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8665258. Acesso em: 28 mar. 2024.

Resumo

É cada vez mais comum que as obras apresentadas em exposições periódicas sejam realizadas sob demanda e produzidas no próprio local de sua exibição. Este artigo propõem uma reflexão sobre a estrutura destes locais de exposição e suas consequências para o trabalho ali apresentado. Para isso tomo como referência histórica o conceito de trabalho in situ, desenvolvido por Daniel Buren e o resultado de seus trabalhos apresentados na documenta de Kassel em 1972 e na Bienal de São Paulo, nas edições de 1983 e 1985. O resultado deste processo aponta para a centralidade da figura do curador como responsável por uma obra de arte de novo tipo: a exposição. Esta reconfiguração do espaço social da arte, por sua vez, aponta para uma modificação estrutural do sistema da arte, marcado pela aceleração do tempo e fragmentação dos espaços expositivos, fenômeno frequentemente associado à expressão “bienalização” da arte contemporânea.

https://doi.org/10.20396/modos.v5i2.8665258
PDF

Referências

ALAMBERT, F.; CANHÊTE, P. Bienais de São Paulo: da era dos museus à era dos curadores. São Paulo: Boitempo, 2004.

ARANTES, O.B. F. A “virada cultural” do sistema das artes, Margem Esquerda: ensaios marxistas, São Paulo, n.6, p.62-75, 2005.

BUREN, D. Where are the artists? E-flux Journal. 2003. Disponível em: http://projects.e-flux.com/next_doc/d_buren_printable.html Acesso em: 25 fev. 2021.

BUREN, D. Mot-a-Mot. Paris: Éditions du Centre Pompidou, Éditions Xavier Barral, Éditions de La Martinière, 2002.

BUREN, D. Les Écrits 1965-2012: volume I 1965-1995. Paris: Flammarion, 2012.

DOHERTY, C. (Ed.). Situation: Documents of Contemporary Art. London: Whitechapel Gallery, 2009.

FABRINI, R. N. Para uma história da Bienal de São Paulo: da arte moderna à contemporânea. Revista da USP, São Paulo, n.52, p. 47-55, dez./ fev. 2001-2002.

FERREIRA, G.; COTRIM, C. (Orgs.). Escritos de Artistas: Anos 60 e 70. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. 17ª Bienal de Internacional de São Paulo: catálogo geral. São Paulo, 1983.

FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO. 18ª Bienal de Internacional de São Paulo: catálogo geral. São Paulo, 1985.

KWON, M. One Place After Another: site specificity art and locational identity. London: MIT Press, 2002.

OBRIST, H. U. Entrevistas. vol 4. Rio de Janeiro: Cobogó; Belo Horizonte: Instituto Cultural Inhotim, 2011.

POINSOT, J-M. Quand l’oeuvre a lieu. Genève: Les press du réel, 2008.

RATTEMEYER, C.(Org). Exhibiting the New Art: 'Op Losse Schroeven' and "When Attitudes Become Form' 1969. London: Afterall Books, 2010.

WU, C-T. Bienais sem fronteiras?. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo , n. 94, p. 109-116, nov. 2012.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010133002012000300005&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 fev.2021.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.

Copyright (c) 2021 Tiago Machado

Downloads

Não há dados estatísticos.