Abstract
O presente artigo tem por objetivo discutir a relação entre cultura e educação em Friedrich Nietzsche, filósofo conhecido pelo caráter intempestivo de seus escritos e profundo crítico de sua época. Sua abordagem da questão da educação é, na verdade, um profundo questionamento da própria função e do propósito da prática educativa, a qual ele diagnosticou como estando, já em sua época, cada vez mais submissa e atrelada aos interesses de uma economia de mercado, mero adestramento e preparação para o mercado de trabalho.References
CASANOVA, M. A. O Instante Extraordinário: Vida, História e Valor na Obra de Friedrich Nietzsche. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.
FRAGOSO, M. X. Nietzsche e a educação. In: Revista Trans/Form/Ação. Marília, v. 1, p. 277-293, 1974.
HAAR, M. A obra de arte: ensaio sobre a ontologia das obras. Tradução de Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: DIFEL, 2000.
HEIDEGGER, M. Nietzsche; Metafísica e Niilismo. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
KLOSSOWSKI, P. Nietzsche e o Círculo Vicioso. Tradução de Hortência S. Lencastre. Rio de Janeiro: Pazulin, 2000.
MACHADO, R. Zaratustra, Tragédia Nietzscheana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1999.
MARTON, S. Nietzsche: a transvaloração dos valores. São Paulo: Moderna, 1993.
MELO SOBRINHO, N. C. A Pedagogia de Nietzsche. In: Escritos sobre Educação. Tradução de Noéli Correia de Melo Sobrinho. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
NIETZSCHE, F. II Consideração Intempestiva: Da Utilidade e Desvantagem da História para a vida. (1874). Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
NIETZSCHE, F. III Consideração Intempestiva: Schopenhauer Educador (1874). In: Escritos sobre Educação. Tradução de Noéli Correia de Melo Sobrinho. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
NIETZSCHE, F. Sobre o Futuro de nossos Estabelecimentos de Ensino (1872). In: Escritos sobre Educação. Tradução de Noéli Correia de Melo Sobrinho. São Paulo: Edições Loyola, 2003.
NIETZSCHE, F. A filosofia na idade trágica dos gregos (1873). Tradução Maria Inês M. de Andrade. Rio de Janeiro: Elfos, 1995.
NIETZSCHE, F. Assim falava Zaratustra (1885). Tradução de Mário da Silva. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral (1887). Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
NIETZSCHE, F. O Crepúsculo dos Ídolos ou como Filosofar com o Martelo (1888). Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
NIETZSCHE, F. Nascimento da Tragédia, ou Helenismo e Pessimismo (1872). Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
NIETZSCHE, F. Para além do Bem e do mal (1886). Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
NIETZSCHE, F: Werke in zwei Band. München: Carl Hanser Verlag, 1954 (I) e 1955 (II).
LÖWITH, K. De Hegel à Nietzsche. Paris: Editions Gallimard, 1969.
NUNES, B. O Nietzsche de Heidegger. São Paulo: Àgora, 2000.
O periódico Filosofia e Educaçãoutiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.