Banner Portal
Uso e interpretação das razões de concentração e sua aplicação à análise da insegurança alimentar no Brasil
PDF

Palavras-chave

Razões de concentração. Curvas de concentração. Segurança alimentar.

Como Citar

HOFFMANN, Rodolfo. Uso e interpretação das razões de concentração e sua aplicação à análise da insegurança alimentar no Brasil. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 21, n. 2, p. 481–498, 2015. DOI: 10.20396/san.v21i2.8634477. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8634477. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O uso crescente das curvas de concentração e das razões de concentração em pesquisas sobre problemas de saúde pública torna oportuno analisar cuidadosamente esses instrumentos de análise estatística. Após uma breve introdução, a seção principal deste artigo procura apresentar com clareza as curvas de concentração e as respectivas razões de concentração, mostrando que elas não são, em geral, medidas de desigualdade de uma distribuição. São criticadas duas propostas de “corrigir” as razões de concentração. Nas seções seguintes esses instrumentos são utilizados para analisar a concentração da insegurança alimentar no Brasil, em relação à renda, com dados de 2004, 2009 e 2013. Não se observa mudança substancial do grau dessa concentração no período analisado. Mostra-se que a concentração da insegurança alimentar nos pobres é mais intensa na área urbana do que na área rural. Analisando os dados por região do país, verifica-se que essa concentração é mais intensa nas regiões relativamente ricas do Centro-Sul do que nas duas regiões mais pobres: Norte e Nordeste.
https://doi.org/10.20396/san.v21i2.8634477
PDF

Referências

O´Donnel O., Doorslaer E., Wagstaff A.; Lindelow M. Analyzing health equity using household survey data: a guide to techniques and their implementation. Washington: The World Bank, 2008. 220 p.

Kakwani N., Wagstaff A., Doorslaer E. Socioeconomic inequalities in health: measurement, computation and statistical inference. Journal of Econometrics 1997; 77(1):87-103, 1997.

Monteiro CA et al. Desigualdades socioeconômicas na baixa estatura infantil: a experiência brasileira, 1974-2007. Estudos Avançados, 2013; 27(78):35-49.

Wagstaff A. The bounds of the concentration index when the variable of interest is binary, with an application to immunization inequality. J. Health Econ. 2005; 14 (4):429-32, 2005.

Wagstaff A. On the measument of inequalities in health. Soc. Sci. Med. 1991;33(5):545-57.

Hoffmann R. Transferências de renda e desigualdade no Brasil (1995-2011). In: Campello T., Neri MC. (org.) Programa Bolsa Família: uma década de inclusão e cidadania. Brasília: IPEA, 2013, p. 207-216.

Erreygers G. Correcting the concentration index. J. Health Econ. 2009; 28(2):504-15.

Wagstaff A. Correcting the concentration index: a comment. J. Health Econ. 2009; 28 (2):516-20.

Erreygers G. Correcting the concentration index: a reply to Wagstaff. J. Health Econ. 2009; 28(2):521-4.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: segurança alimentar 2004. Rio de Janeiro: IBGE, 2006. 127 p.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: segurança alimentar 2004/2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. 171p.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios: segurança alimentar 2013. Rio de Janeiro: IBGE, 2014. 139p.

Hoffmann R. Brasil, 2013: mais segurança alimentar. Segur Aliment Nutr. 2014; 21(2):422-436.

A revista Segurança Alimentar e Nutricional utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.