Banner Portal
Insegurança alimentar, estado nutricional e condições de saúde de catadores de materiais recicláveis
PDF

Palavras-chave

Alimentação
Antropometria
Segurança alimentar e nutricional

Como Citar

TORTORELLA, Catiuscie Cabreira da Silva; MAZUR, Caryna Eurich; BACOVICKZ, Lucrecia. Insegurança alimentar, estado nutricional e condições de saúde de catadores de materiais recicláveis. Segurança Alimentar e Nutricional, Campinas, SP, v. 29, n. 00, p. e022026, 2022. DOI: 10.20396/san.v29i00.8670432. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/san/article/view/8670432. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

O objetivo desse trabalho foi averiguar a prevalência de insegurança alimentar em famílias de catadores de materiais recicláveis de um bairro da cidade de Guarapuava, Paraná, e sua associação com o estado nutricional e condições de saúde. Foi desenvolvido um estudo observacional transversal analítico com todas as famílias adstritas na Unidade Básica de Saúde, que tinham renda total ou parcial advinda da coleta de materiais recicláveis. Foi utilizado um questionário quantitativo para avaliar a insegurança alimentar e realizada avaliação antropométrica dos membros das famílias, e com avaliação do prontuário eletrônico para constatar o motivo da procura e frequência à Unidade Básica de Saúde (UBS). Foram identificadas nove famílias, totalizando 40 pessoas avaliadas. Duas famílias (22,2%) tinham como renda total a coleta de materiais recicláveis e as demais recebiam o auxílio do Programa Bolsa Família (PBF). A insegurança alimentar esteve presente em todas das famílias, se apresentando moderada (100%) nos domicílios que não recebiam nenhum tipo de benefício de transferência de renda e nas famílias que eram beneficiárias do PBF a insegurança se revelou 28% leve, 42,9% moderada e 42,9% grave. Quanto ao estado nutricional, (68,75%) das crianças e adolescentes estavam com o IMC elevado para a idade e 12,50% apresentaram baixa estatura para idade. Os adultos (n=24) apresentaram em sua maioria sobrepeso (29,2%) e obesidade (41,7%). A procura à Unidade Básica de Saúde nos últimos seis meses foi principalmente por doenças respiratórias. As famílias que trabalham com a coleta de materiais recicláveis apresentaram insegurança alimentar e comprometimento do estado nutricional.

https://doi.org/10.20396/san.v29i00.8670432
PDF

Referências

Brasil. Lei de Segurança Alimentar e Nutricional. Lei no 11.346 de 15 de setembro de 2006. [Internet]. Disponível em: http://www4.planalto.gov.br/consea/conferencia/documentos/lei-de-seguranca-alimentar-e-nutricional. [Acesso Janeiro de 2017].

Sícoli JL. Pactuando conceitos fundamentais para construção de um sistema de monitoramento da SAN. Instituto Pólis; 2014.

Kepple AW, Segall-Corrêa AM. Conceituando e medindo segurança alimentar e nutricional. Cienc. Saude Coletiva. 2011; 16(1):187-99.

FAO. The State of food insecurity in the world 2012. Economic growth is necessary but not sufficient to accelerate reduction of hunger and malnutrition. Rome 2015. [Internet]. Disponível em: http://www.fao.org/docrep/016/i3027e/i3027e.pdf. [Acesso Janeiro de 2017].

Santos LMP, Carneiro FF, Hoefel MGL, Santos W, Nogueira TQ. The precarious livelihood in waste dumps: A report on food insecurity and hunger among recyclable waste collectors. Rev. Nutr. 2013; 26 (3):323-334.

Maciel RH, Matos TGR, Borsoi ICF, Mendes ABC, Siebra PT, Mota CA. Precariedade do trabalho e da vida de catadores de recicláveis em Fortaleza, CE. Arquivos Brasileiros de Psicologia. 2011; 63 (no.spe.): 1-104.

