Resumo
O presente estudo faz um levantamento de bases teóricas que permitiram à experimentação ser considerada um método científico e pedagógico e não somente uma prática empírica. Destacam-se as vertentes positivista e racionalista da Ciência juntamente com os pensamentos indutivo e dedutivo no processo de evolução da experimentação. O artigo tem como foco a análise da experimentação voltada para o ensino de Geociências; apresenta-se uma breve revisão bibliográfica, histórico e contextualização da experimentação na atualidade e sua possível aplicação no ensino de Geociências no Brasil com o Tema Transversal “Meio Ambiente”, previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. Embora seja parte de uma pesquisa em andamento, o artigo propõe que a experimentação no âmbito do ensino das Geociências pode contribuir na busca pela construção do conhecimento de forma contextualizada, interdisciplinar, participativa e crítica.
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