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A página arrumando letras como um espaço para a desconstrução da dominação do patriarcado
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Palavras-chave

Ética. Patriarcado. Mídias sociais. Cultura musical. Gênero. Competência crítica em informação.

Como Citar

ROMEIRO, Nathália Lima; SILVA, Franciéle Carneiro Garcês da; BRISOLA, Anna Cristina Caldeira de Andrada Sobral. A página arrumando letras como um espaço para a desconstrução da dominação do patriarcado. RDBCI: Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, SP, v. 16, n. 3, p. 317–337, 2018. DOI: 10.20396/rdbci.v16i3.8651276. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rdbci/article/view/8651276. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este artigo se propõe a discutir a dominação patriarcal presente nas músicas populares discutidas e reescritas na página Arrumando Letras na mídia social Facebook, bem como a compreensão dos fenômenos, valores e costumes estudados pela ética, compreendida como a Ciência da moral. Os objetivos específicos incluem: a) verificar as contribuições bibliográficas no que tange ao arcabouço teórico e conceitual sobre ética; b) discutir por intermédio das postagens da página Arrumando Letras, a dominação patriarcal e masculina contra as mulheres presente nas músicas populares entre brasileiros e brasileiras; c) analisar a página Arrumando Letras como um importante espaço de militância e promoção de debate sobre respeito entre gêneros e herança de uma cultura patriarcal; d) Refletir como a competência crítica em informação é aplicada na página e como contribui com a formação dos seguidores da mesma. A metodologia adotada foi de natureza exploratória e qualitativa caracterizada como bibliográfica. A fundamentação conceitual deste artigo discute e conceitua ética, moral, dominação patriarcal, dominação masculina e competência crítica em informação. A partir dos resultados obtidos, refletimos e desejamos que cada vez mais a dominação patriarcal seja desconstruída, e seus danos na vida das mulheres erradicados à medida que o nosso protagonismo, bem como de outros gêneros, sejam cada vez mais representados, não só na Ciência da Informação, mas em outras ciências, na política, na educação e em diferentes contextos socioeconômicos e culturais.

https://doi.org/10.20396/rdbci.v16i3.8651276
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