Gonçalves CV, Malafaia G, Castro ALS, Veiga BGA. A vida no lixo: um estudo de caso sobre os catadores de materiais recicláveis no município de Ipameri, GO. Holos. 2013; 2: 238-250.

Segall-Corrêa AM, Pérez-Escamilla R, Maranha LK, Sampaio, MFA, Yuyama L, Alencar F, et al. Projeto: acompanhamento e avaliação da segurança alimentar de famílias brasileiras: validação de metodologia e de instrumento de coleta de informação (Relatório Técnico). Universidade Estadual de Campinas, Departamento de Medicina Preventiva e Social. 2003. 346

Brasil. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Ministério da Saúde; 2011. [Internet]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acesso Janeiro de 2017. [Acesso Janeiro de 2017].

World Health Organization – WHO. Physical status: the use and interpretation of anthropometry. Geneva: WHO, 1995.

World Health Organization – WHO 2006. Child growth standards. [Internet]. Disponível em: http://www.who.int/childgrowth/en/. [Acesso em: Novembro 2017].

World Health Organization – WHO 2007. Growth reference data for 5-19 years. [Internet]. Disponível em: [Acesso em http://www.who.int/growthref/en/. Novembro 2017].

Bezerra TA, Pedraza DF. (In)segurança alimentar entre famílias com crianças menores de cinco anos residentes em área de vulnerabilidade social de Campina Grande, Paraíba. Rev. Nutr. 2015; 28(6): 655-665.

Arango-Bautista CH, Mujica-Duarte AL, Escobar-Diaz FA. Aplicación de uma guia metodológica para evaluar políticas públicas em salud y evaluación de la política de seguridad alimentaria y nutricional. Rev. Salud Pública. 2017; 19 (2): 267-274.

PNAD. Pesquisa nacional por amostra de domicílios: síntese de indicadores 2013. IBGE. 2015 2.ed. [Internet]. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv94414.pdf.Acesso Novembro de 2017. [Acesso Novembro de 2017].

Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - PLANSAN 2016-2019. CAISAN. 2017. [Internet]. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/seguranca_alimentar/caisan/plansan_2016_19.pdf. Acesso Novembro de 2017. [Acesso Novembro de 2017].

Caixa Econômica Federal. [Internet]. Disponível em: http://www.caixa.gov.br/voce/social/transferencia/bolsa_familia/index.asp. [Acesso Novembro de 2017].

Sperandio N, Rodrigues CT, Franceschini SCC, Priore SE. Impacto do Programa Bolsa Família no consumo de energia, macro e micronutrientes: estudo das regiões Nordeste e Sudeste. Rev. Nutr.2016; 29(6): 833-844.

Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). O estado da segurança alimentar e nutricional no Brasil: Um retrato multidimensional [S.l.]: Relatório; 2014. [Internet]. Dísponível em: https://fpabramo.org.br/acervosocial/estante/o-estado-da-seguranca-alimentar-e-nutricional-no-brasil-um-retrato-multidimensional-relatorio-2014/ . [Acesso Novembro de 2017].

Rocha NP, Milagres LC, Novaes JF, Franceschini SCC. Association between food and nutrition insecurity with cardiometabolic risk factors in childhood and adolescence: a systematic review. Rev Paul. Pediatr. 2016; 34(2):225-233.

Monteiro F, Schmidt ST, Costa IB, Almeida CCB, Matuda NS. Bolsa Família: insegurança alimentar e nutricional de crianças menores de cinco anos. Ciência & Saúde Coletiva. 2014. 19 (5): 1347-1357.

Cervato Mancuso AM, Tonacio LV, Silva ER, Vieira VL. A atuação do nutricionista na Atenção Básica à Saúde em um grande centro urbano. Ciência & Saúde Coletiva. 2012. 17 (12): 3289 – 3300.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Segurança Alimentar e Nutricional

Downloads

Não há dados estatísticos.